DOIS TEMPOS, DUAS LAPAS
Diz o anedotário político que o Marechal Arthur da Costa e Silva, segundo ditador do período militar, ao participar da cerimônia de batismo de um navio, recebeu uma garrafa de champanhe de um auxiliar. E começou o trabalho de arrancar a rolha. O ajudante-de-ordens, mais que depressa, informou que não era pra beber. Era pra quebrar “a garrafa no casco”. No casco do navio a ser batizado, evidentemente.
Mas o marechal, mais que depressa, quebrou a garrafa no seu próprio casco, despedaçando-a no salto do sapato… Foi caco de vidro pra todo lado e um silêncio constrangedor se estabeleceu entre as pessoas presentes à cerimônia.
Eu me lembrei dessa história, e de muitas outras, do Lapa de Cavalo que foi este Marechal, ao ler uma declaração, há poucos dias, de outro lapa, o Lapa de Asno.
Lapa de Cavalo foi presidente em tempos de ditadura, ilegítima e ilegalmente, sem ter tido um único voto do povo. Lapa de Asno foi presidente em tempos de democracia, eleito livre, legítima e democraticamente pelo voto direito do eleitorado brasileiro.
O povo que não elegeu Lapa de Cavalo parecia que não tinha boca naquele tempo, porque não podia falar livremente, e contava piadas que circulavam de boca em boca. O povo que elegeu Lapa de Asno, nos tempos de hoje, parece que não tem cérebro, tanto que votou nele novamente pra reeleição.
Dito isto, eu digo qual foi a declaração de Lapa de Asno que me lembrou o seu antecessor, Lapa de Cavalo.
Numa palestra para banqueiros - seus antigos patrões velados e que hoje são seus mantenedores explícitos junto com os empreiteiros -, Luis Inácio produziu esta pérola:
“Quando peguei esse País, só tinha miserável. E eu, operário sem um dedo, fiz mais que o Bill Gates, Steve Jobs e esses aí.”
Entre os sem boca dos tempos da ditadura e os sem cérebro do Socialismo Muderno, francamente, eu fico com os descerebrados de hoje em dia. Me divirto mais com eles. Quem se der ao trabalho de ler os comentários dos eleitores lula-dilmistas aqui no JBF, vai entender o que estou dizendo.
Entre a garrafa que o Marechal quebrou no próprio casco e a incrível citação ”sem um dedo” do conferencista mais bem pago do mundo, eu prefiro o atualíssimo Lapa de Asno e sua fanfarronice ambulantemente metamorfoseada.
A pior democracia do mundo, com um jumento presidindo, é superior à melhor ditadura do mundo, com um cavalo mandando.
Taí Cuba que não me deixa mentir.
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