sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O BRASIL ESTÁ PRECISANDO ROMPER A BOLSA DÁGUA PARA NASCER UM PAÍS MELHOR...



Brasil de Oliveira da Silva do Samba
Altay Veloso
  

Canta pra subir que a moça tá engravidada
Vera Cruz taí, quase estourando a bolsa d`água
Oh ! Vera hermafrodita mãe gentil
Se faceira és verinha, se dolente és Brasil
De dia mulata maneira, materna malandra
De noite remexe brejeira na roda de bamba
Se torna Brasil de Oliveira da Silva do Samba
Metade usa terno de linho, metade miçanga
Pudera, tu és nação, tu és país
Por ti mesma fecundada
Pai e mãe dos teus guris
Alguns degeneram e fazem tumores em angra
Depois te operam e retiram as tuas muambas
Deixando aos irmãos de herança mendigos de tanga
Não sabem a dor de um peito
materno que sangra e se sente feliz
Mas eu sou sentinela de teus ais
E tenho orgulho de meus pais
Sou mercador de ilusões 
Mas sei que é preciso urgentemente
Te resgatar completamente
Varrer a casa e os porões
Te assumir, Oh! Mãe
Canta pra subir que a moça tá engravidada
Vera Cruz taí, quase estourando a bolsa d`água.

Jose Antonio Pereira Rodrigues

PROCURADOR DO ESTADO DO RN
               Câmara Cascudo disse que o bom do Brasil 

é 

o brasileiro. E eu digo que o ruim é o 

marqueteiro. 
               Não quero nem posso 

generalizar; referiro-me apenas a dois: 

Duda Mendonça e João Santana, aqueles 

que são causadores de todo o mal que aflige 

a nação brasileira. A esperança frustrada, 

que confirmou o medo; a mentira deslavada, 

que emporcalhou a honra e conspurcou a 

alma, que se queria guerreira. Não sei se me 

permitiria dizer, se o Lima Barreto me 

emprestaria o título, mas só o título, porque o 

corpo do texto, aquela versão romanceada 

do 

Rio antigo, é mais nobre, mais rica, mais 

plena de verdades. Noutro espaço de 

costumes, de alta consciência moral 

contrastada pela aversão ao caráter reto, por 

ser o quadro real da política brasileira, 

implantada em regime de sistema espúrio, 

onde mal-feitores do poder e 

descontinuadores da história impõem o 

reconhecimento pela força e peso da palavra 

- guardadas as diferenças: o triste fim do 

Brasil, à maneira de Policarpo Quaresma.





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