A Crônica de Sérgio Porpino.

MEU QUERIDO SÉRGIO PORPINO...

FIQUEI bastante feliz com a sua carta, que na relidade é uma crônica...como é importante a amizade...faz tempo que a gente não coloca a correspondencia em dia, nós que na juventude compartilhamos tantos segredos e tantos amores...ao abrir o Email, sentí a força que a amizade tem, tive a mesma sensação de ter encontrado ouro...
O Tempo passou, mas as nossas emoções são as mesmas...como o tempo da juventude é agadavel... como eram lindos os nosso sonhos...
Natal nos deu muita coisas, filhos, novas amizades,conhecimento, mas naquele tempo, nós já éramos felizes e niguém tinha morrido... e os nossos sonhos tinha um sabor adocicado, derretiam na boca como açucar.
Desde aquela época que caminho, mas psicologicamente, não deixei aquela cidade sentimental, que voce abordou tão bem...me mande mais notícias de voce...eu continuo a amar os meus amigos...se um dia puder,depois do domingo no comercial, me leve para o terraço da casa de dona Iracema...quero sentir o gosto da maionese que Maria fazia.
Me leve um pouco com voce...eu gosto mesmo é de chorar... a gente quase não se ver, me deu vontade de sonhar.
um abraço
Bernardo




Bernardo, abs

Sabe que sou do tempo de olho no olho, conversa no ouvido, cadeiras lado a lado, mesa ( vale também roda de carro-de boi ) no canto, longe dos "ruim de papo", copos aguardando uma mão que os afague, troca de confidências, alegrias, tristezas, fofocas com qualidade, sem maldade, sorrisos, lágrimas, enfim, tudo que encontrávamos no clube de Maninho, no bar de Luisão, na sinuca de seu Helano, na sombra da trepadeira da casa de seu Aristides e dona Iracema e em tantos outros lugares que nos aproximaram e que nos ensinou o valor do sentimento que até hoje vive entre nós: a verdadeira amizade. Resta dizer que deveríamos ter conversado mais, amado mais, sofrido mais, sorrido mais e vivido isso muitas vezes mais. Hoje precisamos conviver mais, trabalhar menos, papear mais, desaparecer menos. Parece que estou na fase das lembrancas dos tempos da vida mais intensa, mais real e mais gostosa de ser lembrada.
Sou um dinossauro na área eletrônica, embora tenha um filho especialista no ramo.Faz parte do meu conhecimento HD, RAM, BYTES, etc. ler notícias de sempre, sofrer com elas, rir também, afinal ainda existem Lulas, Chaves e outros que nos abastecem, e trocar e-mails de vez em quando. Mas vou criar vergonha na cara e e ligar para os amigos. Diga a Gracinha que vou me atualizar em notícias boas, esquecer um pouco supermercados, cirurgias, fisioterapia, geriatria, etc e telefonar marcando uma conversa com assuntos mais sérios. Bjs, Sérgio
PS. Marluce ligou, li sua mensagem e aqui estou. Responda quando puder.