ENÉLIO E MIRIAM -
MEUS AMIGOS, MEUS GRANDES AMORES
ENÉLIO PETROVICH
MEU MESTRE, MEU PRESIDENTE, MEU AMIGO!
LÚCIA HELENA (CINCO ANOS DE IDADE), MAMÃE (ÁUREA) E PAPAI (ABEL) - O COMEÇO DE MINHA VIDA!
PREFÁCIO
Enélio Lima Petrovich
Lúcia Helena, nossa querida confreira do Instituto Histórico e Geográfico do RN, dá-me a honra de compartilhar das memórias de sua infância, no vale da Sinhá-Moça, escritora Madalena Antunes, irmã do poetas cearamirinenses, Juvenal Antunes e Etelvina Antunes.
Lúcia recolhe o mel dos tachos das recordações e nos leva num percurso amoroso, inocente, puro, ao lado de criaturas humildes que tanto adoçaram essas páginas inesquecíveis: páginas líricas do começo de sua vida.
Estamos na praia da Redinha onde veraneamos há alguns anos. Não vejo o vale verde, a paisagem bucólica que Monteiro Lobato certamente adaptaria a uma de suas fábulas. Mas posso contemplar o azul do mar, especialmente nesta tarde, esbanjando sua beleza e imensidão. O azul do mar da Redinha, onde, todos os anos aguardo a cara amiga e ela nunca aparece, creio que prefere o bucolismo do vale onde nasceu.
Lúcia Helena vem daquele vale esmeraldino. Vem dos brasões de Manoel Varela do Nascimento e Bernarda. E ela traz na alma, como um sinal de nascença, toda a bondade, simplicidade e fidelidade que são marcas indeléveis do seu caráter irrepreensível.
Eu e minha esposa compartilhamos dessa amizade sadia com a poetisa dos verdes canaviais. Muitas vezes, ao sairmos de uma solenidade no Instituto ou de outras entidades, ela nos acompanha até o bistrô Douce France, onde costumo degustar um bom sanduíche árabe, coberto com aquela floresta de verde e bom sabor - as alfaces.
E tem sido assim, com Lúcia Helena, que já faz parte do nosso escalão de amigos verdadeiros. E ela é uma amiga de valor inestimável, sincera, serena, discreta, com a alma sempre leve a nos acariciar com a sua grande ternura.
"Palcos da Infância" não é apenas a memória ilustrada dos dias da infância da poetisa do vale. É a sua saudade enfeitada com deliciosas palavras e narração fiel de fatos de um cotidiano de felicidade, quando a infância de Lúcia Helena vai regressando, não apenas aos seus olhos, mas daqueles que irão conviver com essas páginas de emoção e poesia, quando a escritora se propõe abusar da linguagem brejeira daqueles que fizeram parte do seu nirvana particular.
Desejo comemorar a alegria dessa festa emocional pelas mãos liriais de minha querida confreira e amiga, a quem dedicamos, Miriam e eu, distinta amizade.
E que este livro, puro reflexo da alma impoluta de quem o escreveu, seja para o Ceará-Mirim, a bandeira de luz, poesia e gratidão
Palmas para a cronista em sua caminhada palmilhada de flores e saudades.
Enélio Petrovich
Escritor
Redinha, 02 de fevereiro de 2009, dia de N.Sra. dos Navegantes.
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