ORIGEM DO "DIA DAS MÃES" - DRA. VIOLANTE PIMENTEL.
VIOLANTE PIMENTEL
Origem do "Dia das Mães"
A ideia de se instituir o "dia das mães" surgiu na cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos, em 1912, por um grupo de pessoas que queriam homenagear a memória da mãe de uma jovem muito querida na cidade, cujo nome era Ana Jarvis. A jovem aceitou a homenagem, mas exigiu que ela se estendesse a todas as mães falecidas. Então, no segundo domingo de maio, na residência da referida jovem, celebrou-se o ato público de gratidão, veneração e saudade. A cerimônia repercutiu bastante em Filadélfia e já no ano seguinte um decreto do congresso americano, sancionado pelo Presidente Wilson, instituiu o "Dia das Mães", no segundo domingo de maio. No Brasil, em maio de 1919, por iniciativa da "Associação Cristã de Moços", foi celebrado, pela primeira vez, o dia das mães. Em 1932, a pedido do Congresso Feminino,realizado na capital federal, o Governo, através do decreto nº 21.366, de 05 de maio daquele ano, instituiu aquela celebração e por fim, em 1947, o cardeal D. Jaime Câmara mandou incluir no calendário católico o "Dia das Mães". Por uma coincidência significativa, o "Dia das Mães" é celebrado em maio, o mês de Maria, Mãe de Deus, perfeição suprema do amor, pureza e sacrifício. A homenagem passou a abranger todas as mães, sem distinção.
O "Dia das Mães" é um dia de reflexão, de alegria e festa para uns, de profunda saudade para outros, mas antes de tudo, é um dia de agradecimento e louvor a Deus.
Aos olhos da nossa alma, desfila hoje uma legião de criaturas abnegadas, todas dignas de respeito e admiração. Essas criaturas são as Mães.
-Eu te saúdo, pobre Mãe,desamparada e aflita, curvada sobre o leito de teu filho enfermo! Compartilho a tua dor e compreendo a angústia que te invade alma!
-Eu te saúdo, Mãe, heroína anônima, que lutas desesperadamente pela felicidade de teus filhos e nada consegues, porque tudo te é adverso!..
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-Eu te saúdo, jovem mãe, quase menina, que embalas no berço o teu pequenino amor! Sentem-se leves tremores na tua voz, quando cantas para adormecê-lo. Quantas vezes uma Mãe canta com vontade de chorar!
-Eu te saúdo, Mãe desventurada, que chorando, em vão, lamentas a ausência do teu filho amado que um dia a morte arrebatou para sempre dos teus braços! Com que gemidos de dor tentas abafar a angústia dentro do teu peito! Sei que, em sonhos, podes beijá-lo e abraçá-lo, mas sei que teu despertar é amargurado por uma dolorosa saudade.
-Eu te saúdo, velha Mãezinha, que passeias tropegamente os teus últimos anos pelos pátios silenciosos e tristes de um asilo! Como deves recordar o passado!...o teu lar distante...Os teus filhos que tanto amavas e que se esqueceram de ti!
-Eu vos saúdo, Mães do Universo inteiro! Abnegadas heroínas anônimas, que cada vez mais envelhecem diante da infelicidade dos filhos, e que rejuvenescem, quando o triunfo os alcança! O coração dessas mães é um relicário precioso das mais sublimes virtudes, é o ninho tépido e macio, onde se abriga o mais puro dos amores.
Hoje, mais do que nunca, todas as mães estão atentas, e ouve-se um murmúrio constante, um sussurro de vozes amigas, que são seus filhos, que perto ou distante, repetem sem cessar: - " Obrigado, mamãe! Muito obrigado por tudo o que a senhora fez por mim!”
E as mães, que ainda tem gravado na retina o primeiro sorriso que iluminou a face do seu filho, choram de saudade, uma saudade agridoce, que fere como espinhos, mas acaricia como uma pluma!
Quando a mãe beija o filho, sua alma se ajoelha. Há no seu beijo a multiplicação da vida e o calor dos grandes ideais. Se o filho sofre, seu beijo tem o sabor de todas as consolações e a mágoa de todas as mágoas, pois a mãe absorve, integralmente, as dores do filho. Mas se o beijo é de alegria, anima-o, nesse instante, um turbilhão de esperanças. Somente seus lábios sabem dizer a verdade e proferir palavras que salvam e que abençoam. Esse amor não se extingue nunca, porque ele é a própria vida, e a vida é o próprio Deus!
Violante Pimentel
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