domingo, 28 de fevereiro de 2010

MORREU WALTER ALFAIATE...

O grande sucesso de Walter Alfaiate foi:O Falso amor sincero...colocou na música um achado: o nosso amor é tão bonito, ela finge que me ama, e eu finjo que acredito ...UM SAMBISTA Carioca, de Bota Fôgo, cantando com a carioca DORINA, outra sambista. A frase, falso amor sincero, é uma ANTÍTESE, mas , as vezes, é um amor que é possível.



Falso Amor Sincero


Walter Alfaiate


O nosso amor é tão bonito
Ela finje que me ama
E eu finjo que acredito
O nosso falso amor é tão sincero
Isso me faz bem feliz
Ela faz tudo que eu quero
Eu faço tudo que ela diz
Aqueles que amam de verdade
Invejam a nossa felicidade
Por isso é que eu vivo a dizer
O nosso amor é tão bonito
Ela finje que me ama
E eu finjo que acredito

Walter Alfaiate 07/06/1930
Nascido no Rio de Janeiro, iniciou o trabalho como alfaiate aos 13 anos, no bairro de Botafogo. Autodidata, compôs para blocos carnavalescos da região, como o Foliões de Botafogo e o São Clemente. Participou nos anos 60 de rodas de samba no Teatro Opinião e formou vários grupos, com destaque para os Reais do Samba e o Samba Fofo. Mesmo sendo um dos principais nomes do samba em Botafogo, que viria a se tornar o grande celeiro de compositores do gênero, o cantor e compositor só foi descoberto na década de 70, quando Paulinho da Viola gravou três de suas canções – "Coração Oprimido", "A.M.O.R.Amor" e "Cuidado, Teu Orgulho Te Mata". Brilhou como crooner da boate Bolero, em Copacabana, onde ficou conhecido como Walter Sacode, por interpretar com maestria o samba "Sacode Carola", de Hélio Nascimento e Alfredo Marques. Em 1982 foi convidado pelo parceiro e amigo Mauro Duarte a entrar para o G.R.E.S da Portela. Cultuado pela maioria dos sambistas do Rio de Janeiro, jamais foi reconhecido pelas gravadoras – com mais de 50 anos de carreira e com 200 sambas compostos, gravou apenas um disco, "Olha Aí", lançado em 1998 pelo selo Alma e produzido por Aldir Blanc e Marco Aurélio.

BERNARDO CELESTINO PIMENTEL, NO YOU TUBE...

De tudo o que eu sou, de tudo o que eu faço e digo, o mais importante é VIVER...

CHIQUINHA GONZAGA

QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ...











COMENTÁRIO DO JORNALISTA LUIZ BERTO, EDITOR DO JORNAL DA BESTA FUBANA, RECIFE PE...


UMA CAGADA INTERNACIONAL
“Lamento profundamente que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome.”
(Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a propósito da morte do prisioneiro de consciência cubano Orlando Zapata Tamayo)
* * *
Eu não vou mandar Lula se fuder em respeito ao cargo que ele ocupa.
A dignidade e a liturgia do posto estão bem acima, muito acima mesmo, do pateta despreparado que atualmente o ocupa. Ainda bem que faltam poucos meses pra essa toupeira passar o cargo pra Dilma.
Me dói fundamente ter consciência de que uma bosta feito esse cara é presidente do meu país.

UM TEXTO DE FERNANDO DE BARROS E SILVA
“LOST”
Repare, leitor, nas três cenas seguintes:
1. Franklin Martins exibe um sorriso orgulhoso e abraça Fidel Castro, posando para que o próprio Lula os fotografasse juntos;
2. Irritado com a imprensa, Lula nega ter recebido apelos de grupos defensores dos direitos humanos para que intercedesse em favor do preso político Orlando Zapata: “Se essas pessoas tivessem falado comigo antes, eu teria pedido para ele parar a greve de fome e quem sabe teria evitado que morresse”;
3. Comentando o caso, o assessor de Lula para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, diz: “Há problemas de direitos humanos no mundo inteiro”.
Franklin sorri, Lula engambela e Garcia avacalha. A morte do pedreiro Orlando Zapata, condenado a mais de 25 anos de prisão por discordar do regime, carimba de vergonha o passaporte da comitiva brasileira. Viajando com evidente disposição de render homenagens ao ditador e usufruir os dias finais da Disneylândia socialista, o governo Lula se omitiu alegremente, para depois tripudiar sobre o cadáver quando a realidade o emparedou.
Da tolerância com os desmandos do regime à idolatria pela figura de Fidel, subsiste no governo brasileiro (e amplamente na esquerda nativa) a “mitologia do bom tirano” -expressão do filósofo Ruy Fausto.
Em 2003, a onda de repressão aos dissidentes resultou no fuzilamento de três pessoas e em outras várias condenações à prisão perpétua. É isso o que está em jogo novamente. Para quem defende de fato os direitos humanos, pouco importa que a nomenclatura no poder há 50 anos tenha origem numa revolução feita em nome de ideais igualitários. Ela não é menos criminosa por isso.
Marco Aurélio Garcia não gosta dos seriados de TV americanos -”esterco cultural”, ele disse. Mas é capaz de baratear os direitos humanos para não atrapalhar a estadia na ilha de “Lost”. No congresso do PT, ele já havia dito (e Dilma Rousseff repetiu): “Não aceitamos lições de liberdade de quem não tem compromisso com ela”.
Bingo, Garcia!

“Texto lindo, bem escrito, cheio de verdades ou melhor só verdades. Não consigo entender como o governo de Cuba ainda se sustenta, aquilo ali deve ser uma máquina de favorecimentos, de desigualdade, de tratamento disforme, e, dessa forma esses dão sustentação ao absurdo chamado CUBA. Fico ainda mais admirado com a postura de lula, vi ele dizer no jornal nacional que ele aprendeu a nao meter o bedelho na vida dos outros, puro conformismo, pura covardia, esse lula ai teve aulas com Marco Maciel, aprendeu a viver sem identidade, sem se mostrar, sem tomar partidos, para sobreviver na sombra. Sou puto com gente assim!!!!.
Um beijo meu amigo vei de boi.
Zé Canustra”
OBS: O MOTIVO DO RISO...
a ridícula foto do presidente brasileiro rindo ao lado do tirano Raúl, quando este dizia que a culpa pela morte do herói Zapata era dos americanos



Imagens do protesto do povo cubano, na embaixada brasileira... o grito de ordem é: LULA CÚMPLICE.


“Tortura Nunca Mais Para Os Nossos Amigos”
segunda-feira, 1 de março de 2010 | 4:45
As asquerosas esquerdas brasileiras não deram um pio diante da morte de Zapata, o preso político cubano. A Comissão de Anistia & Prebendas ficou de bico calado. O lema dessa gente, como se vê, é “Tortura Nunca Mais Para Os Nossos Amigos”.

UM GÊNIO TUPINIQUIM...

Na minha vida, conhecí pessoalmente um gênio... aliáz, conheço...
Era uma vez uma criança, que já menino grande, ajudava ao pai, a arriar óleo de motor de caminhão, em um Posto de Gasolina de Parelhas... de calção e de pés no chão...sujo de óleo...
UM dia, o menino grande disse ao pai: pai, preciso estudar, isso não é vida pra mim... veio para Natal, e conseguiu terminar Medicina...
Identifiquei a sua genialidade, ao me fazer uma pergunta, após eu terminar de proferir uma aula teórica na faculdade de Medicina, no quarto ano...
Do assunto que eu tinhá exposto, fez a pergunta mais complexa e difícil.... a pergunta da genialidade...a pergunta de quem já sabia o óbvio...
Ainda como estudante, dava plantão no interior, para sobreviver e terminar seu curso...UM dia ,chega no plantão, uma criança que um trator tinhá passado por cima... a criança com traumas abdominais e torácicos...chocando... o quintoanista de medicina atende, compeeeende e diz:ponha na sala, que eu vou salvar a criança... o anestesista questiona....voce não pode fazer isso, que você ainda é um estudadnte.... o gênio responde: então coloque no prontuário, que eu disse que tinha condições de salva-la, e que o senhor preferiu que eu a encaminhasse para Natal, mesmo sabendo que ela Não chegará em Tangará... a criança está com um choque hemorrágico...O anestesista reconsidera, diante da veemência e segurança do estudante... a criança foi levada para o centro cirúrgico...
Foi feita uma toracolaparotomia, com drenagem torácica, esplenectomia,múltiplas ressecções intestinais, hepatorrafia... quando a ciruurgia terminou, o estudante gênio falou: a criança está salva e entubada...Vou leva-la até Natal, vou também na ambulância,para que receba cuidados de UTI, e trouxe para a UTI do Hospital Walfredo Gurgel....internou-a na UTI,e acompanhou o póst operatório, agora já com o respaldo de outros médicos...
Moral da história: a criança escapou muito bem obrigado, após um complexo post operatório...
Existe um Gênio entre nós... poderia ser o protótipo, para representar a grandeza da nossa faculdade, desde a sua criação... O Doutor tem uma Habilidade fora do normal... é muito inteligente...ler muito...estuda muito... e tem tranqüilidade para operar tudo...confia no taco.Atualmente,vive em Currais Novos, como médico, e está fazendo procedimentos endoscpicos de ponta, para o Sus, uma vez por semana em Natal.
Viva o TALENTO... Viva a inteligência....Viva o trabalho...Viva a competência...
Minha homenagem ao meu ex aluno, Dr Flaubert.

Flaubert, nunca se esqueça: você é um gênio... eu, as vezes, penso que você, nem se da conta disso...

A REFEIÇÃO DO VELHO DOENTE...

Retrato

Artur da Távola


A dolorosa
e lenta
refeição do velho.
Sopas e papas insepultas
voracidade morta
lassa obrigação de alimentar.


Saliva é cuspe
o cuspe é baba
na dócil refeição do velho.


A lentidão exasperante
de quem come para não morrer
e morrerá porém. Só


A dolorosa
e benta
refeição do velho.


A carne insulta-lhe
a indecisão do dente,
dor e cansaço no deglutir.


Tudo é torpor ou gole
na fome sem sabor
da refeição do velho.

UM FALSO QUE LEVANTARAM Á DELÚBIO...


Os novos documentos do processo no STF mostram que o caixa 2 do PT não foi usado apenas para o pagamento de dívidas de campanha, como sempre sustentaram o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, e toda a cúpula petista na tentativa de qualificar o caso como crime eleitoral, o que possibilitaria a aplicação de penas mais brandas contra eles.
Em 9 de julho do ano passado, às 14 horas, em depoimento prestado na 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre, o contador David Stival, membro da Executiva Regional do PT no Rio Grande do Sul, contou, que pelo menos uma boa quantia dos “recursos não contabilizados pelo partido” viajava livremente pelo País até chegar a destinos improváveis. Eles irrigaram, por exemplo, as contas bancárias de fornecedores do Fórum Social Mundial, criado por movimentos de esquerda para fazer frente ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
No depoimento, Stival afirmou – numa posição inédita entre os dirigentes do partido – ter usado esse dinheiro suspeito para pagar “dívidas históricas” do Fórum, organizado pelo PT de Porto Alegre, que costuma ter o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a estrela maior. O depoimento de Stival é bastante detalhista. Ele diz que, terminada a eleição de 2002, o PT gaúcho estava com uma série de dívidas e que precisou recorrer à direção nacional do partido em busca de recursos. Afirmou que procurou o deputado José Genoino (SP), então presidente do PT, e que foi apresentado ao secretário nacional de Finanças, Delúbio Soares. Uma surpresa esperava Stival no encontro com Delúbio, que prometera lhe repassar R$ 1 milhão.

“Ele (Delúbio) pediu para buscarmos o dinheiro, mas não nos disse que o dinheiro seria em cash e a gente ficamos (sic) preocupados com isso”, relatou Stival. “Ele disse que teria que ser assim porque se tratava de um empréstimo feito pela Direção Nacional e que não poderia ser contabilizado. Disse que o empréstimo era do Banco Rural ou do BMG, mas que nós não poderíamos contabilizar aquele dinheiro.”
O que seria uma solução virou então uma fonte de problemas, segundo a versão do dirigente do PT gaúcho, depois que ele desembarcou em Porto Alegre carregando uma mala com R$ 1 milhão. “Não podíamos pagar as dívidas de campanha com aquele dinheiro. As dívidas estavam todas com notas a pagar, registradas na contabilidade oficial do partido”, afirmou. Ainda diante do juiz, o dirigente regional do PT narrou o que foi feito do dinheiro. “Acabamos pagando fornecedores de outras dívidas históricas do Fórum Social Mundial, dívidas que não estavam na contabilidade oficial. O dinheiro nem entrou na sede do partido.”

NESTE BRASIL DE CABOCLO...


Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João

Moacir Laurentino

Eu felicidade peço a Jesus,
o Pai Divino,
Pra o cantador nordestino,
que busca mais um sucesso
Aqui, no nosso Congresso,
na rica apresentação,
Que jogue a inspiração
no nosso estilo barroco,
Nesse Brasil de caboclo
, de Mãe Preta e Pai João
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João

Raimundo Borges
Brasil é terra bonita,
e eu vou dar viva ao Brasil,
E abaixo do céu de anil
e do Brasil que a gente habita,
Terra de ouro e xelita,
que tem minério e carvão,
Que a gente arranca do chão
e deixa o pilão só o ôco
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João.



Moacir Laurentino
O nosso Brasil tem fé,
e é terra que eu quero vê-la,
Ver um chefe de estrela
e ver outro de pajé,
Mas agora é seu José,
que é da nossa região,
Que é filho do Maranhão,
terra de madeira e côco,
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João.

Raimundo Borges
José Sarney, obrigado,
presidente brasileiro,
Que tem trocado o cruzeiro,
fez ele modificado,
Trocou cruzeiro em cruzado,
melhorou nossa nação,
Essa modificação
diminuiu mais um pouco
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João.
Moacir Laurentino
O Brasil de Ibrahim
e o Brasil de Andreazza
Hoje ninguém não se atrasa
e não apóia gente ruim,
Foi o Brasil de Delfim,
que foi o maior ladrão,
Um safado enrolão
e um nojento meio louco,
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João.

Raimundo Borges
Brasil que eu sou residente,
o Brasil de homem bravo,
Foi o Brasil do escravo,
do tempo de antigamente,
Brasil do homem valente
que dominou a nação,
Pegou cobra na mão
e matou leão a soco,
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João.

Moacir Laurentino
Brasil que me viu nascer,
Brasil da douta linguagem,
O trabalho e a vantagem
pra na arte aparecer,
Que se o sujeito bater
no rosto do cidadão,
Aguarde na ocasião
que de troca vem o troco,
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João.

Raimundo Borges
O Brasil dos brasileiros,
não é de homem maluco,
Brasil de Joaquim Nabuco
e o Brasil de Negreiros,
É o Brasil dos cruzeiros
que pleiteou nossa nação,
Nelson que é rei da nação,
tá velho, não ficou rouco,
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João.
Moacir Laurentino
Brasil meu e de vocês,
que tem as notas suaves,
Brasil de Nelson Gonçalves
e o Brasil de Marinês,
O Brasil de Sérgio Reis
que tomou a posição,
De Luiz, rei do baião,
de Tonico e de Tinoco,
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João
Nesse Brasil de caboclo,
de Mãe Preta e Pai João.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

UM LAXANTE: NOTÍCIAS DE NATAL...


NOTÍCIAS DE NATAL...

Certa vez, fui a um congresso com um colega, em Recife... ficamos no mesmo hotel, no mesmo apartamento... Notei que o meu companheiro tinha ido muitas vezes ao sanitário, e voltava com a cara irresoluta, mal humorada...Lá prás tantas, ele me perguntou: por acaso você trouxe jornal? eu disse, nesta bolsa tem todos os jornais do dia ,de Recife...ele retrucou, jornal de Recife eu tenho, mas eu só cago com notícias de Natal... então eu respondi: tá ruim...

UM BOM CONSELHO...


PARA REFLETIR
O mundo está cansado de ódio.
Mahatma Gandhi

Não vejo bravura nem sacrifício em destruir vida ou propriedade alheia.
Mahatma Gandhi

Uma das coisas importantes da não violência é que não busca destruir a pessoa, mas transformá-la.
Martin Luther King


O ódio nunca cessa pelo ódio; O ódio cessa pelo amor.
Buda

Quando um único homem atinge a plenitude do amor, neutraliza o ódio de milhões.
Mahatma Gandhi

Um império fundado pelas armas tem de se manter pelas armas.
Montesquieu

Se mantida a política do olho por olho, dente por dente, acabaremos todos cegos e desdentados.
Mahatma Gandhi

A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora.
Fonte: "La Storia come Pensiero e come Azione"

A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.
Sartre, Jean-Paul

Quando um homem deseja matar um tigre, chama a isso desporto; quando um tigre deseja matar um homem, este chama a isso ferocidade.
Bernard Shaw

JADER BARBALHO ALIADO DO PT...







O PT DO PARÁ ESTA SE ALIANDO COM JADER BARBALHO...
INACREDITÁVEL...







ABAIXO A CORRUPÇÃO...


No Brasil dos mensalões
Dos canalhas das propinas
Destas gangues tão suínas
Que saqueiam em milhões
Os prepostos de ladrões
Que a justiça nos acuda
No presídio da Papuda
Quero ver gente sofrer
Tem mais gente pra prender
Não tem só José Arruda
II
Seu partido expulsou
Bato palmas democratas
A punir negociatas
Que o careca engendrou
O juiz trancafiou
É pra nós a grande ajuda
Sociedade nunca é muda
Se botar pra derreter
Tem mais gente pra prender
Não tem só José Arruda
III
Mensalão por mensalão
Tudo mesma porcaria
E por que esqueceria
Esquecer é ato vão
Por na chave um ladrão
Muita gente assim estuda
A justiça é tabacuda
Pois demora pra fazer
Tem mais gente pra prender
Não tem só José Arruda

IV
Tem recursos pra forjar
Empurrar com a barriga
Esses “fi” de rapariga
Tem é grana pra pagar
Pra jurista protelar
Com a cara bem sisuda
Ó doutor não nos iluda
Com lorotas pra dizer
Tem mais gente pra prender
Não tem só José Arruda
V
O Brasil vai assistindo
Para nós como tragédia
E pra eles só comédia
Nós aqui só engolindo
O poder que delinqüindo
Muita coisa cabeluda
Muita gente cabeçuda
Nos dizendo pra esquecer
Tem mais gente pra prender
Não tem só José Arruda
VI
Onde estão outros gatunos
E as outras armações
Os ratinhos e os ratões
Saqueando como os hunos
Os xadrezes oportunos
Só assim Brasil transmuda
Desta crise tão aguda
Vai no tempo se aquecer
Tem mais gente pra prender
Não tem só José Arruda
VII
Cuecões grana nas meias
Propinando os panetones
Os arrudas Corleones
Quero todos nas cadeias
Espalhando suas teias
E não é coisa miúda
A PF ali olhuda
Vai botando pra feder
Tem mais gente pra prender
Não tem só José Arruda
VIII
Com Arruda no xadrez
É um pálido começo
Se soltarem é tropeço
E será desfaçatez
Pelos crimes que ele fez
Uma lista bem taluda
E que dele se desgruda
Eleição teme perder
Tem mais gente pra prender
Não tem só José Arruda
IX
Vade retro canalhice
Dos corsários do Brasil
Como Arruda mais de mil
Espalhando esta sandice
E de olho no seu vice
Paulo Otávio também gruda
Na meleca caroçuda
Em que foram se meter
Tem mais gente pra prender...

LOGORRÉIA...


LULA DECLAROU OUTRO DIA:
-“Na verdade, não sei quando sou presidente e quando sou candidato… “
O Zé Simão, na Folha de São Paulo, inteligentemente acabou com a dúvida:
“Quando ele está fazendo merda é presidente; Quando está prometendo merda é candidato .”
e:
” Quando ele sabe de tudo, é candidato ; quando ele não sabe de nada, é presidente.
R. Sei não…

Notícias do Brasil...








HOJE É SÁBADO...


O dia da Criação
I
Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas como o mar
e os bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por vias das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo o mal.

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguem bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.

Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.


II
Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado
Há um divórcio e um violamento
Porque hoje é sábado
Há um homem rico que se mata
Porque hoje é sábado
Há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado
Há um espetáculo de gala
Porque hoje é sábado
Há uma mulher que apanha e cala
Porque hoje é sábado
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado
Há um sedutor que tomba morto
Porque hoje é sábado
Há um grande espírito de porco
Porque hoje é sábado
Há uma mulher que vira homem
Porque hoje é sábado
Há criançinhas que não comem
Porque hoje é sábado
Há um piquenique de políticos
Porque hoje é sábado
Há um grande acréscimo de sífilis
Porque hoje é sábado
Há um ariano e uma mulata
Porque hoje é sábado
Há uma tensão inusitada
Porque hoje é sábado
Há adolescências seminuas
Porque hoje é sábado
Há um vampiro pelas ruas
Porque hoje é sábado
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado
Há um gardem-party na cadeia
Porque hoje é sábado
Há uma impassível lua cheia
Porque hoje é sábado
Há damas de todas as classes
Porque hoje é sábado
Há umas difíceis outras fáceis
Porque hoje é sábado
Há um beber e um dar sem conta
Porque hoje é sábado
Há uma infeliz que vai de tonta
Porque hoje é sábado
Há um padre passeando à paisana
Porque hoje é sábado
Há um frenesi de dar banana
Porque hoje é sábado
Há a sensação angustiante
Porque hoje é sábado
De uma mulher dentro de um homem
Porque hoje é sábado
Há a comemoração fantástica
Porque hoje é sábado
Da primeira cirurgia plástica
Porque hoje é sábado
E dando os trâmites por findos
Porque hoje é sábado
Há a perspectiva de domingo
Porque hoje é sábado


III
Por todas essas razões deverias ter sido riscado do Livro das Origens, ó Sexto Dia da Criação.
De fato, depois da Ouverture do Fiat e da divisão de luzes e trevas
E depois, da separação das águas, e depois da fecundação da terra
E depois, da gênese dos peixes e das aves e dos animais da terra
Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.
Na verdade o homem não era necessário
Nem tu, mulher, ser vegetal, dona do abismo, que queres com as plantas, imovelmente e nunca saciada
Tu que carregas no meio de ti o vórtice supremo da paixão.
Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias
Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa
Descansasse o Senhor e simplesmente não existiríamos
Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas em queda invisível na terra.
Não viveríamos da degola dos animais e da esfixia dos peixes
Não seríamos paridos em dor nem suaríamos o pão nosso de cada dia
Não sofreríamos mares de amor nem desejaríamos a mulher do próximo
Não teríamos escola, nem serviço militar, casamento civil, imposto sobre a renda e missa de sétimo dia.
Seria a indizível beleza e harmonia do plano verde das terras e das águas em núpcias
A paz e o poder maior das plantas e dos astros em colóquio
A pureza maior dos instintos dos peixes, das aves e dos animais em cópula.
Ao revés, precisamos ser lógicos, frequentemente dogmáticos
Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas
Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade
Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto dia e sim no Sétimo
E para não ficar com as vastas mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente
Porque era sábado.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

UM BALANÇO DO TEMPO...


Tempo que foge..



Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.
Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos à limpo".

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos".

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe aceitar tropeços, não se encanta com triunfos, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade, exercita a espontanea sinceridade e deseja andar humildemente com Deus.
Caminhar perto delas nunca será perda de tempo.

FAZENDO VERSOS COMO QUEM MORREU...


Desencanto (Manuel Bandeira)

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
Eu faço versos como quem morreu.

PARA PENSAR...


REFLEXÕES SOBRE A VIDA
Extraído de texto composto por Thiago Monteiro


Admire a beleza da juventude.
Você não é tão gorda quanto parece
Não se preocupe demasiado com o futuro
Ou se preocupe.
Talvez numa terça feira pelas quatro da tarde.
De vez em quando faça uma coisa assustadora
Respeite sentimentos alheios
E não perca tempo com a inveja.
Lembre-se que ganhar e perder
São parte do jogo da vida.
Esqueça os insultos
E não se orgulhe demais.
Envie cartas de amor
De preferência à sua neta.
Tome cálcio e cuide dos joelhos
Você precisa muito deles.
Dance, e dance, e dance,
Mesmo sozinho em seu quarto.
Amigos, guarde-os,
Porque quanto mais você envelhece
Mais você precisa deles.
Viaje e olhe o exterior
Veja que, em qualquer parte,
Há pobres de espírito.
Não se perca em conselhos
Porque eles refletem nostalgia.

SOBRE A ANJINHA...


I
Quem viu Dilma no congresso
Do PT toda contente,
Trocando muitos abraços,
Sorrindo, mostrando os dentes,
Saiu dali com uma certeza:
O poder é uma beleza,
É coisa que alegra a gente.
II
Era grande o entusiasmo
Naquela festa petista:
Tinha esquerda, tinha direita,
E até oportunista.
Na bancada da Bahia,
Vi uma turma que servia
À oligarquia carlista.
III
Dilma disse preferir
Crítica e contestação
À mudez da ditadura,
Esse regime do cão.
Porém, pelo que vi lá,
Quase ninguém vai sobrar
Pra fazer oposição.
IV
Dilminha paz e amor
Apresentou-se tão boa,
Tão alegre e tão gentil,
Parecia outra pessoa,
Que, ao invés de dar porrada,
Ficou foi dando risada
Ao ser chamada coroa.
V
“Coisa boa é ser coroa”
Disse ela bem faceira,
“Porque a pessoa jovem
Só pensa em fazer besteira.
Com rebeldia apressada
Vive a pregar luta armada,
Nem que seja de peixeira.

VI
Coroa pensa duas vezes
Antes de qualquer ação:
Em vez de assaltar bancos
E fazer revolução,
Faz é emprestar dinheiro
Para o pobre do banqueiro
Que vai salvar a Nação.
VII
Em lugar de dar emprego
Para o povo trabalhar,
O coroa é mais esperto,
Sabe a coisa organizar:
Pra ter eleitor cativo,
Dá bolsa a morto e a vivo,
Deixa no mesmo lugar.
VIII
O jovem é muito apressado
E vive com a bolsa lisa,
Caminhando em passeata,
Empesteando a camisa
De poeira e de suor
Na ladainha do PSOL
De Babá e Heloísa.
IX
Coroa sabe perdoar,
O jovem é muito tungão.
Agora mesmo nas ruas
Só se vê a confusão,
Na Federal , na Papuda,
De jovens malhando Arruda
Por causa do Demsalão?
X
Com pinta de candidata,
Dilminha se apresentou:
A boca cheia de batom,
Jeito de paz e amor,
E quase se banha em pranto
Quando viu ali num canto
Um seu antigo assessor.
XI
Mandou um beijo pra ele
E ele também chorou,
Queria se ajoelhar,
Mas alguém o segurou,
Na mesma hora esqueceu
Os gritos que ela lhe de
E a carreira que levou.
XII
Dilma a todos conquistou,
Digo com toda certeza:
De Zé Dirceu a Geddel,
Do plebeu à realeza.
E, para a coisa melhorar,
Só falta ela conquistar
O Miguezim de Princesa!

REALIDADE...
















quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A ESTRELA E O KAOL...



A estrela e o Kaol...
Na época da redentora, o general de exército oferece um jantar á sociedade norte Riograndense, no Hotel internacional do Reis magos...a coqueluche da época... na mesa principal, o general e o governador do estado, o DR Cortêz Pereira...Lá para as tantas, entra o pintor NEWTON Navarro, completamente embriagado, e abraçando todos os seus amigos...isto trouxe um constrangimento ao cerimonial, e incomodou os militares...
O general faz cara feia, e dar ordens para retirar o poeta do recinto, o que é percebido pelo próprio artista e pelos seus amigos...entra em ação a turma do deixa disso, e Newton consegue se sentar na mesa, mas com a pulga atrás da orelha...em seguida vem os discursos... até que, o pintor, faz uso da palavra ... chama a atenção de todos pela sua oratória e sua poesia, e solta os cachorros, eloquentemente: general, a minha estrela brilha, por que nasci com talento...tenho as mãos e o coração para produzir a beleza... sou um poeta, sou um pintor...tenho as cores do Rio Potengí...
quanto ao senhor, que veio de fora, sua estrela só brilha, por que em toda aurora, um soldado é obrigado a da-lhe um polimento ,com KAOL...

UM CORDEL DE CATEGORIA...


Cordel do juiz federal,DR Marcos Mairton, até pouco tempo, trabalhando em Mossoró..sabia da sua existência, por intermédio de Paulo Henrrique Viana, meu genro, que trabalhou com o senhor, no juizado federal de Mossoró, e me falava da sua diferenciação para o lado poético...seu cordel e’muito bem feito, e gostoso de ler, a gente fica ansioso para saber o final...Minhas homenagens DR Mairton.... é um juiz que traz no coração, as coisas do povo...


(Este cordel é dedicado ao meu filho Álvaro, que aos sete anos de idade disse a frase que me inspiraria a escrever toda essa história e, atualmente com nove, já é para mim um grande companheiro quando tenho que enfrentar nas batalhas da vida)

Foi William Shakespeare
Quem escreveu certo dia
Que existem bem mais mistérios
Entre o céu e a pradaria
Do que possa explicar
Ou ao menos suspeitar
Nossa vã filosofia.
Lembrei desse pensamento
Em outro cordel que fiz,
Quando adaptei um conto
De Machado de Assis,
E o caso que eu vou contar
Vem de novo confirmar
Essa frase que se diz.
Ocorreu que numa tarde
De um domingo ensolarado,
Fui a um grande hospital,
No qual estava internado
Um antigo amigo meu
Que um acidente sofreu
E tinha sido operado.
Da moto que pilotava
O rapaz tinha caído.
Ficou todo arranhado,
Bem machucado e ferido,
Quase que não escapava
Mas já se recuperava
Desse acidente sofrido.
Quando entrei na enfermaria
Percebi, que do seu lado,
Havia uma outra cama
E nela um homem deitado.
Chamou a minha atenção
Ver que aquele cidadão
Estava todo enfaixado.
Prossegui minha visita,
Fiquei ali conversando,
A história do acidente
Meu amigo foi contando.
Enquanto ele conversava,
O seu vizinho ficava
Sempre nos observando.
Percebendo aquele homem
Querendo participar
Da conversa, resolvi
Com ele também falar.

Perguntei: “E tu, amigo?
O que aconteceu contigo?
Como foi se machucar?”
Apesar dos ferimentos
Ele logo respondeu
E me disse: “Eu lhe conto
O que me aconteceu.
Só que, antes, fale sério,
Se crê que existe mistério,
Se é crente ou se é ateu”.
Respondi: “Me considero
Como espiritualista.
Não sigo religião
Mas não sou materialista.
Respeito, de coração,
O judeu e o cristão,
O muçulmano e o budista.
Ele disse: “Então eu conto,
Mas preste muita atenção,
Pois o que me aconteceu,
Me causa admiração.
E depois que eu lhe falar,
Se tiver como explicar
Me dê uma explicação”.

Há muitos anos atrás,
Tive um sonho interessante,
Que pareceu bem real,
Uma coisa impressionante.
Fardado e sujo de terra,
Eu estava em uma guerra
Era um soldado, um infante.
Eu não sei qual era o ano,
Nem sei qual era o lugar,
Mas a arma que se usava
Era dessas de socar.
A cada tiro que eu dava
Outra vez recarregava
E tornava a disparar.
Nessa batalha feroz
Bala vinha e bala ia.
Na trincheira onde eu estava
Toda hora alguém caía.
O inimigo era bem forte,
Por ali rondava a morte,
Mas a ela eu não temia.
Depois de horas de luta,
Vi que nossa munição
Estava quase acabando.
Então vi que a situação
Ficaria complicada
Caso não fosse encontrada
Logo alguma solução.
Lembro que, bem nessa hora,
Chegou nosso capitão,
E disse: “Venha comigo!
Vamos buscar munição,
Mas, nós temos que correr
Pois senão vamos perder
Todo o nosso pelotão”.
Pegamos uma carroça,
Ele, eu e outros dois,
Que estavam na trincheira
E ele convocou depois.
Descemos uma ladeira
E seguimos na carreira
Entre campos de arroz.
Chegamos numa cabana
Onde estava a munição,
Mas, perto dela, caíam
Muitas balas de canhão
Mesmo assim, fui logo entrando
E a munição procurando,
Pra entregar ao capitão.
Mas, já na primeira vez
Que entrei naquele local
Um dos tiros atingiu
A coluna principal.
O telhado desabou
Por pouco não me causou
Um ferimento fatal.
Fiquei preso na cabana
Sentindo muito receio
Que outro tiro atingisse
A construção pelo meio.
Vi então que a minha vida
Poderia ser perdida
No terrível bombardeio.
Nessa hora o capitão
Apressou-se em me salvar
E, saltando da carroça,
Veio para me ajudar.
Afastando os escombros
Arrastou-me pelos ombros
Dali para outro lugar.
Só que, enquanto ele lutava
Pra me ajudar a sair,
O inimigo prosseguia
Querendo nos destruir,
E as bombas que ali caíam
A qualquer momento iriam
Tudo aquilo explodir.
E, de fato, explodiu mesmo,
Mas eu já tinha saído.
Aí vi que o capitão
Acabou sendo ferido
Por um grande estilhaço
De ferro, ou talvez de aço,
Que o havia atingido.
Consegui sobreviver,
Por causa daquele amigo,
Que, tentando me salvar,
Expôs-se muito ao perigo,
E sofreu um ferimento
Que causou um sangramento
Bem do lado do umbigo.
A partir desse momento,
Era eu que o socorria.
Carregando-o em meus ombros
Para bem longe eu corria,
Mas, sem ter para onde ir,
Não pude mais prosseguir,
Nem andar eu conseguia.
Só então eu percebi
Que os outros dois soldados,
Que para aquela missão
Comigo foram chamados,
Também nos acompanhavam
E, como nós, lá estavam
Feridos e apavorados.
Ficamos todos ali,
Eles, eu e o capitão.
Escondidos, esperando
Melhorar a situação.
Mas o capitão sangrava,
Bem depressa piorava
Estirado ali, no chão.
Foi então que eu lhe falei:
“Capitão, muito obrigado,
O que o senhor fez por mim
Me deixou impressionado,
Pois arriscou a sua vida
Desta forma destemida
Pela vida de um soldado”.
Nessa hora ele me disse:
“Sei que logo irei morrer,
Mas eu, antes de partir,
Tenho algo a lhe dizer:
Sei o quanto me arrisquei,
Mas fiz só o que eu achei
Que era o certo a se fazer.

Não fiz para ser herói
Nem pra ser condecorado,
Mas, se há algo do que eu sei,
Que pode ser ensinado,
Eu lhe digo e sei que acerto:
Faça sempre o que achar certo
Por mais que seja arriscado”.
Ele disse aquela frase
E logo a seguir morreu.
Uma enorme emoção
Sobre mim se abateu.
Então acordei chorando,
Minha mulher perguntando
O que foi que aconteceu.
Foi um sonho tão real
Que custei a acreditar
Que havia apenas sonhado
E acabava de acordar.
Minha cabeça zunia,
Levei quase todo o dia
Para me recuperar.
Mas, depois, passou o tempo,
E eu acabei me esquecendo
Daquele sonho que um dia
Me fez acordar tremendo,
Como também da lição
Que aprendi com o capitão
Quando estava ali, morrendo.
Você deve estar pensando:
“O que isto tem a ver
Com as suas queimaduras
Que ora lhe fazem sofrer?”
Espere que eu já lhe conto
E espero que esteja pronto
Para o que vou lhe dizer.
Aconteceu que um dia,
Eu estava retornando
Para casa com meu filho,
Mas, quando fomos chegando,
Nós vimos que a residência
Da vizinha, dona Hortênsia,
Estava se incendiando.
Ela veio lá de dentro
Chorando desesperada.
Gritando: “Minha filhinha,
Vai morrer toda queimada!
Não tive como salvá-la
Pois não pude carregá-la
Quando caiu desmaiada.”
Ao ouvir essas palavras
Pensei logo em adentrar
Na casa que estava em chamas
Para assim poder salvar
A filha de Dona Hortênsia.
Apesar de tanta urgência,
Tive tempo de pensar:
“E se o fogo me pegar,
E eu nada puder fazer
Pra salvar essa criança
Que vou tentar socorrer?
Caso eu morra nessa hora,
Meu filho fica aqui fora
Vendo tudo acontecer.”
Então olhei pra o meu filho,
Que estava ali, do meu lado,
E ele, como se notasse
Que eu havia hesitado,
Disse pra mim, bem de perto:
“Faça sempre o que acha certo
Por mais que seja arriscado”.

Quando ouvi aquela frase,
Eu não pensei mais em nada.
Em direção ao incêndio
Saí logo em disparada
Pouco depois eu voltava,
E em meus braços carregava
A menina desmaiada.
Depois que saí da casa,
Na calçada desmaiei
E depois, neste hospital,
No outro dia eu acordei.
Pelo ato de bravura
Tive tanta queimadura,
Por pouco não me acabei.
Mas, eu lembro que na hora
Que na casa fui entrando,
Era como se estivesse
Naquela guerra lutando,
E a voz do meu comandante
Em repetição constante
Na minha mente ecoando.
Agora, você me diga
Como pôde acontecer
De a frase do meu sonho
Meu filho também saber?
E também de ele ter dito,
Naquele momento aflito,
O que veio a me dizer?
Pois, tendo ele sete anos,
Eu não podia esperar
Atitude como aquela,
De seu pai incentivar,
A seguir a consciência
Mesmo que a sobrevivência
Eu viesse a arriscar.
Ao ouvir aquela história
Fiquei muito impressionado.
Será mesmo que vivemos
Outras vidas no passado?
Que pai e filho lutaram
Numa guerra e enfrentaram
O inimigo lado a lado?
Ou será que, na verdade,
Foi apenas impressão,
Que o homem acabou tendo
No momento da aflição,
E pensou ter escutado
Algo que estava guardado
Em seu próprio coração?
Mas, é possível, também,
Ter ocorrido o seguinte:
O próprio pai ter narrado,
Umas dez vezes, ou vinte,
Aquele sonho, e então,
Em alguma ocasião
O filho ter sido ouvinte.
Ponderei sobre essas coisas
Com interesse especial,
Mas, o tempo passou logo,
E, em verdade, no final,
Nada e nada concluímos.
Depois nós nos despedimos
Fui embora do hospital.
O meu amigo ficou
Alguns dias internado,
Mas logo voltou pra casa,
E hoje está recuperado.
Muito tempo se passou
E aquele encontro ficou
Esquecido no passado.
Quase dez anos depois,
Estava eu almoçando
Em um shopping da cidade,
Muito distraído, quando
Ouvi uma voz falar:
“Veja só, neste lugar,
Quem estou reencontrando”.
Eu sequer reconheci
Quem falava ali comigo,
Mas o homem se portava
Como fosse meu amigo,
Disse: “Que satisfação,
Tenho nesta ocasião
De encontrar aqui contigo!”
Foi aí que percebeu
Que eu não o reconhecia,
Então disse: “Me desculpe,
Como o senhor poderia
Saber hoje quem sou eu
Se quando me conheceu
Minha cara não se via?”
“Eu sou aquele sujeito
Que estava todo enfaixado
No dia em que seu amigo
Estava hospitalizado.
Que, por causa de um sonho,
Entrei num fogo medonho,
Quase que morri queimado.”
“Olhe só as cicatrizes
Que para sempre ficaram
Nos meus braços e orelhas
Que no incêndio se queimaram.
Compreendo se você
Não lembrar, mesmo por que
Muitos anos se passaram.”
Mas, quando ele falou isso,
Lembrei-me daquele dia.
Então o cumprimentei,
Perguntei se ele queria
Almoçar em minha mesa.
Haveria, com certeza,
Muito assunto a por em dia.
E, de fato, havia mesmo
Muito para conversar.
Ele falou de sua luta
Para se recuperar
Até deixar o hospital,
Voltar à vida normal
No trabalho e no seu lar.
Naquela oportunidade,
Outra vez nós comentamos
Sobre a história do seu sonho
Do qual um dia falamos,
Quando nós nos conhecemos
No hospital onde estivemos.
Tudo isso nós lembramos.
No meio dessa conversa
Aproximou-se um rapaz
De uns dezessete anos,
Talvez menos, talvez mais,
Que lhe disse, sorridente:
“Papai, cheguei finalmente,
Lhe fiz esperar demais?”
Ele, então, disse: “Meu filho,
Nem vi o tempo passar,
Pois encontrei este amigo
E estive a conversar,
Eu há tempos não o via
Mas, agora gostaria
De a você apresentar”.
“Conheci-o no hospital,
Quando estive internado
Por causa daquele incêndio,
Ocorrido no passado,
Quando ajudei a vizinha,
Socorri a menininha,
Mas saí todo queimado.”
Depois, olhou para mim,
E foi logo esclarecendo:
“É esse aí o meu filho,
Que eu estava lhe dizendo,
Cuja bela atitude
Demonstrou grande virtude,
Muito me surpreendendo”.
“Com seus sete anos de idade
Mostrou não ter egoísmo.
Arriscou ficar sem pai,
Num exemplo de altruísmo.
Ao me ver titubear,
Inspirou-me a praticar
Ato de grande heroísmo”.
Ouvindo-o falar assim,
O filho o interrompeu,
Dizendo: “Papai, espere,
O senhor não entendeu
Que naquele triste dia
Que o senhor quase morria,
Quem lhe inspirou não fui eu.”
O homem ficou surpreso.
Disse: “Filho, não entendo
É o que tu estás agora
Nesse instante me dizendo.
Ao ouvir você falar
Foi que resolvi entrar
Na casa que estava ardendo”.
O filho disse: “Eu sei disso,
Mas eu nunca lhe falei,
Que aquilo que eu lhe disse,
Não fui eu que inventei.
Eu apenas repeti
Uma frase que ouvi
Em um sonho que sonhei”.
Na noite antes do incêndio
Eu sonhei que era um soldado
Que lutava em uma guerra
E, em meio ao fogo cruzado,
Fui buscar mais munição
Dentro de um velho galpão
Que acabou sendo atacado.
Eu e mais dois companheiros
Fomos naquela missão
De entrar no armazém
Por ordem do capitão
Que ficou nos esperando
Na carroça aguardando
Com uma arma na mão.
Naquele mesmo instante
O soldado mais valente
Mostrou todo seu valor
E partiu logo na frente
Entrou armazém adentro
Mas, quando estava lá dentro,
Mudou tudo, de repente.
O telhado desabou
Depois de ser atingido
Por um tiro de canhão,
Fazendo grande estampido,
E o destemido soldado
Ficou lá, encurralado,
Provavelmente ferido.
Nessa hora o capitão
Correu para lhe salvar
E do meio dos escombros
Conseguiu lhe retirar
Só que, mal ele saiu,
Tudo aquilo explodiu
Em pedaços pelo ar.
Saímos dali correndo,
Buscando nos proteger
Mas, sem saber pra que lado
Deveríamos correr.
Então nos refugiamos
Numa vala que encontramos
Tentando sobreviver.
Percebi que o capitão
Foi ferido gravemente
E agonizava nos braços
Do soldado mais valente
Só que, antes de morrer,
Teve tempo de dizer,
Uma mensagem pra gente.
Dizia-lhe o capitão:
“Sei que logo irei morrer,
Mas eu, antes de partir,
Tenho algo a lhe dizer:
Sei o quanto me arrisquei,
Mas fiz só o que eu achei
Que era o certo a se fazer.
Não fiz para ser herói
Nem pra ser condecorado,
Mas, se há algo do que eu sei,
Que pode ser ensinado,
Eu lhe digo e sei que acerto:
Faça sempre o que achar certo
Por mais que seja arriscado”.
Foi esse o sonho que tive
Na noite que antecedeu
O incêndio que vizinho
À nossa casa ocorreu.
Eu era muito criança
Mas tenho viva a lembrança
De tudo o que aconteceu.
A frase que eu lhe falei
Não foi de caso pensado.
Eu apenas repeti,
O que tinha escutado
Naquele momento incerto:
Faça sempre o que achar certo
Por mais que seja arriscado”.
Quando o rapaz acabou
Toda aquela narração,
Percebi que o pai chorava
Tomado pela emoção.
Fui um privilegiado
Por haver presenciado
Toda aquela situação.
Pai e filho se abraçaram
Como dois grandes amigos
Que já caminhavam juntos,
Desde tempos muito antigos.
Caminhando lado a lado,
Tendo juntos enfrentado
Aventuras e perigos.
Se vivemos muitas vidas,
Se há reencarnação,
Eu não nego, nem afirmo,
Não digo que sim, nem não,
Mas, eu bem que gostaria
De haver sonhado, um dia,
Lutando como um soldado,
Com meu filho ali por perto
Fazendo o que achasse certo
Por mais que fosse arriscado.

PAI,POR QUE NOS ABANDONASTES?




PAI,POR QUE NOS ABANDONASTES? tem pena da nossa pátria, assaltada de cinco em cinco minutos, impunemente... tem pena dos doentes que estão nos corredores dos pronto socorros públicos, porque o dinheiro público é desviado por uma casta de corruptos... PAI, ilumine os brasileiros, para que eles na sua inocência ou ignorância ,Não continuem beijando o nó da peia, que o espanca e o exanguina...Pai, tende piedade das crianças famintas, cujo leite lhe é arrancado da boca ,pelo desvios das verbas da merenda escolar, por políticos inescrupulosos...Pai, fazei que surja um Messias na política, capaz de reverter esta situaçaò caótica e demagógica que se instalou no país,há muito tempo, mas que no presente , passou a ser uma coisa normal, e amiúde,permanente e banal...nos livrai destes políticos, imundices do mesmo esgôto...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O FIM DA TAMARINEIRA...




Antigamente, quem perdia o juízo, ia para a TAMARINEIRA, em Recife...
o local era tão conhecido, tão popular, que foi até motivo de uma música, de Elino Julião: Na Tamarineira...
Há muito tempo, se fala em fechar á Tamarineira...acabar com o hospital psiquiátrico...UM psiquiatra pernanbucano, entrou até na justiça para impedir este grande negócio imobiliario...Enfim, a especulaçào imobiliária venceu...A tamarinaeira vai virar um grande SHOPING...foi vendida pelo Bispo de olinda, PE.
Dá para parar, e refletir com o lema da campanha da fraternidade:Não se pode servir a dois senhores...

VOCÊS NÃO PODEM SERVIR A DEUS E AO DINHEIRO (OU, POR QUE NÃO NÓS?)


Dom Dedé e Dom Saburido, um dom que saiu, um dom que entrou, um dom que excomunga quem aborta e um dom que vende a Tamarineira pra faturar, um direitoso e outro esquerdoso: aguardemos as manifestações das patrulhas



Em breve, mais um empreendimento bento!
Esta passagem bíblica atribuída a Mateus é a chamada da Campanha da Fraternidade do ano de 2010. Realizada no período da quaresma, a ação é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil em todo território brasileiro desde 1964. Neste ano, seu primeiro lema foi: “Lembre-se, você também é Igreja”. Para mim, particularmente, dois temas me chamaram atenção: o de 1985, e a de 2003.
Na realidade, o tema da campanha de 85 só me chamou atenção alguns anos depois, quando entendi a mensagem do lema “Pão para quem tem fome”. E achei bonito, achei justo, principalmente por ainda ser católico de uma igreja chefiada pelas brandas e piedosas mãos de Dom Hélder Câmara. Em 2003, já como Gerente de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, a campanha chegou a mim com o lema “Vida, dignidade e esperança”. Um olhar sobre os nossos invisibilizados idosos.
O tema de 2010 me lembra com muita força como a igreja católica é cheia de contradições e dedos indicadores apontados para toda humanidade. Lembro mais uma vez de Dom Hélder quando dizia: “Ao apontar o dedo para os outros, lembre-se que há quatro apontando para vocês”. Tentem fazer o gesto e entenderão o que a mensagem diz. Eis que hoje, mais uma vez, os sucessores de Pedro se mostram novamente despreocupados com seus atos e inquirem novamente o próximo sem o mínimo pudor.
Logo agora que a Arquidiocese de Olinda e Recife, refrescada pelos ares de um pastor de riso fácil e palavras de acalanto, vive um momento novo, de maior tolerância. Justo neste momento, em plena quaresma, surge o acordo entre a sede da igreja na capital pernambucana e um grupo de empresários para arrendar a área da Tamarineira, onde fica o Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano. Ou Deus é um especulador imobiliário ou alguém está servindo ao senhor errado.
Tamarineira(Elino Julião)


Vivo na carreira pra lá e pra cá
É na Tamarineira que eu vou parar

Triste de quem ama pra quem não conhece
Meu coração padece
Eu não sei o que faço


Vivo na carreira pra lá e pra cá
É na Tamarineira que eu vou parar









CULPA MINHA
tenho culpa, muita culpa!
por toda essa impunidade
perdi-me dentro de mim
terminei agindo assim
votei por necessidade
tenho culpa, muita culpa!
quando lhe estendi a mão
pra lhe pedir uma esmola:
Bolsa Familia, Bolsa Escola
ou qualquer outra doação
tenho culpa, muita culpa!
pelo colapso na saude
por essa mesa sem pão
pelas crianças sem educação
que nao mudei quando pude
eu nasci com as mãos puras
prontas para semear
tenho culpa, muita culpa!
quando invento uma desculpa
e as uso para roubar
tenho culpa, muita culpa!
pelos que não têm teto,
pela minha miséria, pela sua
pelos meninos de ruas,
criados sem terem afetos
tenho culpa, muita culpa!
pelos sonhos que não sonhei
pela morte da esperança
pela fome das crianças
pelo voto errado que dei
tenho culpa muita culpa!
por nao me ter decido
eu só perco o meu voto
quando na urna não boto
meu voto fica perdido
tenho culpa, muita culpa!
por ter agido assim
desce-me na alma o crepúsculo
eu sou alguem sem escrúpulo
coitado, pobre de mim!