sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O PROFESSOR CELESTINO PIMENTEL..


PROFESSOR CELESTINO PIMENTEL - * 21.06.1884 + 11.12.1967
O Professor CELESTINO PIMENTEL, filho de Arsênio Celestino Pimentel e Maria Emília Barros Pimentel, nasceu em São Gonçalo do Amarante, em 21.06.1884.
Casou-se em primeiras núpcias com a poetisa do Assu, Ana Lima Pimentel, enviuvando aos 34 anos, e ficando com seis filhos pequenos. Em segundas núpcias foi casado com Francisca Maciel Pimentel, com quem teve mais dois filhos.
Muito dedicado aos estudos, concluiu o Curso de Humanidade em Natal, que equivalia ao ginasial, e depois fez concurso para professor catedrático. Defendeu tese para a cadeira de Inglês, sendo aprovado. Ocupou a função de Intérprete juramentado e tradutor oficial do Estado. Também era tradutor da Capitania dos Portos.
Diziam os contemporâneos de Celestino Pimentel que ele pertencia a uma verdadeira geração de educadores, com a consciência da missão e o júbilo do apostolado, que enobrecia a própria natureza do gênero humano. No campo da educação do Rio Grande do Norte, o mestre Celestino Pimentel merece destaque pelo desvelo com que se dedicou ao ensino e à direção do Colégio Estadual Atheneu.
SUA TRAJETÓRIA
Foi convidado, no Governo de José Augusto, para assumir a contadoria do Banco do Natal, depois Banco do Rio Grande do Norte, cargo que exerceu com zelo e dedicação. Deixou o cargo no governo de Juvenal Lamartine, passando a dedicar-se exclusivamente, à educação, tornando-se professor e diretor do Colégio Estadual Atheneu. Tornou-se professor catedrático de Inglês aos trinta e cinco anos de idade.
Celestino Pimentel foi mestre de várias gerações, destacando-se pelo zelo e dedicação com que desempenhava as atividades de professor e diretor do referido Educandário. Destacava-se pela inteligência sutil e rápida, sendo, por convicção, justo e nobre, conseguindo, pela sua bondade, cativar a todos, com a sua segurança, e estando sempre aberto ao diálogo com aqueles que o procuravam. Dedicou-se, de corpo e alma, à causa do ensino do Estado do Rio Grande do Norte. De caráter rígido, atitudes equilibradas, bom humor, possuía uma maneira afável de tratar as pessoas, e por isso angariou prestígio e amizades sólidas, tanto com os alunos, como com os professores e ex-alunos. As gerações que passaram pelo Atheneu, na época de Celestino Pimentel, receberam dele o exemplo firme de uma personalidade sólida. Dedicou-se totalmente ao Colégio Estadual Atheneu, era extremamente carismático, tendo desfrutado de muito carinho por parte dos alunos, sabendo se impor com muito respeito e simpatia. Essa sua trajetória de professor e diretor, sem a vaidade, arrogância e prepotência de outros que por ali passaram, fizeram dele a figura do verdadeiro mestre, amado e venerado, e que ainda hoje é lembrado na história da educação do nosso Estado, especialmente quando se fala no Atheneu Norte Rio-grandense.
Pela sua história de vida, pela sua visão de conjunto, sua vasta experiência em todos os segmentos do ensino, sua garra em conseguir galgar, sem ajuda, uma especialização que lhe valeu passar para a história do Rio Grande do Norte, seu nome será perpetuado na mais alta galeria dos professores do Rio Grande do Norte. Seu nome é sinônimo de caráter, independência, raciocínio, lógico e rápido, conhecedor dos mínimos detalhes do Colégio que dirigia, merecendo destaque o fato de manter por robe analisar formas químicas, sendo um exímio conhecedor dessa matéria.
Em 11.12.1967, faleceu o professor Celestino Pimentel, aos oitenta e três anos de idade, deixando a sua marca de grande professor e grande diretor, querido pelos alunos, respeitado e venerado, representando para o Estado a figura do verdadeiro MESTRE.

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