Bachianas brasileiras é uma série de nove composições de Heitor Villa-Lobos escritas entre 1930 e 1945. Nesse conjunto, escrito para formações diversas, Villa-Lobos fundiu material folclórico brasileiro (em especial a música caipira) às formas pré-clássicas no estilo de Bach, intencionando construir uma versão brasileira dos Concertos de Brandemburgo. Esta homenagem a Bach também foi feita por compositores contemporâneos como Stravinski. Todos os movimentos das Bachianas, inclusive, receberam dois títulos: um bachiano, outro brasileiro.
São trechos famosos de Bachianas a Tocata (O Trenzinho do Caipira), quarto movimento das n° 2; a Ária (Cantilena), que abre as de n° 5; o Coral (O Canto do Sertão) e a Dança (Miudinho), ambos nas n° 4.
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- Bachianas brasileiras n° 1 para oito violoncelos (1932)
Esta obra foi composta em 1930, tendo sua primeira audição em 22 de setembro de 1932. Contém três movimentos:
- Introdução (Embolada) - Animato
- Prelúdio (Modinha) - Andante
- Fuga (Conversa) - Un poco animato
- Bachianas brasileiras n° 2 para orquestra de câmara (1933)
Assim como a n° 1, foi composta em 1930 e estreada em Veneza por Alfredo Casella. Existem quatro movimentos, cada um re-explorando alguma peça mais antiga para piano ou para violoncelo e piano.
- Prelúdio (O Canto do Capadocio) - Adagio - Andantino
- Ária (O Canto da Nossa Terra) - Largo
- Dança (Lembrança do Sertão) - Andantino moderato
- Tocata (O Trenzinho do Caipira) - Un poco moderato
- Este movimento se caracteriza por imitar o movimento de uma locomotiva com os instrumentos da orquestra. A melodia recebeu letra composta por Ferreira Gullar.
- Bachianas brasileiras n° 3 para piano e orquestra (1934)
Estreou em 1947, tendo como pianista José Vieira Brandão e como regente o próprio Villa-Lobos. Esta obra contém quatro movimentos:
- Prelúdio (Ponteio) - Adagio
- Fantasia (Devaneio) - Allegro moderato
- Ária (Modinha) - Largo
- Toccata (Picapau) - Allegro
Foi composta para piano a partir de 1930, mas estreada somente em 1939. Recebeu novo arranjo para orquestra em 1941, estreando em meados do ano seguinte. Esta obra contém quatro movimentos:
- Prelúdio (Introdução) - Lento
- Coral (Canto do Sertão) - Largo
- Ária (Cantiga) - Moderato
- Dança (Miudinho) - Muito animado
Provavelmente o trabalho mais popular do compositor, tendo sido a mais gravada fora do Brasil, é dividida em dois movimentos:
- Aria (Cantilena) - Adagio
- Foi dedicada a Arminda Villa-Lobos. A letra deste movimento é de Ruth Valadares Corrêa, e a composição possui semelhanças com obras como a "Ária" de Bach e o "Vocalise" de Rachmaninov. Ruth Valadares também foi a cantora do movimento durante sua estréia em 1939, sob condução do próprio Villa-Lobos[1].
- Dança (Martelo) - Allegretto
- A letra deste movimento é de Manuel Bandeira, apresentada em 1945. Dois anos mais tarde, estreou em Paris.
Esta obra contém dois movimentos:
- Ária (Chôro) - Largo
- Fantasia - Allegro
- Bachianas brasileiras n° 7 para orquestra (1942)
Esta obra contém quatro movimentos:
- Prelúdio (Ponteio) - Adagio
- Giga (Quadrilha Caipira) - Allegretto scherzando
- Toccata (Desafio) - Andantino quasi allegretto
- Fuga (Conversa) - Andante
- Bachianas brasileiras n° 8 para orquestra (1944)
Esta obra contém quatro movimentos:
- Prelúdio - Adagio
- Ária (Modinha) - Largo
- Toccata (Catira Batida) - Vivace (Scherzando)
- Fuga - Poco moderato
- Bachianas brasileiras n° 9 para coro ou orquestra de cordas (1945)
Esta obra contém dois movimentos:
- Prelúdio
- Fuga
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