segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O ROUXINOL E A ROSA...



O Rouxinol e a Rosa



Era uma vez, um rouxinol que vivia 

em um jardim.


No jardim havia uma casa, cuja janela 

se abria todas as manhãs.


Na janela, um jovem, comia pão, 

olhando as belezas do jardim.


Sempre deixava cair farelos de pão, 

sobre a janela.


O rouxinol, comia os farelos, 

acreditando que o jovem os deixava de 

propósito para ele.


Assim criou um grande afeto, pelo 

jovem que se importava em alimentá-

lo, mesmo com migalhas.


O jovem um dia se apaixonou.


Ao se declarar a sua amada, ela disse 

que só aceitaria seu amor, se como 

prova, ele desse a ela, na manhã 

seguinte, uma rosa vermelha.


O jovem, percorreu todas as 

floriculturas da cidade, sua busca foi 

em vão, não encontrou nenhuma rosa 

para ofertar a sua amada.


Triste, desolado, o jovem foi falar com 

o jardineiro da casa onde vivia. O 

jardineiro explicou a ele, que poderia 

presenteá-la com petúnias, violetas,

 cravos, menos rosas.


Elas estavam fora de época, era 

impossível consegui-las, naquela 

estação.


O rouxinol, que escutara a conversa, 

ficou penalizado pela desolação do 

jovem, teria que fazer algo para 

ajudar seu amigo, a conseguir a flor.


Assim, a ave procurou o deus dos 

pássaros que assim falou:


— Na verdade, você pode conseguir 

uma rosa vermelha para teu amigo, 

mas o sacrifício é grande, e pode 

custar-lhe a vida!


— Não importa respondeu a ave. O 

que devo fazer?


— Bem, você terá que se emaranhar 

em uma roseira, e ali cantar a noite 

toda, sem parar, o esforço é muito 

grande, seu peito pode não agüentar.


— Assim farei, respondeu a ave, é 

para 

a felicidade de um amigo!




Quando escureceu, o rouxinol, se 

emaranhou em meio a uma roseira, 

que ficava frente a janela do jovem.


Ali, se pôs a cantar, seu canto mais 

alegre, precisava caprichar na 

formação da flor.


Um grande espinho, começou a 

entrar 

no peito do rouxinol, quanto mais ele 

cantava, mais o espinho entrava em 

seu peito.
O rouxinol não parou, continuou seu 

canto, pela felicidade de um amigo, 

um canto que simbolizava gratidão, 

amizade. Um canto de doação, mesmo 

que fosse da própria vida!




Do peito da pobre ave, começou a 

escorrer sangue, que foi se 

acumulando sobre o galho da roseira, 

mas ela não se deteve nem se 

entristeceu.


Pela manhã, ao abrir a janela, o 

jovem 

se deteve diante da mais linda rosa 



vermelha, formada pelo sangue da 

ave, nem questionou o milagre, 

apenas colheu a rosa.


Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, 

o jovem disse:


— Que ave estúpida! Tendo tantas 

árvores para cantar, foi se enfiar 

justamente em meio a roseira que tem 

espinhos, pelo menos agora dormirei 

melhor, sem ter que escutar seu canto 

chato.



Moral da história:

Cada um dá o que tem no coração, 

cada um recebe com o coração que 

tem...

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