terça-feira, 13 de maio de 2014

DO TEMPO DA DATILOGRAFIA E DO GRANDE EMPREGO DE BANCÁRIO...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.




MEU INESQUECÍVEL A-S-D-F-G


          Antigamente, tínhamos que aprender  Datilografia...tínhamos que teclar n letras por minuto...era essencial a agilidade na datilografia, para passar na prova do Concurso do Banco do Brasil....este emprego era o sonho de todo jovem...Como dava status ser funcionário do Banco do Brasil...que salário, que segurança, que partidão?se justificava: não se formou mas é do Banco do Brasil...
          Qual a dondoca que não queria sr esposa deste funcionário?
          HOJE o Banco do Brasil que já foi mãe, passou a ser a madrasta dos seus funcionários...assim se pronunciou a esposa de um funcionário aposentado...
          Chegou o Computador e instintivamente se foi aprendendo a digitar...sem regras, sem métodos, e a apurada Datilografia perdeu o seu lugar na escala da importância...
ví esta cronica e me lembrei de uma pessoa Santa, de Nova cruz...Glorinha ferreira, a Glorinha de seu Heráclito.

         TODA a juventude de minha época, aprendeu datilografia com Glorinha...o curso tinha a sua dedicação e a sua disciplina...tinha que constar no currículo de todo mundo.DATILOGRAFIA era essencial, e na Escola Remington Santa Maria.um abraço Glorinha, onde você estiver...
Ao término do curso,tinha a festa de formatura,com baile no clube, paraninfo e patrono...com traje passeio completo...coisas do Nova Cruz do nunca mais.

leiam a crônica abaixo:

Dona Hermenegilda era muito mais que uma simples professora: era uma doce criatura que ensinava e torcia pelo sucesso de todos que se debruçavam sobre suas velhas Remington para aprender os segredos da datilografia, sabedoria indispensável a quem, naquela época, desejasse obter um bom emprego (o melhor deles era o do Banco do Brasil, que exigia um não-sei-quantos-toques-por- minuto para habilitar o candidato). Tive que sair antes da conclusão do curso pra morar na Capital, mas, bom aluno que era, fui presenteado por Dona Hermenegilda com a concessão do diploma de datilógrafo, mesmo antes do curso findo. Botei o ‘canudo’ embaixo do braço e dele nunca precisei (que ela não saiba, se ainda viva for). Mas nunca esqueci o ASDFG que, carinhosamente, D Hermenegilda exigia que batêssemos com os dedos certos. Hoje, cutuco as teclas do computador apenas com os indicadores de cada mão, mas com uma rapidez e um sem-erro que faria orgulhosa Dona Hermenegilda. O ‘A’, que deve ser batido com o dedo mindinho, já se acostumou com o meu indicador da mão esquerda. Que Dona Hermenegilda não saiba.

XICO BEZERRA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário