quarta-feira, 29 de abril de 2015

SÓCRATES...





As três peneiras ...


               Um homem, procurou um sábio e disse-lhe: - Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...
Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: 
- Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
          - Peneiras? Que peneiras?

              - Sim. A primeira é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. 



                  Vamos então para a segunda peneira: a da bondade. O que vai me contar é bom, e você gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Não! Absolutamente não!
               - Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. 


               Vamos agora para a terceira peneira: a da necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
- Não...
Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.

               E o sábio, sorrindo, concluiu:
               - Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque: "Pessoas sábias falam sobre idéias; Pessoas comuns falam sobre coisas; Pessoas medíocres falam sobre pessoas".
(Sócrates
)

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