quinta-feira, 9 de abril de 2015
SOBRE UMA LÚCIDA LOUCURA ...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL
Quando os rios lavarão a alma?
o que eu fiz dos meus brinquedos ?
debaixo de quantas capas eu sepultei os meus sonhos ?
Com quantos desejos precisamos dormir para reaver um sonho?
Ai dos meus sonhos...!
ai dos meus rios...!
O que foi feito dos meus pesadelos ?
se tornarão reais ?
Ai quem me dera uma lua cheia e cadeiras na calcada escutando conversas fiadas...
Saudades dos flashes light que focavam a noite escura e davam boa noite ao meu pai, esparramado na espreguicadeira...
tudo passou ou se tornou distante...
hoje, tudo é
velho onde já fui novo...
Hoje a solidão vem de uma rua cheia de gente, onde eu sou estranho de mim mesmo...
o tudo que sabia de mim, esqueci...
Esqueci ate a data da minha morte.
Esqueci o dia em que morrí.
Não sei onde piso...há muito tempo flutuo...aprendí a voar com a vida...
Desconheço de galhos para pousar, e enquanto isto descanço os meus olhos nas nuvens, e recolho a minha angústia na imensidão do mar...
Vivo num estado de poesia.
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