A meu irmão
Meu irmão, quanta pobreza
Da nossa herança nos resta!
Tu nunca achaste riqueza,
Eu nunca achei uma festa!
No mundo dos desvalidos,
No mundo dos desgraçados,
Vão soluçando, envolvidos,
Os nossos prantos ligados...
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Mamãe, que reza contrita
Por esta vida revolta...
Os nossos nomes agita
Nas mesmas preces que solta...
Papai, se os mortos padecem,
Se sofrem martírio eterno,
Tem das chuvas que aparecem
Nos meus olhares de inverno...
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