terça-feira, 23 de junho de 2015

A MORTE DE TANCREDO NEVES NA VISÃO DO CORDEL...

POR ARISTEU BEZERRA...

A MORTE DE TANCREDO NEVES

Tancredo Neves venceu o candidato Paulo Maluf no colégio eleitoral em 15 de janeiro de de 1985. Assumiria o cargo de presidente em 15 de março, porém foi internado na véspera da posse.Tancredo Neves
Tinha uma diverticulite. A doença se manifesta quando os divertículos se inflamam ou contraem infecções. O problema pode causar complicações no peritônio – membrana serosa que reveste a cavidade abdominal e também algumas vísceras.
O tratamento havia sido adiado com o receio de que a transição do regime militar para o civil fosse abortada. Vaidade e erros médicos contribuiram para sua morte após trinta e sete dias de dor, cirurgias e um sentimento de frustração. Coube a José Sarney, o vice, concluir a transição democrática, que completou 30 anos no dia 15 de março de 2015.
No admirável mundo do repente, a visão da morte de Tancredo Neves toma uma conotação e um vocabulário riquíssimo de termos regionais. Certa vez, durante um festival de violas em João Pessoa/PB, uma dupla de cantadores foi sorteada para cantar sobre a vida e a morte de Tancredo Neves. Um deles com mais esclarecimento sobre o assunto, terminou uma sextilha com os versos:
“A morte do presidente
O país todo sentiu.”
A informação do seu colega de cantoria era muito pouca sobre a doença que levou a óbito o famoso político mineiro. Seu conhecimento se restringia ao doutor Walter Pinnoti que cuidou do presidente. Ele lançou mão da maior criatividade possível dentro de suas limitações a respeito de um tema tão complicado:
“Meia-noite, ele pediu
Um copo d’água a Pinote
Pinote deu-lhe um caneco
D’água barrenta do pote:
Bateu dentro, ele caiu
Ciscando como um caçote.”

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