quinta-feira, 1 de outubro de 2015

A POESIA DE JOÃO CABRAL DE MELO...

Cais pescador
A praia de pesca do Pina
Achei em Sevilha (a Barreta),
Nas armas pressentidas,
Relâmpagos mudos, à espreita.
Onde é o Gualdaquivir maneta
Chega o peixe, e nas madrugadas
Se ia comer pescado fresco,
Tomar cazzalla, a um ar navalha.
Do mesmo que outrora no Pina
Se ia ao Maxime das peixadas
Mas sobretudo ao bom tempero,
Magnético, das peixadas.
Não sei qual dos dois faz de imã,
Porque se atraem peixe e faca.
No mercado do Bacurau,
Sarapatel usa outras salsas.

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