segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Figura da semana – Arnaldo Jabor
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Nascido em 1940, ele é carioca, foi cineasta e continua cronista. Reconhece-se polemista assumido. Jabor é um fulgor de inteligência. Um sol que irradia calor e escande profecias. Sem esconder preferências políticas e literárias.
Se tivesse vivido na primeira metade do século XX, na Paris de intelectuais e de flâneur, seria parceiro de Hemingway e Gertrude Stein. Fazendo da vida um diário de combate, ou fazendo do combate diário um estilo de viver. 

          INICÍO a semana com trecho de seu novo livro O Malabarista:
“A primeira vez que vi Rimbaud, senti que havia outra vida para além das paredes cinzentas de meu quarto. Eu com 17 anos de idade, sem amor nem sexo, não li Rimbaud apenas; eu o vi, diante de mim, como um gracioso filho de Pan.
Não havia internet naquele tempo e a literatura era tudo; a poesia era a promessa de outra realidade, impalpável. Li, depois, em Artaud, uma profunda definição de arte: Arte não é imitação da vida; a vida é que é imitação de alguma coisa transcendental com que a arte nos põe em contato”.

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