sábado, 10 de julho de 2010
A Realidade, em Versos e Prosas.
HELENO
O Brasil está assim
Vivendo um grande transtorno
Juiz reduzindo pena
Para receber suborno
Nas favelas controladas
As drogam fervem em bocadas
Iguais panelas no forno
ALLAN
Eita que país de corno
Sem ter rico na cadeia
Só ladrão pé de chinelo
Que ali se aperreia
O governo é um encosto
Todo dia novo imposto
E no povo mete a peia
HELENO
Ferve o sangue em minha veia
Por não puder fazer nada
Vendo crianças famintas
Vivendo sobre a calçada
Buscando a sobrevivência
Por falta da residência
Que aos seus pais foi negada
ALLAN
No poder uma cambada
Uma casta sem noção
Gastadora e vampiresca
Serviçal só de patrão
De falar não me esgoto
Nunca vou lhes dar meu voto
Parasitas da nação
HELENO
Fraudes em licitação
Se ouve á todo momento
Trânsito congestionado
Indígena com sofrimento
Nos hospitais estou vendo
Muitos a míngua sofrendo
Por falta de atendimento
ALLAN
Um poder tão lazarento
Que é muito gastador
Que nos dá pouco serviço
Não carrega nosso andor
É poder sem serventia
Vive só pra burguesia
Pra ferrar trabalhador
HELENO
Sexo feito sem amor
Mulher traindo o marido
Esses Direitos Humanos
Que acobertam bandido
Sem roubar o pobre cai
O rico rouba e não vai
Numa cadeia detido
ALLAN
O direito combalido
Toda hora é estuprado
Quem assim o interpreta
Esse tal de magistrado
Muitas vezes favorece
A quem nada não merece
Pois tem caro advogado
HELENO
Também fico revoltado
Até com certa razão
Prefeito conseguir verbas
Pra festejar o São João
Se apega ás festividades
Não vê as dificuldades
Que sofre a população
ALLAN
Sem falar da encenação
Na TV que nunca encerra
Eleição está por perto
E aqui é como guerra
Cada língua mais ferina
A da Dilma e da Marina
Do vampiro José Serra
HELENO
As lâminas da moto-serra
Destroem lar do passarinho
As favelas recebendo
Diabo em forma de santinho
Candidato abrindo a mão
Que em ano de eleição
Todo político é bonzinho
ALLAN
Muito branco colarinho
Vai levando de lapada
É prefeito e deputado
Toda sorte de cambada
Deixam as pessoas tontas
Deste tribunal de contas
Com as verbas desviadas
HELENO
Os ministros dão mancadas
E o povo toma ciência
Os advogados dizem
Que foi por pura inocência
Voltam as mesmas promessas
Aceitar uma coisa dessas
Dê-me santa paciência
ALLAN
Sem falar de incompetência
Dos que são profissionais
Erros desta medicina
Tem contornos bestiais
A tragédia se anuncia
Acontece todo dia
Nos açougues-hospitais
HELENO
Na casa dos liberais
A pornografia impera
Mulher com extinto mal
Homem pousando de fera
Coisa que Deus não adora
Faz o mundo ser agora
Nenhum décimo do que era
ALLAN
A miséria nos onera
Faz o povo ser servil
E destrói sociedade
Faz o mundo incivil
Que esse caos povo detone
Com a boca no trombone
As mazelas do Brasil
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