domingo, 28 de fevereiro de 2010
QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ...
UMA CAGADA INTERNACIONAL
“Lamento profundamente que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome.”
(Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a propósito da morte do prisioneiro de consciência cubano Orlando Zapata Tamayo)
* * *
Eu não vou mandar Lula se fuder em respeito ao cargo que ele ocupa.
A dignidade e a liturgia do posto estão bem acima, muito acima mesmo, do pateta despreparado que atualmente o ocupa. Ainda bem que faltam poucos meses pra essa toupeira passar o cargo pra Dilma.
Me dói fundamente ter consciência de que uma bosta feito esse cara é presidente do meu país.
UM TEXTO DE FERNANDO DE BARROS E SILVA
“LOST”
Repare, leitor, nas três cenas seguintes:
1. Franklin Martins exibe um sorriso orgulhoso e abraça Fidel Castro, posando para que o próprio Lula os fotografasse juntos;
2. Irritado com a imprensa, Lula nega ter recebido apelos de grupos defensores dos direitos humanos para que intercedesse em favor do preso político Orlando Zapata: “Se essas pessoas tivessem falado comigo antes, eu teria pedido para ele parar a greve de fome e quem sabe teria evitado que morresse”;
3. Comentando o caso, o assessor de Lula para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, diz: “Há problemas de direitos humanos no mundo inteiro”.
Franklin sorri, Lula engambela e Garcia avacalha. A morte do pedreiro Orlando Zapata, condenado a mais de 25 anos de prisão por discordar do regime, carimba de vergonha o passaporte da comitiva brasileira. Viajando com evidente disposição de render homenagens ao ditador e usufruir os dias finais da Disneylândia socialista, o governo Lula se omitiu alegremente, para depois tripudiar sobre o cadáver quando a realidade o emparedou.
Da tolerância com os desmandos do regime à idolatria pela figura de Fidel, subsiste no governo brasileiro (e amplamente na esquerda nativa) a “mitologia do bom tirano” -expressão do filósofo Ruy Fausto.
Em 2003, a onda de repressão aos dissidentes resultou no fuzilamento de três pessoas e em outras várias condenações à prisão perpétua. É isso o que está em jogo novamente. Para quem defende de fato os direitos humanos, pouco importa que a nomenclatura no poder há 50 anos tenha origem numa revolução feita em nome de ideais igualitários. Ela não é menos criminosa por isso.
Marco Aurélio Garcia não gosta dos seriados de TV americanos -”esterco cultural”, ele disse. Mas é capaz de baratear os direitos humanos para não atrapalhar a estadia na ilha de “Lost”. No congresso do PT, ele já havia dito (e Dilma Rousseff repetiu): “Não aceitamos lições de liberdade de quem não tem compromisso com ela”.
Bingo, Garcia!
“Texto lindo, bem escrito, cheio de verdades ou melhor só verdades. Não consigo entender como o governo de Cuba ainda se sustenta, aquilo ali deve ser uma máquina de favorecimentos, de desigualdade, de tratamento disforme, e, dessa forma esses dão sustentação ao absurdo chamado CUBA. Fico ainda mais admirado com a postura de lula, vi ele dizer no jornal nacional que ele aprendeu a nao meter o bedelho na vida dos outros, puro conformismo, pura covardia, esse lula ai teve aulas com Marco Maciel, aprendeu a viver sem identidade, sem se mostrar, sem tomar partidos, para sobreviver na sombra. Sou puto com gente assim!!!!.
Um beijo meu amigo vei de boi.
Zé Canustra”
OBS: O MOTIVO DO RISO...
a ridícula foto do presidente brasileiro rindo ao lado do tirano Raúl, quando este dizia que a culpa pela morte do herói Zapata era dos americanos
Imagens do protesto do povo cubano, na embaixada brasileira... o grito de ordem é: LULA CÚMPLICE.
“Tortura Nunca Mais Para Os Nossos Amigos”
segunda-feira, 1 de março de 2010 | 4:45
As asquerosas esquerdas brasileiras não deram um pio diante da morte de Zapata, o preso político cubano. A Comissão de Anistia & Prebendas ficou de bico calado. O lema dessa gente, como se vê, é “Tortura Nunca Mais Para Os Nossos Amigos”.
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O esterco ideológico
ResponderExcluir(publicado no Observatório da Imprensa)
Mentes autoritárias poderiam enxergar indícios conspiratórios na edição de 18 de fevereiro do caderno Ilustrada, da Folha de São Paulo. Afinal, em plena discussão do Projeto de Lei 29, que sofre ataques das operadoras de TVs por assinatura, o caderno publicou três páginas inteiras contendo elogios a elas. O pretexto da iniciativa foi uma crítica do assessor especial de Lula, Marco Aurélio Garcia, que qualificou o conteúdo televisivo importado dos EUA como “esterco cultural”.
Entre os muitos depoimentos coletados pela jornalista Ana Paula Sousa, não há sequer uma ponderação favorável ao ponto de vista do assessor. Apenas um trecho de coluna resume de forma superficial o complexo PL, associado a um suposto dirigismo xenófobo. O resultado é uma matéria inexplicavelmente extensa e laudatória, que beneficia abertamente os adversários da regulamentação. Estes, aliás, anunciantes regulares do jornal.
O idiossincrático Marco Aurélio Garcia é ótimo bode expiatório de causas subitamente libertárias. Qualquer contraponto rasteiro a seu “esterco ideológico” ganha ares de cosmopolitismo esclarecido. O assessor não tinha o direito de fazer “top-top”, em caráter privado, quando a imprensa tentava exercer sua “liberdade” de culpar o governo federal por um acidente aéreo. E quem é esse petista barbudo e preconceituoso para expor suas opiniões? Só um burocrata muito despótico ousa profanar tesouros culturais, que nos ensinam tanto sobre nós mesmos. Ele merecia ser jogado às galés.
Os argumentos utilizados para defender a TV paga são constrangedores. Fala-se em livre-arbítrio numa relação irregular de consumo (venda casada), que impede o assinante de escolher os canais, forçando-o a pagar por pacotes indesejáveis. E pagar muito caro, recebendo imensidões publicitárias que suplantam a da própria TV aberta. Elogia-se a diversidade num universo monoglota, dominado por uma subcultura estadunidense de folhetim, com exibições defasadas e reprisadas exaustivamente. E, absurdo maior, comemora-se a pífia inserção de produções nacionais, relegadas a nichos irrelevantes, enquanto nossos filmes são boicotados no mercado exibidor, controlado pelos mesmos cartéis corporativos da TV por assinatura.
Parece esperto reduzir o debate aos fãs de “Lost” e aos poucos profissionais que desfrutam de espaço “independente” no ramo. Afinal, trata-se mesmo de uma elite com interesses coincidentes. Mas logo parecerá novamente moderno e progressista exigir que o governo financie a sobrevivência da indústria televisiva. Democraticamente, é claro, e com dinheiro público.