Velhas árvores de 1963
Essa semana estive presente em uma linda e emocionante solenidade. Meu pai completou 50 anos de formado. Era o encontro da sua turma de medicina da UFRN, formada em 1963.
...
O tempo passou em formato de uma vida inteira. Eles construíram famílias e histórias lindas. Salvaram vidas e ensinaram muito. Distribuíram a cura e sorrisos. Muitas vezes foram heróis, ou outras esquecidos na forma da ingratidão. Mas sempre honraram o julgamento de Sócrates.
O reencontro só não foi mais bonito, pela ausência de alguns que partiram no chamado de Deus, como Dr Emílio Salem Filho, Deusdethi Nobre, Edson Jovino de Oliveira, Dr Adelmaro Cavalcanti Cunha, Dr Leonidas Ferreira ...
Outros ainda brilham, com seus cabelos grisalhos, exercendo com maturidade a medicina humana e do não cansaço dos anos. É o caso do meu pai, de Dr Ivis Bezerra , Dr Paulo Bulhões . É como se o trabalho fosse o combustível que rejuvenesce a máquina, alimenta a alma e exercita os sonhos.
Dra. Lurdinha, Dr Edisio Dr Murilo , Dr José Dutra, Dr Aluisio Leite Ramalho , Dr Jairo dos Santos Leite , Dra Maria José Pinheiro , Dra Ivalda Araujo Bezerra, e todos os outros estavam sentados ali, no mesmo anfiteatro da Maternidade Januario Cico. Na mesma estrutura. A diferença eram os passos lentos e algumas bengalas.
Eu me emocionei em ver o Professor da Turma de 1963, Dr Carlos Ernani Rosado fazer a chamada da turma , após 50 anos. Foi emocionante ver em seus semblantes, os sorrisos gritando : - Valeu a pena . As famílias multiplicadas e cheias de netos no almoço de confraternização. O amor reinando soberano em vidas cheias de sucesso.
Ali ... Diante dos meus olhos eu via a pintura do poema de Olavo Bilac, intitulado Velhas Árvores :
OLHA ESTAS ÁRVORES , MAIS BELAS DO QUE AS ÁRVORES NOVAS...
NÃO CHOREMOS, AMIGO, A MOCIDADE ! ENVELHEÇAMOS RINDO!
NA GLÓRIA DA ALEGRIA E DA BONDADE, AGASALHANDO OS PÁSSAROS NOS RAMOS, DANDO SOMBRA E CONSOLO AOS QUE PADECEM!
Essa semana estive presente em uma linda e emocionante solenidade. Meu pai completou 50 anos de formado. Era o encontro da sua turma de medicina da UFRN, formada em 1963.
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O tempo passou em formato de uma vida inteira. Eles construíram famílias e histórias lindas. Salvaram vidas e ensinaram muito. Distribuíram a cura e sorrisos. Muitas vezes foram heróis, ou outras esquecidos na forma da ingratidão. Mas sempre honraram o julgamento de Sócrates.
O reencontro só não foi mais bonito, pela ausência de alguns que partiram no chamado de Deus, como Dr Emílio Salem Filho, Deusdethi Nobre, Edson Jovino de Oliveira, Dr Adelmaro Cavalcanti Cunha, Dr Leonidas Ferreira ...
Outros ainda brilham, com seus cabelos grisalhos, exercendo com maturidade a medicina humana e do não cansaço dos anos. É o caso do meu pai, de Dr Ivis Bezerra , Dr Paulo Bulhões . É como se o trabalho fosse o combustível que rejuvenesce a máquina, alimenta a alma e exercita os sonhos.
Dra. Lurdinha, Dr Edisio Dr Murilo , Dr José Dutra, Dr Aluisio Leite Ramalho , Dr Jairo dos Santos Leite , Dra Maria José Pinheiro , Dra Ivalda Araujo Bezerra, e todos os outros estavam sentados ali, no mesmo anfiteatro da Maternidade Januario Cico. Na mesma estrutura. A diferença eram os passos lentos e algumas bengalas.
Eu me emocionei em ver o Professor da Turma de 1963, Dr Carlos Ernani Rosado fazer a chamada da turma , após 50 anos. Foi emocionante ver em seus semblantes, os sorrisos gritando : - Valeu a pena . As famílias multiplicadas e cheias de netos no almoço de confraternização. O amor reinando soberano em vidas cheias de sucesso.
Ali ... Diante dos meus olhos eu via a pintura do poema de Olavo Bilac, intitulado Velhas Árvores :
OLHA ESTAS ÁRVORES , MAIS BELAS DO QUE AS ÁRVORES NOVAS...
NÃO CHOREMOS, AMIGO, A MOCIDADE ! ENVELHEÇAMOS RINDO!
NA GLÓRIA DA ALEGRIA E DA BONDADE, AGASALHANDO OS PÁSSAROS NOS RAMOS, DANDO SOMBRA E CONSOLO AOS QUE PADECEM!
Velhas Árvores
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
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