Provocou grande indignação entre diplomatas a escolha, dada como certa, da senadora Marta Suplicy (PT-SP) para o cargo de embaixadora do Brasil em Washington. A indicação mostra que a presidenta Dilma soterrou uma das mais acalentadas conquistas do Itamaraty, de confiar postos no exterior apenas a profissonais da diplomacia.
“A notícia é uma bomba”, admite um embaixador brasileiro na América Latina. “Num paralelo com o meio militar, tal decisão equivaleria a nomear um civil (ou senadora) para o comando do Primeiro Exército, tamanha a desmoralização para a Casa.”
O precedente preocupa diplomatas mais experientes. “Se uma embaixada como a de Washington pode ser chefiada por alguém fora da carreira, qualquer outra poderia. Está aberta – aliás, escancarada – a porteira. Vai ser uma festa.”, diz um integrante cúpula do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.
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Dilma está apenas obedecendo ordens do seu antecessor, que determinou fosse dado um prêmio de consolação a Marta Perua Suplicy por não ter sido escolhida candidata do PT à prefeitura de São Paulo. Lula obrou na cabeça da militância e da cúpula do partido, e deu ordem para que o candidato fosse Fernando Haddad.
Não entendo esta reação dos diplomatas tupiniquins. Completamente despropositada e sem sentido. Eles aparentam não saber que estamos falando de um país chamado Brasil.
Parece que não se lembram que, acima deles, além do Chanceler, tem também um presidente de república. E num país que já teve no seu posto máximo figuras como Jânio Quadros, Collor de Mello e Luiz Inácio, é perfeitamente possível, lógico e razoável nomear a sexóloga Marta Perua Suplicy pra embaixada do Brasil nos EUA. Se no cargo máximo pode gente desse calibre, com muito mais razão pode em todos os cargos que estão abaixo dele.
Se Tiririca não sair candidato a prefeito de São Paulo, poderá ganhar, como prêmio de consolação de Dilma, a embaixada brasileira em Paris. Sem motivo algum pra espanto ou indignação.
Pra um país que já teve esta trinca na Presidência da República, ter Perua Suplicy como embaixadora nos EUA é café pequeno
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