segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

SEU BAJOSO.


ERA uma vez uma bodega, na rua 13 de maio, em Nova Cruz, onde acontecia tudo... tinha até um cachorro, que era amigado com uma rapariga da rua do sapo.
A rua do sapo era a rua das paixões sem amanhã... era a rua do beréu.
mas, seu bajoso era um comerciante direito e vivia da sua bodega... muito organizado.
criou as cinco gavetas principais, para organizar o fluxo de dinheiro: a gaveta da banana, a gaveta da cachaça, a gaveta do açúcar, a gaveta do cigarro, e a gaveta do querosene.
quando precisava DE DEZ CRUZEIROS PARA PASSAR UM TROCO , resultante da venda de cigarro, exclamava em voz alta: neste instante, a gaveta da banana está emprestando dez cruzeiros, á gaveta do cigarro... lá pras tantas, anunciava a liquidação de referida pendencia... depois, outra gaveta emprestava á outra... era uma graça, a contabilidade do seu bajoso... uma gaveta pagava com juros, á outra... MAS UM DIA, aparece um desconhecido, com uma proposta mirabolante: a venda de uma máquina que fazia dinheiro... e o picareta explicava, ao seu bajoso e as suas gavetas, como se processava o milagre: de cada vez que se rodasse a manivela, saía uma nota de dois cruzeiros...
Os olhos de bajoso pululavam de admiração... era a possibilidade de ver gavetas cheias... afinal um comerciante é honesto, mas fez da sua vida um negócio... E quanto seria esta maravilhosa máquina: vinte cruzeiros... IMEDIATAMENTE a máquina foi paga, guardada com cuidado e o homem se escafedeu...foi aguardado, apenas, a diminuição do movimento, para o início da confecção de muito dinheiro.
seu bajoso, com a chave do mundo seria um homem rico, colocou a maravilha em cima do balcão e foi ver a multiplicação dos pães... só que , na mão do novo dono, a manivela rodava, mas não saía nada... tristeza no semblante do velho, ao cair na real. ainda tentou encontrar aquele vigarista....
O velho se vestiu ,e foi falar com o dr juiz da cidade, DR EUTIQUIANO REIS... O MAGISTRADO ESCUTOU A HISTÓRIA E SENTENCIOU: BAJOSO, EU ESTOU COM VONTADE É DE MANDAR LHE PRENDER...

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