quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
DEZEMBROS: A POESIA DE BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.
Dezembros...tempo de sonhos...
Dezembros, o coração para para saber onde chegou...saudades crônicas...desejos frustados confrontam com nova esperanças...
Dezembros...Jesus nasce dentro de cada um...há sempre uma maneira de renascer com o menino jesus...
luzes...vermelho...brilho..noites decoradas de brilho...
o coração levita, sem trilho...
dezembros...minha infância explode dentro de mim...
há quantos já fui, já tive,já esperei...
recordo a alegria de esperar os meus dezembros...
o desejo de encontra papai noel não se afasta deste menino...de olhar debaixo da rede e em cima do chinelo...
velhos tempos, distantes, eternos...
Dezembros...onde se escondeu a alegria da minha infância...e a vontade de ter tudo sem comprar nada...só isso já era ser feliz...
dezembros ...saudades...nostalgia...um vazio da falta de mim mesmo...
conto os meus passos...conto os meus dias...me falta lugar até pra poesia.
falta-me um lugar alegre...
falta-me os olhos da minha mãe...
falta-me a cara fechada do meu pai...
falta-me um jardim...
falta-me um flor, somente pra mim.
falta-me as cestas...
falta-me alfenins.
Dezembros...este rosto não é o meu...
esta alma não é a minha...
a minha história morrendo, sozinha...
vago no shopping...
bebo tempestades...
de um novo sem artes...
corredores repletos...
cabeças vazias...
sem caminhos...
sem alegrias...
Dezembros...o tempo se estreita...
vem raiando o dia...
a vida se encontra...
na ladeira fria...
PARO NAS NOITES,
PROCURO SENTINDO,
NA MINHA ALMA,
JÁ NÃO TOCAM OS SINOS...
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