DR . BRUNO MARCELO...UROLOGISTA...CLIUN...RUA JOSÉ ALVES, CONTINUAÇÃO DA RUA JUNDIAÍ, APÓS ATRAVESSAR A HERMES DA FONSECA ...
-DRA ALINE MENEZES:DERMATOLOGIA...COSMETOLOGIA...BOTOX...
CLÍNICA PEDRO CAVALCANTE , AV RODRIGUES ALVES NATAL.
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“Esta velha angústia, Esta angústia que trago há séculos em mim, Transbordou da vasilha, Em lágrimas, em grandes imaginações, Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror, Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum. Transbordou.
Mal sei como conduzir-me na vida Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma! Se ao menos endoidecesse deveras! Mas não: é este estar entre, Este quase, Este poder ser que…, Isto.
Um internado num manicómio é, ao menos, alguém, Eu sou um internado num manicómio sem manicómio. Estou doido a frio, Estou lúcido e louco, Estou alheio a tudo e igual a todos: Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura Porque não são sonhos Estou assim…
Pobre velha casa da minha infância perdida! Quem te diria que eu me desacolhesse tanto! Que é do teu menino? Está maluco. Que é de quem dormia sossegado sob o teu tecto provinciano? Está maluco.
Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou. Se ao menos eu tivesse uma religião qualquer!
Por exemplo, por aquele manipanso Que havia em casa, lá nessa, trazido de África. Era feiíssimo, era grotesco, Mas havia nele a divindade de tudo em que se crê.
Se eu pudesse crer num manipanso qualquer — Júpiter, Jeová, a Humanidade — Qualquer serviria, Pois o que é tudo senão o que pensamos de tudo? Estala, coração de vidro pintado!”
Para Viver Um Grande Amor Vinicius de Moraes Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho
Cantado
Eu não ando só Só ando em boa companhia Com meu violão Minha canção e a poesia
Falado
Para viver um grande amor, preciso É muita concentração e muito siso Muita seriedade e pouco riso Para viver um grande amor Para viver um grande amor, mister É ser um homem de uma só mulher Pois ser de muitas - poxa! - é pra quem quer Nem tem nenhum valor Para viver um grande amor, primeiro É preciso sagrar-se cavalheiro E ser de sua dama por inteiro Seja lá como for Há de fazer do corpo uma morada Onde clausure-se a mulher amada E postar-se de fora com uma espada Para viver um grande amor
Cantado
Eu não ando só, Só ando em boa companhia Com meu violão Minha canção e a poesia
Falado
Para viver um grande amor direito Não basta apenas ser um bom sujeito É preciso também ter muito peito Peito de remador É sempre necessário ter em vista Um crédito de rosas no florista Muito mais, muito mais que na modista Para viver um grande amor Conta ponto saber fazer coisinhas Ovos mexidos, camarões, sopinhas Molhos, filés com fritas, comidinhas Para depois do amor E o que há de melhor que ir pra cozinha E preparar com amor uma galinha Com uma rica e gostosa farofinha Para o seu grande amor?
Cantado
Eu não ando só Só ando em boa companhia Com meu violão Minha canção e a poesia
Falado
Para viver um grande amor, é muito Muito importante viver sempre junto E até ser, se possível, um só defunto Pra não morrer de dor É preciso um cuidado permanente Não só com o corpo, mas também com a mente Pois qualquer "baixo" seu a amada sente E esfria um pouco o amor Há de ser bem cortês sem cortesia Doce e conciliador sem covardia Saber ganhar dinheiro com poesia Não ser um ganhador Mas tudo isso não adianta nada Se nesta selva escura e desvairada Não se souber achar a grande amada Para viver um grande amor!
Cantado
Eu não ando só Só ando em boa companhia Com meu violão Minha canção e a poesia
Receita de Mulher Vinicius de Moraes Composição: vinicius de moraes As muito feias que me perdoem Mas beleza é fundamental. É preciso que haja qualquer coisa de flor em tudo isso Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture Em tudo isso (ou então Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa). Não há meio-termo possível. É preciso Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora. É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços Alguma coisa além da carne: que se os toque Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência. É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas No enlaçar de uma cintura semovente. Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras É como um rio sem pontes. Indispensável. Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida A mulher se alteie em cálice, e que seus seios Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas. Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal! Os menbros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem No entanto, sensível à carícia em sentido contrário. É aconselhavel na axila uma doce relva com aroma próprio Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!). Preferíveis sem dúvida os pescoços longos De forma que a cabeça dê por vezes a impressão De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferencia grandes E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros. Ah, que a mulher de sempre a impressão de que se fechar os olhos Ao abri-los ela não estará mais presente Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber O fel da dúvida. Oh, sobretudo Que ela não perca nunca, não importa em que mundo Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre O impossível perfume; e destile sempre O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação imunerável.
O finado Zé Totó Que era tio de meus pais Mesmo sendo um arigó Conversava até de mais A audição saliente E uma visão excelente Bem acima dos seus níveis Vou remexer a memória Pra relatar sua história Cheia de coisas incríveis
Esse nosso personagem Com dotes especiais Não sei se era pabulagem Mas, o velho era sagaz Com pericia e maestria Tanto via quanto ouvia De maneira interessante Sem aparelho e nem óculos Sem auxilio de binóculos Enxergava bem distante
O velho José!! Morava Na Serra, num casarão Do alpendre desfrutava De uma ampla visão Para a Vila de Ameixas Sem ter motivo pra queixas Com muita categoria Pra quem estava presente Muito detalhadamente Contava tudo que via
Só que Ameixas ficava Duas léguas adiante Mas tio José confirmava De uma maneira constante Que tinha a vista apurada E de forma detalhada Serenamente e tranquilo Que ali via quase tudo Desde um animal graúdo Ao mais pequenino grilo
Ele dizia estou vendo Debaixo de um sombrião Um velho sentado lendo O folheto do pavão Aquele misterioso E um menino treloso Brincando com carrapetas E um rapaz num jumento No barreiro de Zé Bento Enchendo umas ancoretas
Lá na venda de João Quinca To vendo Euzébio sentado E uma menina que brinca De boneca, no outro lado Lá em Sebastião Vicente Da venda, mesmo na frente Daqui vejo direitinho Três rolinhas num espeto E num saco de feijão preto Quatro grãos de mulatinho
Mas ele negociava Todo tipo de mangaio Também ovo, ele comprava Carregando num balaio Pra não ter muito trabalho E não causar atrapalho Quando cansado chegava Sem cuidado e sem levez Derramava de uma vez!! Nenhum ovo se quebrava
Um dia a serra desceu Para visitar seus pais O cachimbo ele perdeu E como fumava demais Voltou a sua procura E de maneira obscura Pra todo mundo contou Que procurando nos limbos Achou dezoito cachimbos E o dele não encontrou
E tinha cachimbo aceso Que ainda estava fumegando!! Certa vez, ficou surpreso Quando estava descansando Pois tinha tempo de sobra!! Quando avistou uma cobra Passando em velocidade E pelo calculo que fez Pensou com sigo, talvez Eu esteja vendo a metade
E isso era mais ou menos Seis e meia da manhã E entre murmúrios pequenos Sozinho ficou no afã De ver passar a serpente Deu dez horas, e o sol quente Mas ele não desistiu Bateu o pé fez afinco As duas e trinta e cinco Foi quando a cobra sumiu
Se é real ou fantasia Eu não vou confirmar nada Ele afirmava que ouvia Da igreja da Malhada Com seu ouvido ladino As badaladas do sino Com perfeita ressonância Só que a igreja ficava Do lugar que ele morava A dez léguas de distancia
Malhada se emancipou Hoje, é Passira a cidade Se o velho o sino escutou Se é mentira, ou se é verdade Eu não sei lhe explicar Mas, se alguém duvidar Do que ele era capaz Vou ser discreto e sincero É só procurar Romero* Que ele sabe muito mais
De acordo com a Sexpedia a moda das nortes americanas agora é o vajazzling. que significa: decorar a vagina com cristais. Será que a moda pega aqui também?
me lembrei do sapateiro de Serrinha, João vitrola, que dizia,simples é bom imagine enfeitada...e que decoração de xibiu é penteio...
Cada homem tem a sua Rosa...cada homem faz a sua rosa...vejamos a rosa de pixinguina, a de chico buarque e a de vinicius...
Rosa Pixinguinha Composição: Pixinguinha e Otávio de Souza Tu és, divina e graciosa Estátua majestosa do amor Por Deus esculturada E formada com ardor Da alma da mais linda flor De mais ativo olor Que na vida é preferida pelo beija-flor Se Deus me fora tão clemente Aqui nesse ambiente de luz Formada numa tela deslumbrante e bela Teu coração junto ao meu lanceado Pregado e crucificado sobre a rósea cruz Do arfante peito seu
Tu és a forma ideal Estátua magistral oh alma perenal Do meu primeiro amor, sublime amor Tu és de Deus a soberana flor Tu és de Deus a criação Que em todo coração sepultas um amor O riso, a fé, a dor Em sândalos olentes cheios de sabor Em vozes tão dolentes como um sonho em flor És láctea estrela És mãe da realeza És tudo enfim que tem de belo Em todo resplendor da santa natureza
Perdão, se ouso confessar-te Eu hei de sempre amar-te Oh flor meu peito não resiste Oh meu Deus o quanto é triste A incerteza de um amor Que mais me faz penar em esperar Em conduzir-te um dia Ao pé do altar Jurar, aos pés do onipotente Em preces comoventes de dor E receber a unção da tua gratidão Depois de remir meus desejos Em nuvens de beijos Hei de envolver-te até meu padecer De todo fenecer
A Rosa Chico Buarque Composição: Chico Buarque Arrasa o meu projeto de vida Querida, estrela do meu caminho Espinho cravado em minha garganta Garganta A santa às vezes troca meu nome E some
E some nas altas da madrugada Coitada, trabalha de plantonista Artista, é doida pela Portela Ói ela Ói ela, vestida de verde e rosa
A Rosa garante que é sempre minha Quietinha, saiu pra comprar cigarro Que sarro, trouxe umas coisas do Norte Que sorte Que sorte, voltou toda sorridente
Demente, inventa cada carícia Egípcia, me encontra e me vira a cara Odara, gravou meu nome na blusa Abusa, me acusa Revista os bolsos da calça
A falsa limpou a minha carteira Maneira, pagou a nossa despesa Beleza, na hora do bom me deixa, se queixa A gueixa Que coisa mais amorosa A Rosa
Ah, Rosa, e o meu projeto de vida? Bandida, cadê minha estrela guia Vadia, me esquece na noite escura Mas jura Me jura que um dia volta pra casa
Arrasa o meu projeto de vida Querida, estrela do meu caminho Espinho cravado em minha garganta Garganta A santa às vezes me chama Alberto Alberto
Decerto sonhou com alguma novela Penélope, espera por mim bordando Suando, ficou de cama com febre Que febre A lebre, como é que ela é tão fogosa A Rosa
A Rosa jurou seu amor eterno Meu terno ficou na tinturaria Um dia me trouxe uma roupa justa Me gusta, me gusta Cismou de dançar um tango
Meu rango sumiu lá da geladeira Caseira, seu molho é uma maravilha Que filha, visita a família em Sampa Às pampa, às pampa Voltou toda descascada
A fada, acaba com a minha lira A gira, esgota a minha laringe Esfinge, devora a minha pessoa À toa, a boa Que coisa mais saborosa A Rosa
Ah, Rosa, e o meu projeto de vida? Bandida, cadê minha estrela guia? Vadia, me esquece na noite escura Mas jura Me jura que um dia volta pra casa
Samba Da Rosa Vinicius de Moraes Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho Rosa prá se ver, Prá se admirar Rosa prá crescer, Rosa prá brotar Rosa prá viver, Rosa prá se amar Rosa prá colher, E despetalar...
Rosa prá dormir, Rosa prá acordar Rosa prá sorrir, Rosa prá chorar Rosa prá partir, Rosa prá ficar E se ter mais uma Rosa mulher...
É primavera É a rosa em botão Ai! Quem me dera! Uma rosa no coração...
Rosa prá se ver, Prá se admirar Rosa prá crescer, Rosa prá brotar Rosa prá viver, Rosa prá se amar Rosa prá colher, E despetalar...
Rosa prá dormir, Rosa prá acordar Rosa prá sorrir, Rosa prá chorar Rosa prá partir, Rosa prá ficar E se ter mais uma Rosa mulher...
É primavera É a rosa em botão Ai! Quem me dera! Uma rosa no coração...
Rosa prá se ver, Prá se admirar Rosa prá crescer, Rosa prá brotar Rosa prá viver, Rosa prá se amar Rosa prá colher, E despetalar...
Rosa prá dormir, Rosa prá acordar Rosa prá sorrir, Rosa prá chorar Rosa prá partir, Rosa prá ficar E se ter mais uma Rosa mulher...
E se ter mais Uma Rosa mulher...(2x)
Ciranda da Rosa Vermelha Elba Ramalho Composição: Alceu Valença – Adp. Folclore Teu beijo doce Tem sabor do mel da cana Sou tua ama, tua escrava Meu amor Sou tua cana, teu engenho, teu moinho Tu és feito um passarinho Que se chama beija-flor Sou tua cana, teu engenho, teu moinho Tu és feito um passarinho Que se chama beija-flor Sou rosa vermelha Ai! Meu bem querer Beija-flor sou tua rosa E hei de amar-te até morrer
Sou rosa vermelha Ai! Meu bem querer Beija-flor sou tua rosa E hei de amar-te até morrer
Quando tu voas Pra beijar as outras flores Eu sinto dores Um ciúme e um calor Que toma o peito, o meu corpo E invade a alma Só meu beija-flor acalma Tua escrava, meu senhor Que toma o peito, o meu corpo E invade a alma Só meu beija-flor acalma Tua escrava, meu senhor
Sou rosa vermelha Ai! Meu bem querer Beija-flor sou tua rosa E hei de amar-te até morrer
Sou rosa vermelha Ai! Meu bem querer Beija-flor sou tua rosa E hei de amar-te até morrer
Ronnie Von - Pra Chatear (With Caetano Veloso)
A rosa vermelha é do bem-querer A rosa vermelha e branca hei de amar até morrer A rosa vermelha e branca hei de amar até morrer
Na sala da minha casa Tem um jarro sobre a mesa Dentro do jarro uma rosa Gosto da rosa vermelha Não sei se a rosa é de rosa Matéria plástica ou pano Foi minha mãe, minha madrasta Quem pôs ali faz um ano
A rosa vermelha é do bem-querer A rosa vermelha e branca hei de amar até morrer A rosa vermelha e branca hei de amar até morrer
A minha casa é guardada Do oitavo andar do edifício De onde eu vejo um jardim Cresce guardado o edifício No jardim cresce outra rosa Rosa de rosa e jardim Que nasceu vermelha e branca Como se fosse pra mim
A rosa vermelha é do bem-querer A rosa vermelha e branca hei de amar até morrer A rosa vermelha e branca hei de amar até morrer
No caminho da minha casa, É o jardim, o elevador Uma rosa é da mamãe E a outra é do zelador Eu sei que as duas são minhas Mas pra quê que eu quero rosa Pra cheirar, comer, sei lá Pra gostar pra jogar fora
A rosa vermelha é do bem-querer A rosa vermelha e branca hei de amar até morrer A rosa vermelha e branca hei de amar até morrer
Quando minha mãe dormir E o zelador não olhar De noite quando eu crescer Quero estas rosas roubar Eu vou roubar pra vender Pra guardar ou pra queimar Eu vou fazer qualquer coisa bonita Pra chatear
A rosa vermelha é do bem-querer A rosa vermelha e branca hei de amar até morrer A rosa vermelha e branca hei de amar até morrer A rosa vermelha e branca hei de amar até morrer
Vinicius e toquinho, começaram a aprender a tocar violaõ com o professor PAULINHO NOGUEIRA...Toquinho desenvolveu bem o instrumento, Vinicius era somente e tudo, era poeta. vejam o choro que eles fizeram para homenagear o seu ex professor de violão:CHORO CHORADO PARA PAULINHO NOGUEIRA.
Choro Chorado Pra Paulinho Nogueira Vinicius de Moraes Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho / Paulinho Nogueira
Quanta saudade antiga Quanta recordação O toque paciente De tua mão amiga Me ensinando os caminhos Corrigindo os defeitos Dando todos os jeitos Pras notas brotarem Do meu violão
Ah, como eu me lembro ainda Cheio de gratidão A hora entardecente A nostalgia infinda No modesto ambiente Da casinha da praça E eu em estado de graça De estar aprendendo a tocar violão
E hoje nós dois Tempos depois Damos com nova emoção Um novo aperto de mão Neste chorinho chorado juntos E que, tomara, renasça em muitos
Pois a maior alegria É chorar de parceria Num chorinho que é só coração E relembrar que o passado Vive num choro chorado Pelo teu e o meu violão
Chorando pra Pixinguinha Vinicius de Moraes Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho Meu velho amigo Chorão primeiro Tão Rio antigo Tão brasileiro
Teu companheiro Chora contigo Toda a dor de ter vivido O que não volta nunca mais E na emoção deste chorinho carinhoso Te pede uma bênção de amor e de paz
Lamento Vinicius de Moraes Composição: Vinicius de Moraes / Pixinguinha Morena, tem pena Mas ouve o meu lamento Tento em vão Te esquecer Mas, olhe, o meu tormento é tanto Que eu vivo em pranto e sou todo infeliz Não há coisa mais triste, meu benzinho Que esse chorinho que eu te fiz
Sozinha, morena Você nem tem mais pena Ai, meu bem Fiquei tão só Tem dó, tem dó de mim Porque estou triste assim por amor de você Não há coisa mais linda neste mundo Que meu carinho por você
1...Cheguei de madrugada da casa De Lucinha Lira.Era o seu aniversário...muita música...presença do CLAMBOM: o clube dos amantes da boa música. 2...Enfim Fly Morreu...O meu Rottweiler, que estava com osteossarcoma,fez uma embolia pulmonar e morreu...Sem dor e natural...um pedido meu á Santa Rita...prontamente atendido..mais uma vez... 3...Atingí outra meta: uma cabine dupla zero...com esforço...é um LUXO.CHEVROLET.
4...Perdoai as nossa ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido... Recebí um telefonema de um inimigo...me pedindo uma ajuda... a primeira reação foi lhe dizer o díabo...aplicar a teoria da UDN... em vinte segundos me lembrei que sou um homem que acredita e reza o PAI NOSSO,resolví ajuda-lo. 5...Os meus Alunos, viram uma coisa que dificilmente se ver...atendí um paciente, que ao me ver caiu no choro...disse que sofria muito e aguardava uma cirurgia, e chorava.perguntei por que tanto choro, a sua respostas foi: é a emoção de falar com o senhor...me emocionei muito, sentí a dor dos fracos, e diante dele a minha alma se ajoelhou...no meu silencio interior....apertei-lhe a mão e disse:lhe opero sexta feira...os estudantes de medicina se surpeenderam com a cena..rara...Recomendação do meu berço...da minha mãe:meu filho, primeiro os POBRES...o paciente ja foi operado, e bem. 6...Imperdivel, segunda feira, na igreja de São camilo de Lélis, a coroação de Nossa Senhora,cultuada no mês de maio...Na igreja do Padre Normando Delgado,um coral canta a LADAINHA, uma obra de arte...um grande louvor a mãe de Deus... 7...quem quiser que conte outra,mas o maior patrimonio de um homem é a sua fé.O fundamento da esperança... 8...Palavra de um estudioso:Você perde 75% de suas preocupações com coisas que na realidade não vão acontecer...por medo... 9...Não se preocupe por coisas que jamais vão acontecer,ou que rarissimamente acontecem. 10...Soube que um empresário natalense,recusou grande proposta de outra empresa que queria explorar um estacionamento do seu Shoping... a resposta do empresário foi:Fiz o Shoping para o povo de Natal, o fiz para ser visitado por todas as classe sociais...o estacionamento continuará Grátis...não quero ganhar dinheiro com o estacionamento.GESTO NOBRE...DIFERENCIADO...PARABÉNS. 11...Frase da Semana:Alguns riem de mim por que me acham diferente, e eu rio deles, por que os acho IGUAIS... 12...Ontem almocei nos Camarões de Ponta Negra, com Breno e a noiva adriana, com Brena e gracinha...uma delícia.Breno casa em dezembro... 13...Tencionava ir para o festival de inverno de Serra de São Bento,sentir frio e tomar vinho,não fui por causa do aniversário de Lucinha Lira, minha querida amiga... eu sou do tempo, que a atração da serra de São bento, era uma fazenda chamada A Floresta, de Nicinha Arruda e Wilson ramalho, onde tinha DOCES E GRANDES PINHAS.
Valsa para uma menininha
Vinicius de Moraes
Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho
Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha, não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão
Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim
E você vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Teu bicho-papão
Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
E também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei
Teresinha
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque/Maria Bethânia
O primeiro me chegou como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia, trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens e as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio, me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada que tocou meu coração
Mas não me negava nada, e, assustada, eu disse não
O segundo me chegou como quem chega do bar
Trouxe um litro de aguardente tão amarga de tragar
Indagou o meu passado e cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada, e, assustada, eu disse não
O terceiro me chegou como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada também nada perguntou
Mal sei como ele se chama mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama e me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não
Se instalou feito posseiro, dentro do meu coração
Cantando no Toró
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
Sambando na lama de sapato branco, glorioso
Um grande artista tem que dar o tom
Quase rodando, caindo de boca
A voz é rouca mas o mote é bom
Sambando na lama e causando frisson
Mas olha só
Um samba de cócoras em terra de sapo
Sapateando no toró
Cantando e sambando na lama de sapato branco, glorioso
Um grande artista tem que dar lição
Quase rodando, caindo de boca
Mas com um pouco de imaginação
Sambando na lama sem tocar o chão
E o tal ditado, como é?
Festa acabada, músicos a pé
Músicos a pé, músicos a pé
Músicos a pé
Sambando na lama de sapato branco, glorioso
Um grande artista tem fazer fé
Quase rodando, caindo de boca
Aba de touca, jura de mulher
Sambando na lama e passando o boné
Mas olha só
Por fora filó, filó
Por dentro, molambo
Cambaleando no toró
Cantando e sambando na lama de sapato branco, glorioso
Um grande artista tem que dar o que tem e o que não tem
Tocando a bola no segundo tempo
Atrás de tempo, sempre tempo vem
Sambando na lama, amigo, e tudo bem
E o tal ditado, como é?
Festa acabada, músicos a pé
Músicos a pé, músicos a pé
Músicos a pé
Sambando na lama de sapato branco, glorioso
Um grande artista tem que estar feliz
Sambando na lama de salvando o verniz
Mas olha só
Em terra de sapo, sambando de cócoras
Sapateando no toró
Cantando e sambando na lama de sapato branco, glorioso
Um grande artista tem que estar tranchã
Sambando na lama, amigo, até amanhã
E o tal ditado, como é?
Festa acabada, músicos a pé
Músicos a pé, músicos a pé
Músicos a pé
Grande Hotel
Chico Buarque
Composição: Wilson das Neves/Chico Buarque
Vens ao meu quarto de hotel
Sem te anunciares sequer
Com certeza esqueceste que és
Que és uma senhora
Vejo-te andar de tailleur
Atravessando a novela
Sentes prazer em falar
De sentimentos de outrora
Deito-me no canapé
Não sem antes abrir a janela
E ver tuas palavras ao léu
Jogas conversa fora
Sabes que estive a teus pés
Sei que serás sempre aquela
Pretendes me complicar
Mas passou a nossa hora
Não me incomodo que fumes
Podes mesmo te servir à vontade do meu frigobar
Ou levar um souvenir
Dispõe do meu telefone
Desejando, liga o interurbano pra qualquer lugar
E apaga a luz ao sair
Quando eu pensava em dormir
Tu chegas vestida de negro
Vens decidida a bulir
Com quem está posto em sossego
Entras com ares de atriz
Sabes que sou da platéia
Deves pensar que ando louco
Louco pra mudar de idéia, não?
Pensas que não sou feliz
Entras com roupa de estréia
Deves saber que ando louco
Louco pra mudar de idéia
A história de vida de um nordestino que saiu da miséria para a Presidência da República parece um conto de fadas e poderia ser um bom roteiro de filme.Quem não gosta de histórias heróicas de superação de alguém que sai do nada para chegar à glória?
Esse é um dos motivos da espantosa popularidade de Lula, embora ela só tenha se materializado depois de três tentativas de chegar à Presidência da República , e não por coincidência, depois que a sua imagem, até então abrasiva e conflituosa, foi moldada por um arranjo mercadológico e político que aparou as arestas que o separavam do convívio pacífico com o status-quo.A maquiagem do paz-e-amor somada à rendição aos dogmas do mercado, representada pela “Carta ao Povo Brasileiro”, fizeram do zangado sindicalista de resultados um presidente amado pelo povo e mitificado em boa parte do mundo.
Até aí, tudo bem.É justo que Lula se orgulhe de seu destino, de sua história de vida, de seu triunfo.
Perfeito seria se ele usufruísse de seu instante histórico de glória para ajudar a fortalecer as frágeis instituições da jovem democracia brasileira em vez de dedicar-se a desrespeitá-las, no deboche contínuo e deliberado que ele comete ao confundir a popularidade com a onipotência.
A sabedoria grega criou uma palavra para isso- húbris- que Houaiss define como “orgulho arrogante ou autoconfiança excessiva; insolência”, e é isso que o presidente vem praticando, com a mesma prodigalidade com que os novos ricos investem sua fortuna recente em gestos e objetos que tornam evidentes a sua pouca familiaridade com o decoro e as regras elementares da convivência civilizada.A fortuna recente de Lula são os seus 80% de aprovação.
Lula foi multado 4 vezes por crime eleitoral e sua resposta foi debochar da Justiça.Não deu e nem dá qualquer sinal de que pretende respeitar as leis.Lula inaugurou o canal internacional da TV Brasil a chamou de “minha TV”, em mais uma de suas contínuas e repetidas confusões entre público e privado. Lula herdou uma sólida plataforma econômica e institucional dos governos que o precederam, e nunca disse uma palavra de reconhecimento.Afirmou -e depois repetiu para confirmar- que o Brasil de verdade começou no instante de sua posse.Lula tornou supérfluos, ou dispensáveis , os tribunais de contas, ironizou as CPIs, tripudiou do Ministério Público. Se falasse francês, diria, como Luiz XIV, “L’Etat c’est moi”.
Tudo em nome de uma tentativa de perpetuação no poder de seus conceitos e estilos, ainda que através de interposta pessoa- que tenta obstinadamente moldar à sua imagem e semelhança.
Nas democracias maduras, as instituições estão acima das pessoas.Nas democracias jovens,como a nossa, talvez esse personalismo seja um defeito temporal, episódico, um tributo pago à pouca maturidade e à curta convivência com a prática da democracia.
Lula provavelmente não é capaz de avaliar o estrago que a sua “húbris” pode provocar às instituições e o prejuízo que isso pode trazer ao futuro da democracia no País.Se estivesse cercado por bons conselheiros, em vez de áulicos,aproveitadores e aduladores , poderia empenhar-se em ser um presidente para a História e não apenas para a glória dos fogos de artifício que se apagam e dos ibopes que o tempo derrete.
Sertaneja Nelson Gonçalves Composição: René Bittencourt
Sertaneja se eu pudesse Se Papai do Céu me desse O espaço pra voar Eu corria a natureza Acabava com a tristeza Só pra não te ver chorar
Na ilusão deste poema Eu roubava um diadema Lá no céu pra te ofertar E onde a fonte rumoreja Eu erguia tua igreja Dentro dela o teu altar
Sertaneja Porque choras quando eu canto ? Sertaneja Se este canto é todo teu Sertaneja Pra secar os teus olhinhos Vá ouvir os passarinhos Que cantam mais do que eu
A tristeza do teu pranto É mais triste quando eu canto A canção que te escrevi E os teus olhos neste instante Brilham mais que a mais brilhante Das estrelas que já vi
Sertaneja vou embora A saudade vem agora A alegria vem depois Vou subir por essas serras Construir lá noutras terras Um ranchinho pra nós dois
Deu na Folha de S. Paulo Tesoureiro petista é condenado em SP Filippi Jr. terá de devolver até R$ 2,1 mi para Prefeitura de Diadema por ter contratado advogado sem licitação
Mário Cesar Carvalho:
O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o futuro tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff e ex-prefeito de Diadema, José de Filippi Junior, a devolver valores que podem chegar a R$ 2,1 milhões para os cofres da prefeitura daquela cidade.
A decisão ocorreu pela contratação sem licitação do escritório do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh. Filippi Jr. e Greenhalgh são do PT.
O escritório de Greenhalgh foi contratado pela Prefeitura de Diadema entre 1983 e 1996. Defendeu só duas causas, segundo o Ministério Público, e ganhou cerca de R$ 2,1 milhões pela tarefa. A prefeitura contava com 51 procuradores para defender os interesses da cidade, de acordo com a Promotoria.
O tesoureiro de Dilma foi condenado em duas decisões do TJ. Na primeira delas, houve um voto a favor dele, o que tornou possível a reavaliação do caso. No segundo julgamento, perdeu por 4 a 1.
O valor a ser devolvido será calculado só quando houver uma decisão definitiva sobre o caso. O ex-prefeito pode recorrer da decisão
Tesoureiro de Dilma é condenado em SP sexta-feira, 28 de maio de 2010 | 6:11 Por Mario Cesar Carvalho, na Folha: O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o futuro tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff e ex-prefeito de Diadema, José de Filippi Junior, a devolver valores que podem chegar a R$ 2,1 milhões para os cofres da prefeitura daquela cidade. A decisão ocorreu pela contratação sem licitação do escritório do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh. Filippi Jr. e Greenhalgh são do PT.
O escritório de Greenhalgh foi contratado pela Prefeitura de Diadema entre 1983 e 1996. Defendeu só duas causas, segundo o Ministério Público, e ganhou cerca de R$ 2,1 milhões pela tarefa. A prefeitura contava com 51 procuradores para defender os interesses da cidade, de acordo com a Promotoria.
O tesoureiro de Dilma foi condenado em duas decisões do TJ. Na primeira delas, houve um voto a favor dele, o que tornou possível a reavaliação do caso. No segundo julgamento, perdeu por 4 a 1. O valor a ser devolvido será calculado só quando houver uma decisão definitiva sobre o caso. O ex-prefeito pode recorrer da decisão.
O TJ também condenou Filippi Junior à perda dos direitos políticos por cinco anos. A decisão não afeta a função que ele terá na campanha de Dilma. Tesoureiro não é uma função pública. Greenhalgh foi contratado sem licitação. A prefeitura usou a figura da notória especialização para driblar a concorrência exigida por lei. Para o TJ, o escritório não tem notória especialização.
“A população de Diadema foi prejudicada. Não pode escolher. Não se levou em consideração o custo do contrato, mas fatores outros, cujos indícios são de proteção ou escolha baseada em critérios personalíssimos”, escreveu o desembargador Renato Nalini ao rejeitar os recursos. Outro ex-prefeito de Diadema e um ex-vice também foram condenados: Gilson de Menezes e José Augusto da Silva Ramos. Menezes, ex-ferramenteiro, foi o primeiro prefeito eleito pelo PT, em 1982. Silva Ramos foi vice-prefeito de Diadema por duas vezes, era do PT e agora está no PSDB -é deputado. Aqui
josè geraldo e marìlia, A ESPOSA, no meu aniverssário...
José Geraldo e Violante Pimentel...GRANDE AMIZADE espontanea...afinidade...
Conhecí José Geraldo o ano passado na Barra de cunhau...ela já era amigo de minha irmã, Vioalnte, há muitos anos.Fomos um, com a cara do outro.José Geraldo era FARTO,FELIZ,FRANCO,RECEBIA MUITO BEM e louco pelos amigos e pela Festa.
Todas as Manhãs que acordei na barra, tinha chegado um presente que José Geraldo tinha Deixado: Mel, frutas,SERRA LIMPA...Camarões, peixes, tudo...Whisk...
no último dia 8 de maio, nos meus 55 anos,José geraldo Dançou pela última vez, na casa de Violante...são estas as imagems...Faleceu hoje, na primeira semana do seu Post operatório...que pena...que saudade...como era bom beber com José...como era bom os Seus presentes quando voltava do engenho PITUAÇÚ. Um abraço grande a MARILIA, a esposa e a EDUARDO, o seu filho...Eu me dava muito bem com o noso velho animado e FARTO...
Parafuso de cabo de serrote
Jessier Quirino
Composição: Jessier Quirino
Tem uma placa de Fanta encardida
A bodega da rua enladeirada
Meia dúzia de portas arqueadas
E uma grande ingazeira na esquina
A ladeira pra frente se declina
E a calçada vai reta nivelada
Forma palmos de altura de calçada
Que nos dias de feira o bodegueiro
Faz comércio rasteiro e barateiro
Num assoalho de lona amarelada.
Se espalha uma colcha de mangalho:
É cabestro, é cangalha e é peixeira
Urupema, pilão, desnatadeira
Candeeiro, cabaço e armador
Enxadeco, fueiro, e amolador
Alpercata, chicote e landuá
Arataca, bisaco e alguidar
Pé de cabra, chocalho e dobradiça
Se olhar duma vez dá uma doidiça
Que é capaz do matuto se endoidar.
É bodega pequena cor de gis
Sortimento surtindo grande efeito
Meia dúzia de frascos de confeito
Carrossel de açúcar dos guris
Querosene se encontra nos barris
Onde a gata amamenta a gataiada
Sacaria de boca arregaçada
Gargarejo de milhos e farelos
Dois ou três tamboretes em flagelo
Pro conforto de toda freguesada.
No balcão de madeira descascada
Duas torres de vidro são vitrines
A de cá mais parece um magazine
Com perfume e cartelas de Gillete
Brilhantina safada, canivete
Sabonete, batom... tudo entrempado
Filizolla balança bem ao lado
Seus dois pratos com pesos reluzentes
Dá justeza de peso a toda gente
Convencendo o freguês desconfiado.
A Segunda vitrine é de pão doce
É tareco, siquilho e cocorote
Broa, solda, bolacha de pacote
Bolo fofo e jaú esfarofado
Um porrete serrado e lapidado
Faz o peso prum março de papel
Se embrulha de tudo a granel
E por dentro se encontra uma gaveta
Donde desembainha-se a caderneta
Do freguês pagador e mais fiel.
Prateleiras são tábuas enjanbradas
Com um caibro servindo de escora
Tem também não sei qual Nossa Senhora
Com um jarrinho de louça bem do lado
Um trapézio de flandres areados
Um jirau com manteiga de latão
Encostado ao lado do balcão
Um caneiro embicando uma lapada
Passa as costas da mão pelas beiçadas
Se apruma e sai dando trupicão.
Tem cabides de copos pendurados
E um curral de cachaça e de conhaque
Logo ao lado se vê carne de charque
Tira gosto dos goles caneados
Pelotões de garrafas bem fardados
Nas paredes e dentro dos caixotes
Tem rodilha de fumo dando um bote
E um trinchete enfiado num sabão
Bodegueiro despacha a um artesão
Parafuso de cabo de serrote.
Matuto Doente Das Partes
Jessier Quirino
No tronco do ser humano,
Nos “finar” mais derradeiro
Tem uma rosquinha enfezada
Que quando tá inflamada
Incomoda o corpo inteiro
Se tossir, se faz presente
E se chorar se faz também
O “cabra” não pode nada
Com nada se entretém
Eu lhe digo, meu “cumpade”
Não desejo essa “mardade” pra rosca de seu ninguém
Não sei o nome da cuja
Desta cuja eu tiro o ja
O que resta é quase nada
Bote o nada na parada
Quero ver tu agüentar
Eu lhe digo meu “cumpade”
Que é grande humilhação
Um cabra do meu quilate,
Adoecido das parte,
Fazer uma operação
Não suportando mais dor,
O meu ato derradeiro
Foi procurar um doutor
Do bocado arengueiro
Do bocado arengueiro,
Feijoeiro, fiofó, bufante,
Frescó, lorto, apito,
Brote e bozó.
De furico, fedegoso,
Piscante, pelado, boga,
Fosquete, frinfra, sedém
Zueiro, ficha, vintém,
De ás de copa e de foba.
De oiti, “oi” de porco,
“ané” de couro e cagueiro,
De girassol, goiaba,
Roseta, rosa,
Rabada, boto, zero,
“miaieiro”, de nó dos fundo,
Buzeco, de sonoro e pregueado,
Rabichol, furo, argola,
“ané” de ouro e de sola,
Boca de “veia” e zangado
Um doutor de aro treze,
De peidante e zé de boga,
Que não aperte o danado
Nem deixe com muita folga, “né”?
Um doutor “picialista” em bocada tarraqueta,
Doutor de quinca, dentrol,
Zé besquete, carrapeta
Doutor de rosca,
Rosquinha, tareco,
Frasco e obrón
Ceguinho, botico, zero,
Tripa gaiteira, fonfom,
“miaieiro”, mucumbuco,
Boraco, proa, polgueiro,
Forever, cloaca, urna,
Gritador, frango e fueiro
Cano de escape, pretinho,
Rodinha, x.p.t.o.,
Zerinho, “subiador”,
Tripa oca e fiofó
Um doutor de elitório ou de boca de caçapa
Que não seja inimigo,
Também não seja meu chapa
Tratador de canto escuro,
De boréu e de cheiroso,
De formiróide alvado,
De parreco e de manhoso,
De xambica e sibasol,
Apolônio e fobilário,
Bilé, brioco e “roxim”
Fresado, anilha e cagário
Vaso preto, zé careta,
Olho cego e espoleta,
Fuzil, fioto e foário
Não é doutor de ovário,
É doutor de orió!
De cá pra nós e bostoque,
De futrico e de ilhó,
De coliseu e caneco,
Roscofe, forno e botão
De disco, de farinheiro,
De jolie, fundo e fundão,
De cuovades, fichinha,
Que não vinha com gracinha
E que não tenha o dedão.
Um doutor de zé de quinca,
Canal dois e cagador
Buzina, vesúvio, cego,
Federais, sim senhor
“fagüieiro”, zé zoada,
Rosquete e fim de regada
Eu só queria um doutor!
O doutor se preparou-se,
Parecia galileu
Aprumou um telescópio
Quem viu estrela fui eu
Ele disse:
“arriba as pernas”
Eu disse:
“tenha calma, sonho meu”
A partir daquela hora,
Perante nossa senhora,
Não sei o que “assucedeu”
Com as forças da humildade,
Já me sinto mais “mior”
Me desejo um ânus novo,
Cheio de “velso” e forró
E pros “cumpade”, com franqueza,
Desejo grande riqueza:
Saúde no fiofó.
Felicidade passou no vestibular
E agora tá ruim de aturar
Mudou-se pra Faculdade de Direito
E só fala com a gente de um jeito
Cheio de preliminar (é de armagar)
Casal abriu, ela diz que é divórcio
Parceria é litisconsórcio
Sacanagem é libidinagem e atentado ao pudor
Só fala cheia de subterfúgios
Nego morreu, ela diz que é "de-cujus"
Não agüento mais essa Felicidade
Doutor defensor
(só mesmo um Desembargador)
Amigação
Pra ela é concubinato
Vigarice é estelionato
Caduquice de esclerosado é demência senil
Sumiu na poeira
Ela chama de ausente
Não pagou a conta é inadimplente
Ela diz, consultando o Código Civil
Me pediu uma grana
Dizendo que era um contrato de mútuo
Comeu e bebeu, disse que era usufruto
E levou pra casa o meu violão
Meses depois
Que fez este agravo ao meu instrumento
Ela, então, me disse, cheia de argumento
Que o adquiriu por usucapião
(Seu defensor, nao é mole não!
Taí minha procuração
E o documento que atesta minha humilde condição!
Requeira prontamente meu divórcio e uma pensão!
se ela não pagar vai cantar samba na prisão...)
"ÁGUIA DE HAIA" (samba-de-breque de Luís Filipe de Lima e Nei Lopes)
Saí do bar no rumo de Copacabana
E em pleno Campo de Santana recebi um santo
Quem viu me disse que foi um espanto
Que eu falei coisas meio um tanto ou quanto, sei lá
Dizem que eu falava discursando
Com sotaque de baiano intelectual
Mas de repente, sem ter dó nem piedade
Eu entrei na Faculdade de Direito Nacional (breque)
[Data venia, homo sapiens, libertas quae sera tamen! Dura lex sed lex, in
vino veritas! Alea jacta est, ad libitum, renda per capita, ipsis litteris,
etcoetera...]
Na Faculdade escrevi regras e tratados
Dei lições pro doutorado com muita ciência
Só me chamaram de Vossa Excelência
Fui convidado pra livre-docência, pois é
Discursei três horas sem dar pausa
Fui doutor honoris causa e quase fui reitor
Porém no meio dessa história gloriosa
O caboclo Rui Barbosa de mim desincorporou (breque)
[Quousque tandem, Catilina, abutere patientia nostra? Revertere ad locum
tuum! Vade retro, alter ego... persona non grata! Curriculum vitae?
Delirium tremens!]
Eu que já era um mestre consagrado
Fui então chamado de Doutor Bebum
De catedrático eu passei a ser lunático
Um caso psiquiátrico, um alcoólatra comum
Tudo isso culpa de um traçado
Também, fui misturar conhaque com rum
Agora quando eu passo levo vaia
Águia de Haia, Rui Barbosa um-sete-um (breque)
[Toma cuidado, meu camarada, porque é como dizia o grande filósofo
afro-latino Neilópius: cullus bebedorum dominus non habet! Data venia!]
Seu poema mais famoso
Em Campina Grande, em 1955, um grupo de boêmios fazia serenata numa madrugada fria do mês de junho, quando chegou a polícia e apreendeu o violão. Decepcionado, o grupo recorreu aos serviços do advogado Ronaldo Cunha Lima, então recentemente saído da faculdade e que também apreciava uma boa seresta. Ele peticionou em Juízo, para que fosse liberado o violão.
Esse pedido ficou conhecido como "Habeas Pinho" e enfeita as paredes de escritórios de muitos advogados e bares em praias do Nordeste.
No último dia 25 de março o presidente Lula esteve em Tatuí, e lá fez a entrega simbólica de 650 ambulâncias para 573 municípios brasileiros. A cerimônia foi essencialmente política, pois os veículos são destinados ao SAMU, ou seja, os serviços de atendimento médico de urgência.
Acontece que a maior parte dos municípios contemplados não tem este serviço implantado, e nem mesmo tem verba prevista em seus orçamentos. Custa caro montar toda esta estrutura. As ambulâncias são a parte visível do negócio, mas é necessário aparelhá-las com equipamentos de UTI, de pessoal de apoio bem treinado, de médicos especializados principalmente. E isto tem que funcionar 24 horas por dia, pois emergência não tem hora.
Ou seja, ou a maioria das ambulâncias vai ter outro destino, ou vão virar sucata logo.
Como costuma fazer, o presidente Lula faz seus “discursos” de improviso, que sempre buscam contentar a platéia presente, e exagera nas frases feitas e cheias de pompa sobre os mais variados temas. Diga-se de passagem, normalmente o presidente não sabe nada sobre o que está falando, e suas gafes já são sobejamente conhecidas e divulgadas mundo afora. Nesta cerimônia em Tatuí, o presidente Lula foi extremamente infeliz com algumas de suas colocações.
Segundo o presidente da Associação Médica Brasileira, Lula teve “outro rompante de incontinência verbal”. Mais uma vez, culpou os médicos para os problemas de saúde que o Brasil enfrenta há décadas. Disse que a classe médica não se interessa em atender o interior, “pois é muito fácil ser médico na Avenida Paulista”, segundo suas palavras.
Depois, mandou um recado ao Conselho Federal de Medicina, por este ser contra a revalidação automática dos diplomas dos médicos formados em Cuba. E ainda criticou aqueles que são contra a volta de um imposto para melhorar a saúde.
E por fim, ainda criticou o médico que no passado cuidou dele próprio, ao sofrer o acidente de “trabalho” que lhe amputou o dedo. Ou seja, versou sobre tudo o que finge saber.
Como em todos os “discursos”, Lula fala o que lhe dá na telha, e nem se preocupa mais em ter coerência. Deve acreditar que somos todos burros, pois quanto mais fala, mais sua popularidade “aumenta”, segundo as informações “oficiais”. Mas para os que ainda tem paciência de ouví-lo, basta acompanhá-lo por algumas semanas. A opinião ora é uma, ora é outra. Depende da platéia. Como estamos numa democracia, livre “como nunca se viu na história deste país”, também tenho o direito de opinar.
O que o senhor presidente não disse (ou não sabe) é que é impossível à imensa maioria dos médicos montar um consultório na Avenida Paulista, um dos locais mais caros do país, principalmente se trabalhar no serviço público, onde recebe um salário de fome, não tem um plano de carreira decente e não encontra condições dignas de trabalho. Aparelhos defasados, funcionários insuficientes para o apoio (enfermagem, técnicos diversos), filas para marcação de exames, falhas em tratamento de doenças básicas. Se em São Paulo , que é a locomotiva da nação, é assim, o que dizer do restante do país? Há dezenas de crianças morrendo em pseudo-UTIs em hospitais públicos por aí. A sigla deveria ser Última Tentativa Inútil e não unidade de terapia intensiva. Intensivas são só as mortes nestes nosocômios.
Não disse o presidente (ou não sabe) que médico nenhum consegue trabalhar no interior sozinho. A não ser que seja para distribuir “vale-saúde”, a exemplo dos inúmeros outros que ele criou. Pois tratar e cuidar de alguém sem apoio, sem retaguarda e sem condições, só na cabeça dele.
Quanto aos médicos de Cuba, formados em uma realidade totalmente diferente da nossa, eles podem sim trabalhar no Brasil. Como qualquer outro, formado em qualquer lugar do mundo, que se submeta às avaliações necessárias e sejam aprovados. Desde que saibam Medicina. E o Conselho Federal de Medicina, autarquia federal, é o órgão definido por lei para avaliá-los. O que o senhor presidente quis dizer (mas não teve coragem) é que quer fazer um agrado ao moribundo amigo Fidel, valorizando escolas falidas e que pregam uma falsa “medicina social”.
Faltou falar sobre o assunto referente ao médico que o atendeu quando sofreu seu acidente de “trabalho”. Talvez seu dedo pudesse ser salvo, senhor presidente, se existisse na ocasião um atendimento decente em posto de saúde, unidades de emergência bem aparelhadas, um profissional médico bem preparado, com boa formação. Isso se o “SUS” da época funcionasse. Isso se um médico que atende “SUS” ganhasse um honorário, e não uns trocos.
Pois a CPMF, que geraria verba destinada ao “SUS” do seu governo, virou dinheiro nas meias, cuecas e malas pretas na sua gestão. E até hoje o “SUS” não funciona de forma decente!
E o senhor ainda quer recriar mais um imposto, para continuar alimentando as falcatruas? Senhor presidente, com o perdão da palavra, estou com o “saco cheio” do senhor e de seus “discursos”.
Se o senhor sofresse um novo acidente de “trabalho” e fosse eu o médico que lhe atendesse, cortaria-lhe a língua, e não o dedo.
E faria um bem ao país, pois cada vez que o senhor abre a boca, não causa um acidente. Causa um desastre.
Luiz Ricardo Menezes Bastos, médico, presidente da Associação Paulista de Medicina, Regional de Limeira
Os maiores hinos populares do Brasil foram compostos por Miguel Gustavo...cito como exemplo, o hino da copa de 1970, e o hino do Sesquicentenario.
Os Incríveis
Pra Frente Brasil
Noventa milhões em ação,
Pra frente Brasil,
Do meu coração...
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Gol!
Somos milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Considerando que a candidata Dilma será a sucessora de dois mandatos de um governo “como nunca houve na história deste País”;
considerando que Lula hoje é considerado como o “rei da cocada preta” e conseguiu iludir o mundo, os imundos e os raimundos, do progresso fantástico que a gente lê, ouve e vê mas não pode pegar;
considerando os quase 80% de aprovação do Lula no mundo inteiro e que hoje assombra o mundão véi e coloca de sobreaviso o Sr. Obama;
considerando que tem um imenso universo midiático pago com nosso sofrido dinheirinho;
considerando que usa e abusa da máquina do Governo Federal em benefício próprio;
e, finalmente, considerando que a candidata em questão passa por cima da legislação eleitoral como um trator, fazendo propaganda antecipada com seu sucessor em 2015;
eu pergunto:
Já não era tempo de Dilmaligna estar dando uma verdadeira surra em Serra?
Fly é o meu Rottweiler...é bonito,graúdo,brabo, amigo, inteligente e se comunica bem com o seu dono. Há dois meses notei o crescimento de uma tumoração no seu ombro...ao tentar pega-la, ele deixou bem claro que não o fizesse...e isto é uma coisa que deve ser respeitada no cachorro...atende-lo nos seu caprichos..coisas simples , mas eles os tem. Fiquei Na esperança que fosse um abcesso, pelo crescimento súbito... As características da tumoração são de benignidade:bem localisada,limites precisos, o animal continua com muito apetite, porém tinha uma coisa ruim:consistencia pétrea, sentida por mim, uma única e primeira vez...fiquei aguardando o abcesso drenar espontâneamente, e mandei meu filho, Bruno, trazer de Recife , uma Ampola de KETALAR, para eu puncionar e drenar...Não conseguimos o anestésico... Neste fim de semana, Bruno veio fazer o concurso para Cirugião do Estado...entrou no Google, e viu um caso semelhante a ao de Fly...é frequente na raça:tumores ósseos...Osteossarcoma do ombro direito. A foto que ilustra o caso, relatado, parece que foi feita lá em casa, é do próprio Fly. Moral da História, começou o Cerimonial da morte de Fly...eu caí em mim mesmo,e sei que em breve vou me separar do meu amigo...chorei...chorei...estou triste... O Certo é que neste caso aplica-se a minha Máxima:Não existe remédio para não morrer...é triste o dia que determina o Cerimonial da Morte... e o pior é que este dia, um dia surge na vida de qualquer um...Aproveite, viva feliz, seja rico, se ache o Maior, se ache o soberano...um dia é disparado o Cerimonial da morte:o tempo inexorável que antecipa o fim. Após dez anos de excelente convivência, nunca mordeu ninguém, apesar do seu porte intimidador, da sua impaciência, de me dizer que não o exponha ,a situações sobre as quais ele perderia o controle,a sua postura altiva e séria, Fly vai se embora e com certeza levará um pouco da minha alma e da minha alegria... Rebobinei a minha vida nestes dez anos, de lutas e de felicidades,ao lado do meu cachorro querido,que nos pastorou as vinte e quatro horas do dia...olhei-o nos olhos,vi a sua dificuldade de caminhar progressiva, e vi ternura em seu olhar, vi perguntas que só um paciente faz a um médico...e agora, o que é que você pode fazer por mim? Hoje foi um dia de reflexão, que cada vez mais ,me leva para o humanismo, esta maneira de ser que a vida me fez... e de tocar esta partitura que minha mãe me entregou na infância,dizendo da necessidade de ser humano, e que a vida é muito curta...inclusive para os donos dos cachorro...
Me lembrei de Vinicius de Moraes, sentí a verdade que há na frase do poeta: o Whisky é o cachorro da gente engarrafado.