quarta-feira, 20 de julho de 2011

MEU CATAVENTO TEM, NO ENGENHO DE DENTRO, O QUE EXISTE DO LADO DE FORA DO SEU GIRASSOL...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL....

No princípio tudo era trevas...vivíamos sem água e luz...em frente a minha casa morava uma menina...comecei a enxerga-la muito cedo...lá, o meu olhar vivia...crescemos e brincamos no mesmo bloco...ela vai estudar em Recife, eu vou estudar em Natal...éramos muito amigos...um dia o Amor...casamos,temos trinta e três anos de casado, tivemos tres filhos, que por se só, já justificaria a nossa vida...
EU BREVILÍNEO, com a seta da vida pra fora,poeta, boémio,com o sentimento do mundo nas mão,de paixões sem amanhà, gostando de som alto e agudo...
ELA, longilínea, com a seta da vida pra dentro,discreta,introspectiva,magra,se auto vigiando,procurando o certo...gosta de som baixo e grave...
Literalmente um côncavo e o outro convexo...um sonhador e outro sem ilusões...um imprevidente e outro calculista...um enchendo o filtro, outro regrando a torneira....
é a diferença que une os casais, que os complementa, que os fazem seguir o grande mistério de viver juntos...
Casei com a moça da casa da frente, da mesma rua, da mesma cidade...minha família da UDN, a familia dela do PSD...não se falavam desde a vitória de Jãnio Quadros...Hoje os nosso pais , se vivos, teriam orgulho dos netos que contruímos:BRENA,BRENO e BRUNO...VALEU!!!

Eu quero um rio, ela quer um mar...eu peço um chopp, ela pede um chá...eu abro á noite, ela fecha o bar...É A CONGRUENCIA DA CATRACA COM A CORRENTE...


Até Pensei
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque


Junto à minha rua havia um bosque
Que um muro alto proibia
Lá todo balão caia, toda maçã nascia
E o dono do bosque nem via
Do lado de lá tanta aventura
E eu a espreitar na noite escura
A dedilhar essa modinha
A felicidade morava tão vizinha
Que, de tolo, até pensei que fosse minha
Junto a mim morava a minha amada
Com olhos claros como o dia
Lá o meu olhar vivia
De sonho e fantasia
E a dona dos olhos nem via
Do lado de lá tanta ventura
E eu a esperar pela ternura
Que a enganar nunca me vinha
Eu andava pobre, tão pobre de carinho
Que, de tolo, até pensei que fosses minha
Toda a dor da vida me ensinou essa modinha

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