Ofereço-lhe, com muito carinho, uma poesia de minha autoria, composta em 1990 e inspirada em Clarissa, de Érico Veríssimo e O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry.
Um grande abraço,
Isa saraiva...
Meu Poeta:
Ah, que poeta era ele!
Sem dúvida o meu preferido.
E todos os livros dele,
Eu havia lido e relido.
Sem dúvida o meu preferido.
E todos os livros dele,
Eu havia lido e relido.
Seus poemas tão perfeitos,
Me faziam divagar.
Imaginar o meu eleito,
E seu coração conquistar.
Me faziam divagar.
Imaginar o meu eleito,
E seu coração conquistar.
Quinze anos, então eu tinha,
Naqueles anos dourados.
E um segredo eu mantinha,
Bem lá no fundo, guardado.
Naqueles anos dourados.
E um segredo eu mantinha,
Bem lá no fundo, guardado.
Dos poemas, o autor,
Eu sonhava conhecer.
O romântico escritor
Como haveria de ser?
Eu sonhava conhecer.
O romântico escritor
Como haveria de ser?
Só podia ser um príncipe,
De tão lindos sentimentos.
Falava de amor, de saudade,
De adeus, de encantamento.
De tão lindos sentimentos.
Falava de amor, de saudade,
De adeus, de encantamento.
Um jovem e rico galã!
Instruído, alourado,
Olhos azuis, mente sã,
Um rapaz muito educado.
Instruído, alourado,
Olhos azuis, mente sã,
Um rapaz muito educado.
Era assim – o meu poeta!
E não podia ser diferente.
Conhecê-lo era minha meta.
(Coisas de adolescente!!)
E não podia ser diferente.
Conhecê-lo era minha meta.
(Coisas de adolescente!!)
Meus olhos, nesse dia enfim,
Só mostrariam admiração.
E ele veria em mim,
Sua fonte de inspiração.
Só mostrariam admiração.
E ele veria em mim,
Sua fonte de inspiração.
Uma revista, por acaso,
Folheei num triste dia.
Era dele aquele verso,
Com sua fotografia!
Folheei num triste dia.
Era dele aquele verso,
Com sua fotografia!
Mas era ele, o meu poeta?
Olhar triste, ar sofrido…
Velho, feio e careca?
Como havia me iludido?!!!
Olhar triste, ar sofrido…
Velho, feio e careca?
Como havia me iludido?!!!
Falava de sua vida,
assim como de sua morte.
E de sua poesia tão lida.
Nascera e morrera pobre!
assim como de sua morte.
E de sua poesia tão lida.
Nascera e morrera pobre!
Aquela revista maldita
Também matara em mim,
Aquele sonho já dito,
Que agora, chegava ao fim.
Também matara em mim,
Aquele sonho já dito,
Que agora, chegava ao fim.
Bem cedo aprendi a lição,
Dessa maneira incrível!
Só se vê bem com o coração:
O essencial – dos olhos – é invisível!
Dessa maneira incrível!
Só se vê bem com o coração:
O essencial – dos olhos – é invisível!
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