terça-feira, 20 de outubro de 2015

A POESIA DE ANNA LIMA PIMENTEL...






SUAS MÃOS – Anna Lima



Aquellas mãos nervosas e macias
Como as fólhas das brancas açucenas,
São a aurora das minhas alegrias
E o crepusculo infeliz das minhas penas.
Vendo-as em noites limpidas, serenas,
Cheias de amor, de estrellas, de harmonias,
Banho minh’alma de illusões amenas,
– Esqueço a dor e esqueço as nostalgias.
Oh! mãos gentis que me restituistes
A f’licidade dos primeiros sonhos
E a inspiração destes meus versos tristes…
Dai-me a ventura de sonhar ainda
Meigos enlevos eternaes, risonhos,
Grata esperança encantadora. infinda!
Natal – 1900

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