Forró Decadente...de Gonzaga até o Forró estilizado...Cearense.

A música tradicional e característica dos festejos juninos é o forro. O autêntico forró. O chamado forró-pé-de-serra. O forró das composições de Humberto Teixeira, Antônio Barros, Zé Dantas, João Silva, João do Vale, Maciel Melo, Luiz Gonzaga, Hervê Cordovil, Guido de Morais, José Clementino, Onildo Almeida, Cecéu, Xico Bizerra, Petrúcio Amorim, Luiz Homero, Anastácia, Miguel Marcondes, Jorge de Altinho, Accioly Neto, Junior Vieira, Aracílio Araújo, Dominguinhos, Anchieta Dali, Klecius Caldas, Luiz Queiroga, Paulo Matricó, Zé Marcolino, Rosil Cavalcante e… E mais uma tuia da bixiga lixa. É tanta gente boa e talentosa que nem cabe tudo aqui.


O que vocês encontram hoje, nas televisões, nas rádios e nos palcos, com muita intensidade, é um lixo que se apropriou indevidamente do termo “forró” e que está se difundindo pelo país inteiro, fazendo com que as pessoas de outras regiões pensem que forró é aquilo mesmo. Não é. Não é forró porra alguma ! ! ! !

Repito e insisto: aquilo não é forró e nada tem a ver com a poesia, o lirismo, as tradições, o povo, a história, a religiosidade, a matutagem, os cangaceiros, os santos, os bichos, a cultura popular, as lendas e o caráter da Nação Nordestina.

Forró não o lixo despejado impunemente no mundo pelos conjuntos eletrônicos. Um lixo que é também conhecido pelo nome escroto de “oxente music”. E com um detalhe preocupante: estes grupos estão sendo pagos a peso de ouro, com todos os evidentes sinais de desvios e superfaturamento, por inúmeras prefeituras do interior desta terra tão carente e sofrida.

O que estes conjuntos praticam, na feliz expressão criada por Anselmo Alves, é um estelionato cultural. Anselmo, destacado membro da comunidade fubânica, jornalista, cineasta, sertanejo, cabra arretado e de vergonha na cara, é o produtor do vídeo que está abaixo reproduzido. É também autor do antológico texto “Eu quero meu sertão de volta“, sobre esta chaga vergonhosa.

O vídeo que vocês irão assistir é um documentário iniciado por um depoimento de Luiz Gonzaga - assim como que pra ressaltar a diferença entre a jóia e o lixo -, e que, de propósito, é interrompido abruptamente para que o espectador seja jogado diretamente num espetáculo de horror e baixaria, protagonizado por estas pragas ambulantes que impunemente se denominam de “bandas de forró”.

Vejam o vídeo e fiquem perplexos, escandalizados, chocados e horrorizados como ficam todas as pessoas de bem e de sensibilidade diante da infâmia das imagens que irão ver e das letras que irão ouvir