sábado, 14 de julho de 2012

A POESIA DE RONALDO CUNHA LIMA...



Não maldigo os versos que  lhe fiz
Não maldigo os versos que lhe fiz,
embora não devesse tê-los feito.
São versos que nasceram do meu peito,
mas frutos de um amor muito infeliz.
São versos que guardam o que não quis
guardar daquele nosso amor desfeito.
Relendo-os sofro, e sofrendo aceito
o que o destino quis como juiz.
Não os maldigo, não. Não os maldigo.
Vou guardá-los em mim como castigo,
para no amor eu escolher direito.
Só porque nesse amor não fui feliz,
não maldigo os versos que lhe fiz,
embora não devesse tê-los feito.
* * *
É bem melhor a gente nao se ver…
É bem melhor a gente não se ver!
A distância elimina cicatrizes
Do amor que morre mas que tem raízes
Que com o tempo também irão morrer.
O melhor que se faz é entender 
Que separados seremos mais felizes.
Eu nunca saberei o que tu dizes
E o que eu digo jamais irás saber!
E quem sabe um dia, eu já velhinho,
A gente se encontre no caminho…
De todas as lembranças que guardei!
E você possa sem mágoas, sem desgosto,
Presentear-me com um beijo no rosto,
Me dizendo baixinho:  já te amei…”
* * *
Haverei de te amar a vida inteira
Haverei de te amar a vida inteira.
Mesmo unilateral o bem querer,
é forma diferente de se ter,
sem nada se exigir da companheira.
Haverei de te amar a vida inteira,
(não precisa aceitar, basta saber),
pois amor que faz bem e dá prazer
a gente vive de qualquer maneira.
Eu viverei de sonhos e utopias,
realizando as minhas fantasias, 
tornando cada qual mais verdadeira.
Eu te farei presente em meus instantes.
Supondo que seremos sempre amantes,
haverei de te amar a vida inteira.

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