A VOLÚPIA DOS OLHOS – Maria Braga Horta
Beijas-me os olhos com volúpia rara,
com essa rara volúpia de nevroses:
e o meu amor sente envolvê-lo a tara
das mais violentas metempsicoses…
com essa rara volúpia de nevroses:
e o meu amor sente envolvê-lo a tara
das mais violentas metempsicoses…
Sinto em minhas pupilas a seara,
a estranha messe, a turba de ferozes
ondas de beijos que, inconsciente e avara,
recolho e guardo em loucas psicoses…
a estranha messe, a turba de ferozes
ondas de beijos que, inconsciente e avara,
recolho e guardo em loucas psicoses…
Beijas-me… e eu sinto em mim, nestes extremos,
a mórbida dormência dos abrolhos
e a exaltação do mar… Mas, compreendemos:
a mórbida dormência dos abrolhos
e a exaltação do mar… Mas, compreendemos:
se eu me transformo e tu te transfiguras
é porque um beijo, assim dentro dos olhos,
é a síntese de todas as loucuras…
é porque um beijo, assim dentro dos olhos,
é a síntese de todas as loucuras…
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