A MAÇANETA DA PORTA
A voz de um bêbado na rua
O longo apito de um guarda
Faz meu coração disparar
No meio da madrugada
Os cães uivando à distância
Os presságios, os pesadelos…
Meu filho, minha esperança
Cuida Senhor, em protege-lo!
As histórias de acidentes,
Assaltos, sequestros e mortes
De filhos que não voltaram
Da-me Senhor melhor sorte
Passos ganham o corredor
De repente uma gargalhada
É o meu filho que volta
No meio da madrugada
Não há mais bela música
Que passos de um filho que volta
Ruídos de chaves numa fechadura
E o ranger dos gonzos de uma porta
Nem o som de mil orquestras
É melhor de se ouvir
Que a maçaneta de uma porta
No momento de se abrir
Ouço o tilintar de chaves
Uma outra porta a se abrir
Meu filho está de volta
Finalmente posso dormir
Boa noite, meu filho, boa noite!
Você nem precisa me ouvir.
FRANCISCO ITAERÇO.
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