quinta-feira, 23 de abril de 2015

O PATACÃO DE SEU ARRUDA...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.



          Já ví que eu morro e não vejo tudo...
          Eu morro e não escuto tudo...
         Esta semana escutei uma história fantástica, que me foi contada por Almir ROSENDO, O Sazinho,CONTERRÂNEO DE NOVA CRUZ...

          Ele falou que Seu Arruda, o patriarca do famoso Clã Novacruzense, ao chegar do amazonas para habitar a rainha do agreste, encontrou um amigo seu com uma ferida na perna...
          O Seu Arruda trazia a cultura das matas,dos índios, de Labra,AM, e indicou um tratamento ao amigo, o que foi religiosamente cumprido...
          O patriarca deu ao amigo uma moeda da época chamada Patacão, e mandou que o mesmo a colocasse dentro da ferida e cobrisse com uma atadura de pano e deixasse por quinze dias...
          Após  o tempo previsto,com a retirada da atadura, a ferida estava literalmente cicatrizada...
          Fiquei abismado com este relato...
          Tadeu Arruda, neto do patriarca, que também escutava o relato, me perguntou se havia fundamento...
          Fiz o seguinte raciocínio:provavelmente o Patacão de cobre, eliminou alguma substãncia que tornou hostil e inóspito o meio, com relação a proliferação bacteriana...
          Me lembrei da utilização de açúcar e de sal que se utiliza na prática para tornar o meio inóspito e letal ao crescimento bacteriano...
          O Açúcar, por tornar o meio hipertônico,permite a morte bacteriana por desidratação, e portanto a cura de muitos ferimentos infectados...este mesmo raciocínio permite a confecção do doce de frutas em calda e das frutas cristalisadas...
          O SAL , por tornar o meio hipertônico, semelhante ao mecanismo do açúcar, permite a conservação da carne verde, que passa a ser carne seca...
          O mecanismo do Patacão de Seu Arruda eu não sei, mas se diz que foi providencial...
          Pelo inusitado do fato, acho que esta ação faz parte da história dos homens, e sobretudo da História de NOVA Cruz...
          E termino repetindo Shakespeare:

          Entre o céu e a terra há mais mistérios do que supõe a nossa vã filosofia. 

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