A MULHER QUE BOTOU O DIABO NA GARRAFA
Havia lá no sertão
uma muher bem casada
com um homem ciumento
desses que não valem nada
desses machões que nunca
deixa a mulher sossegada.
A mulher era fiel
mas ele a tocaiava
brigava sempre com ela
ela chorando jurava
mas de toda forma ele
na mulher não confiava.
Até que chegou um ponto
dele espancar ela, um dia,
ela apanhando e dizendo
que aquilo não merecia,
e era de chegar a hora
que ela se vingaria.
E ele bruto como era
não confiava em ninguem
todo dia era uma briga
e naquele vai e vem
o diabo apareceu
para faturar também.
O homem foi trabalhar
encontrou um molequinho
pinotando em sua frente
ele achou engraçadinho
ele pulava e se sumia
bem no meio do caminho.
O homem disse ao moleque:
voce é inteligente.
O menino disse: eu sei
tudo quanto você sente
me pague que eu lhe sirvo
em tudo daqui pra frente.
Eu sei que és ciumento
e na mulher não confia,
se me deres tua alma
eu tocaio todo dia
pra onde ela for eu vou
te juro com garantia.
Mas para isso preciso
eu ir contigo morar.
Eu estando em tua casa
você pode viajar
e garanto que não deixo
sua mulher namorar.
Ele levou o neguinho
chegou lá disse à mulher:
está vendo este negrinho?
ele é cheio de mister
ele vai seguir seus passos
até quando ele quiser.
A mulher disse ao marido:
você não tem jeito não
és ciumento demais,
sem alma e sem coração
e este moleque é tão feio
parece filho do cão.
O homem respondeu-lhe:
ele é quem vai te seguir
amanhã vou viajar
porque eu preciso ir.
E disse para o moleque:
procure bem me servir.
O moleque respondeu-lhe:
pode seguir sossegado
deixe sua mulher em casa
que eu não saio do seu lado
mesmo que ela não mereça
mas por você fui contratado.
Na saída da viagem
ela lhe fez um carinho
e lamentou porque ele
ia viajar sozinho,
e depois ela começou
conversar com o negrinho.
O negrinho disse a ela:
não vou sair do seu lado
e por esse meu trabalho
vou ser bem recompensado
seu marido me entregou
você pra eu ter cuidado.
A mulher sorriu e disse:
muito bem meu camarada
vou lhe propor uma aposta
pra ver se você se agrada.
O moleque disse: diga
e deu uma gargalhada.
A mulher disse ao moleque:
eu tomei uma atitude
te convido pra um banho
lá no meio do açude
que banho é necessário
para se ter melhor saúde.
o moleque disse: eu topo
se a senhora for pelada
e quero saber da senhora
a aposta solicitada
e vamos cair na água
nessa noite enluarada.
A mulher disse: a aposta
é para nós dois mergulhar
e se eu sair primeiro
você vai me tocaiar
pra o resto da minha vida
sem eu lhe atrapalhar.
O moleque disse: aceito,
e se eu sair primeiro?
Ela disse: eu lhe boto
numa garrafa ligeiro
bato a cortiça e do mundo
você não sente nem cheiro.
O diabo disse: tá certo
vamos logo ao açude
que estou um pouco sujo
e quero lavar meu grude
e ver também o seu corpo
que a qualquer homem ilude.
E assim foram ao banho
e a mulher tirou a roupa.
O diabo disse: é muito boa
igualmente pão com sopa
você é dessas mulheres
que faz defunto dar popa.
O diabo caiu na água
mergulhou foi para o fundo,
a muher vestiu a roupa
largou a perna no mundo
foi procurar cabaré
e ambiente vagabundo.
Passou a noite na zona
fez sexo de todo jeito
namorou 110 homens
levando tudo de eito
e dizendo: aquele marido
é assim que eu lhe ajeito.
Procurou se divertir
naquela vida sacana
tomando conhaque e vinho
licor, cerveja e cana,
sem se lembrar do moleque
passou mais de uma semana.
E depois que ela transou
por cabarés e motel
saiu dizendo: eu agora
gozei a lua-de-mel
vou voltar ao açude
e ao marido fiel.
E chegando no açude
tirou a roupa e entrou
e mergulhou dentro d’agua
o diabo se levantou
olhava pra todo canto
e com a mulher se espantou.
Disse ele: essa mulher
é das que o diabo gosta.
Naquilo a mulher saiu
o diabo estava de costa.
Disse a mulher: saiu primeiro
e eu quem ganhei a aposta.
Pegou o pobre moleque
e na garrafa botou
bateu bem na cortiça
dentro da água jogou
e saiu se rebolando
pra sua casa voltou.
Quando o marido chegou
lhe abraçou chorando
disse: eu choro é de saudade
e foi logo lhe beijando
e ele pelo moleque
foi logo lhe perguntando.
A mulher lhe respondeu
toda cheia de alegria
e disse-lhe: o molequinho
me fez boa companhia
e ele desapareceu
daqui já faz mais um dia.
O homem abraçou ela
e entrou em seu aposento
a cabeça cheia de galha
tinha até chifre cinzento
mas é isso que merece
o homem que é ciumento.
Foi essa mulher que botou
o diabo na garrafa
nos cabelos do marido
não entra pente nem marrafa
hoje é como chaleira
que aguentou chifre e abafa.
Havia lá no sertão
uma muher bem casada
com um homem ciumento
desses que não valem nada
desses machões que nunca
deixa a mulher sossegada.
A mulher era fiel
mas ele a tocaiava
brigava sempre com ela
ela chorando jurava
mas de toda forma ele
na mulher não confiava.
Até que chegou um ponto
dele espancar ela, um dia,
ela apanhando e dizendo
que aquilo não merecia,
e era de chegar a hora
que ela se vingaria.
E ele bruto como era
não confiava em ninguem
todo dia era uma briga
e naquele vai e vem
o diabo apareceu
para faturar também.
O homem foi trabalhar
encontrou um molequinho
pinotando em sua frente
ele achou engraçadinho
ele pulava e se sumia
bem no meio do caminho.
O homem disse ao moleque:
voce é inteligente.
O menino disse: eu sei
tudo quanto você sente
me pague que eu lhe sirvo
em tudo daqui pra frente.
Eu sei que és ciumento
e na mulher não confia,
se me deres tua alma
eu tocaio todo dia
pra onde ela for eu vou
te juro com garantia.
Mas para isso preciso
eu ir contigo morar.
Eu estando em tua casa
você pode viajar
e garanto que não deixo
sua mulher namorar.
Ele levou o neguinho
chegou lá disse à mulher:
está vendo este negrinho?
ele é cheio de mister
ele vai seguir seus passos
até quando ele quiser.
A mulher disse ao marido:
você não tem jeito não
és ciumento demais,
sem alma e sem coração
e este moleque é tão feio
parece filho do cão.
O homem respondeu-lhe:
ele é quem vai te seguir
amanhã vou viajar
porque eu preciso ir.
E disse para o moleque:
procure bem me servir.
O moleque respondeu-lhe:
pode seguir sossegado
deixe sua mulher em casa
que eu não saio do seu lado
mesmo que ela não mereça
mas por você fui contratado.
Na saída da viagem
ela lhe fez um carinho
e lamentou porque ele
ia viajar sozinho,
e depois ela começou
conversar com o negrinho.
O negrinho disse a ela:
não vou sair do seu lado
e por esse meu trabalho
vou ser bem recompensado
seu marido me entregou
você pra eu ter cuidado.
A mulher sorriu e disse:
muito bem meu camarada
vou lhe propor uma aposta
pra ver se você se agrada.
O moleque disse: diga
e deu uma gargalhada.
A mulher disse ao moleque:
eu tomei uma atitude
te convido pra um banho
lá no meio do açude
que banho é necessário
para se ter melhor saúde.
o moleque disse: eu topo
se a senhora for pelada
e quero saber da senhora
a aposta solicitada
e vamos cair na água
nessa noite enluarada.
A mulher disse: a aposta
é para nós dois mergulhar
e se eu sair primeiro
você vai me tocaiar
pra o resto da minha vida
sem eu lhe atrapalhar.
O moleque disse: aceito,
e se eu sair primeiro?
Ela disse: eu lhe boto
numa garrafa ligeiro
bato a cortiça e do mundo
você não sente nem cheiro.
O diabo disse: tá certo
vamos logo ao açude
que estou um pouco sujo
e quero lavar meu grude
e ver também o seu corpo
que a qualquer homem ilude.
E assim foram ao banho
e a mulher tirou a roupa.
O diabo disse: é muito boa
igualmente pão com sopa
você é dessas mulheres
que faz defunto dar popa.
O diabo caiu na água
mergulhou foi para o fundo,
a muher vestiu a roupa
largou a perna no mundo
foi procurar cabaré
e ambiente vagabundo.
Passou a noite na zona
fez sexo de todo jeito
namorou 110 homens
levando tudo de eito
e dizendo: aquele marido
é assim que eu lhe ajeito.
Procurou se divertir
naquela vida sacana
tomando conhaque e vinho
licor, cerveja e cana,
sem se lembrar do moleque
passou mais de uma semana.
E depois que ela transou
por cabarés e motel
saiu dizendo: eu agora
gozei a lua-de-mel
vou voltar ao açude
e ao marido fiel.
E chegando no açude
tirou a roupa e entrou
e mergulhou dentro d’agua
o diabo se levantou
olhava pra todo canto
e com a mulher se espantou.
Disse ele: essa mulher
é das que o diabo gosta.
Naquilo a mulher saiu
o diabo estava de costa.
Disse a mulher: saiu primeiro
e eu quem ganhei a aposta.
Pegou o pobre moleque
e na garrafa botou
bateu bem na cortiça
dentro da água jogou
e saiu se rebolando
pra sua casa voltou.
Quando o marido chegou
lhe abraçou chorando
disse: eu choro é de saudade
e foi logo lhe beijando
e ele pelo moleque
foi logo lhe perguntando.
A mulher lhe respondeu
toda cheia de alegria
e disse-lhe: o molequinho
me fez boa companhia
e ele desapareceu
daqui já faz mais um dia.
O homem abraçou ela
e entrou em seu aposento
a cabeça cheia de galha
tinha até chifre cinzento
mas é isso que merece
o homem que é ciumento.
Foi essa mulher que botou
o diabo na garrafa
nos cabelos do marido
não entra pente nem marrafa
hoje é como chaleira
que aguentou chifre e abafa.
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