domingo, 30 de junho de 2013

DE UM BERÇO ILUMINADO...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL...

               Ontem, ao assistir na tv cultura, um documentário  muito interessante,me lembrei como a minha infãncia foi povoada por gente e pensamentos  bons...

               Nascí em 1955, na época que no mundo brilhavam os quatro K:Kennedy,Kubitschek e khrushchov...

               Eu, em Nova Cruz, criado no meu berço Gerdau, de madeira que cupim não rói, sem conhecer luz elétrica, sem água encanada, tomando banho com água de cacimbão, salgada, e bebendo regradamente a água doce do Piquirí...

               Meu pai escutava um rádio á bateria...chiava mais do que transmitia...sem telefone...

A comunicação com o mundo, inexistente, sem televisão, sem internet,mas escutava dois anjos, que me abriam o horizonte, me direcionavam para o belo, o justo, a poesia...

          Refiro-me a minha mãe, que semeiava estrelas e sonhos, e a tio paulo, que pela a sua lei,  a gentre era obrigado a ser feliz...

          Minha mãe vivia recitando Guerra Junqueiro,Humberto de Campos,impressionada pelas crônicas de Artur da Távola...
          Tio Paulo Bezerra me falava diuturnamente de dois anjos, que lutavam pelo bem do povo, contra as injustiças sociais e denuciavam a fome: Luiz Carlos Prestes e Josué de Castro...

          O TIO PAULO,com 1,55m de altura, virava um gigante, quando se referia a Luiz Carlos Prestes...seus olhos ganhavam o brilho das estrelas, e a sua fala mansa, a imponencia de um grande orador...Diariamente escutava o seu lider falando para o mundo,pela Rádio Albãnia da Albãnia...á noite...

Quando crescí, lí o livro, O CAVALEIRO DA ESPERANÇA,  escrito por Jorge Amado, e comprovei a grandeza daquele revolucionário...

          Ontem, o documentário, foi sobre a vida de Josué de Castro...comprovei  como era real, as referencia que o tio fazia  á aquele homem...

               Josué de Castro era um médico pernanbucano,que se dedicou muito á nutriçào...

estudou a fome , suas causas e suas consequencias, nos mangues de Recife...por ter se interiorizado tanto, se internacionalizou, como diria Cãmara Cascudo...escreveu um livro, lido por todo o  mundo: A GEOGRAFIA DA FOME...e falou do ciclo do homem carangueijo: O HOMEM DO MANGUE COME O CARANGUEIJO, DEFECA NO MANGUE, O CARANGUEIJO ENGORDA COM AS FEZES,RESULTANTES DAQUELA ALIMENTAÇÀO....E  FECHA-SE O CICLO...

          Nas escolas, era para haver aulas sobre Josué de Castro...fiquei pensando, como é que Pernambuco,especialista em exportar para o Brasil, políticos atrevidos,nos dois sentidos, inventa um Josué, brilhante, correto,bem intencionado, e um Lula,um enganador da massa...

          Josué de Castro foi deputado federal duas vezes...ia ser o ministro da agricultura de Jango,mas o próprio PTB, seu partido,o impediu, pela pequenêz dos políticos safados...
          Foi nomeado representante do Brasil  Na ONU, e presidente da FAO...

          Um dia, chega a famigerada REVOLUÇÀO DE 1964...

IMUNDA, tão imunda como a mundiça que ela enfrentou, que queria transformar o Brasil em Cuba...
Josué de Castro saiu na primeira lista de cassação, que também tinha:LUIZ CARLOS PRESTES,JANGO,JÂNIO QUADROS, BRIZOLA...
          FOI MORAR EM PARIS,ONDE FOI ACOMETIDO DE UMA DEPRESSÃO PROFUNDA, a chamada depressão reativa,com  aconteceu com Djalma Maranhào,  e Juscelino...
          O próprio jorge Amado, ficou impressionado com a sua tristeza e o seu acabrunhamento, quando o encontrou em 1967, em Paris, no boulevard Saint German...em 1977, Josué enfartou e morreu...

               Josué  de Castro foi outro cérebro que a REDENTORA destruiu com medo...

               JAMAIS UMA DITADURA, ELAS SÃO CRUÉIS, RUINS, SAFADAS, FARSANTES, quer sejam de direita ou de esquerda...VIVA A DEMOCRACIA!!!com todos os seus defeitos...
               UMA VIDA SÓ TEM SENTIDO SE ELA FOR LIVRE,ERA ASSIM QUE MAMÃE ME DIZIA...
               O AMOR E O PÃO SÃO OS INGREDIENTES DA PAZ, era a tese de Josué de Castro...

sexta-feira, 28 de junho de 2013

UMA SAUDADE DA INFÃNCIA...POR JESSIER QUIRINO.



Do jeito que a vida vem eu me agrado. E me agrado mais ainda com as lembranças confeitadas do passado. Uma delas é aquele cheirinho da lancheira do meu tempo de criança.
Ah, se minh’aula retornasse
Pro giz da minha infância
Pro meu caderno encapado
E o meu nome escancarado:
EU, Primeiro Ano A.
Ah, Primeiro ano A!
A professora: “Bom-dia!!!”
A bolsa, a banca, a folia
A turma do dia-a-dia
A lei da Diretoria
A sineta, a correria
A hora de merendar…
Ah, se minh’aula retornasse
Pro meu recreio de infância:
Pro ritual da lancheira
Da merenda corriqueira:
O copo – irmão da garrafa
O bolo, o ponche, a toalha,
Goiaba, biscoito, pão…
Não há no mundo dos cheiros
Na mais antiga distância
Cheiro melhor que a fragrância
Dessa lancheira de infância.
Não há no reino das cores
Nos arco-íris, bandeiras
Nos frutos das romãzeiras
Amora, amor que avermelha,
Um rubro mais colorido
Que o tom da minha lancheira.
Enganam-se os poetas
Trovadores, seresteiros
Que celebram Chão de Estrelas
Versejando sem razão
Ao dizer, de vão em vão
“Que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão”.
É não!!!
A mais doce ventura desta vida
É a lancheira, os recreios e a lição.

UMA REFLEXÃO DE ROBERTO CAMPOS...

Por Roberto Campos


Dizia-me um amigo argentino, nos anos 60, que seu país, rico antes da Segunda Guerra, optara no pós-guerra pelo subdesenvolvimento e pelo terceiromundismo. E não se livraria dessa neurose enquanto não se livrasse de três complexos: o complexo da madona, o fascínio das ossadas e a hipóstase da personalidade. Duas madonas se tinham convertido em líderes políticos - Evita e Isabelita. As ossadas de Evita foram alternativamente sequestradas e adoradas, exercendo absurdo magnetismo sobre a população. E a identidade nacional era prejudicada pelo fato de o argentino ser um italiano que fala espanhol e gostaria de ser inglês...
A Argentina parece ter hoje superado esses complexos. Agora, é o Brasil que importa (sem direitos aduaneiros como convêm ao Mercosul) um desses complexos.
Os estrangeiros que abrem nossos jornais não podem deixar de se impressionar com o espaço ocupado pelas ossadas: as ossadas sexuais de PC Farias, as ossadas ideológicas dos guerrilheiros do Araguaia e as perfurações do esqueleto do capitão Lamarca! Em vez de importarmos da Argentina a tecnologia de laticínios, estamos importando peritos em "arqueologia moderna", para cavoucar as ossadas do cemitério da Xambioá. Há ainda quem queira exumar cadáveres e ressuscitar frangalhos do desastre automobilístico que matou Juscelino, à procura de um assassino secreto. Em suma, estamos caminhando com olhos fixos no retrovisor. E o retrovisor exibe cemitérios.
Na olimpíada mundial de violência, os militares brasileiros da revolução de 1964 não passariam na mais rudimentar das eliminatórias. Perderiam feio para os campeões socialistas, como Lênin, Stálin e Mao Tsé-Tung. Seriam insignificantes mesmo face a atletas menores, como Fidel Castro, Pol Pot, do Camboja, ou Mengistu, da Etiópia.
Os 136 mortos ou desaparecidos em poder do Estado, ao longo das duas décadas de militarismo brasileiro, pareceriam inexpressivos a Fidel, que só na primeira noite pós-revolucionária fuzilou 50 pessoas num estádio. Nas semanas seguintes, na Fortaleza La Cabaña, em Havana, despachou mais 700 (dos quais 400 membros do anterior governo). E ao longo de seus 37 anos de ditadura, estima-se ter fuzilado 10 mil pessoas. Isso em termos da população brasileira equivaleria a 150 mil vítimas. Tiveram de fugir da ilha, perecendo muitos afogados no Caribe, 10% da população, o que, nas dimensões brasileiras, seria equivalente à população da Grande São Paulo.
Definitivamente, na ginástica do extermínio, os militares brasileiros se revelaram singularmente incompetentes. Também em matéria de tortura nossa tecnologia é primitiva, se comparada aos experimentos fidelistas no Combinado del Este, na Fortaleza La Cabaña e nos campos de Aguica e Holguín. Em La Cabaña havia uma forma de tortura que escapou à imaginação dos alcaguetes da ditadura Vargas ou dos "gorilas" do período militar: prisioneiros políticos no andar de baixo recebiam a descarga das latrinas das celas do andar superior.
O debate na mídia sobre os guerrilheiros do Araguaia precisa ser devidamente "contextualizado" (como dizem nossos sociólogos de esquerda). Sobretudo em benefício dos jovens que não viveram aquela época conturbada. A década dos 60 e o começo dos 70 foram marcados mundialmente por duas características: uma guinada mundial para o autoritarismo e o apogeu da Guerra Fria. Basta notar que um terço das democracias que funcionavam em 1956 foram suplantadas por regimes autoritários nos principais países da América Latina, estendendo-se o fenômeno à Grécia, Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura e à própria Índia, onde Indira Ghandi criou um período de exceção.
Na América Latina, alastrou-se o que o sociólogo O'Donnell chamou de "autoritarismo burocrático". O refluxo da onda democrática só viria nos anos 80, que assistiria também à implosão das ditaduras socialistas.
Uma segunda característica daqueles anos foi a agudização do conflito ideológico. Na era Kennedy (1961-63), que eu vivenciei como embaixador em Washington, houve nada menos que duas ameaças de conflito nuclear. Uma, em virtude do ultimato de Kruschov sobre Berlim, e outra, a crise dos mísseis em Cuba. Em meados da década, viria a tragédia do Vietnã.
É nesse contexto que deve ser analisado o episódio dos guerrilheiros do Araguaia e da morte de Lamarca. Não se tratavam de escoteiros, fazendo piqueniques na selva com canivetes suíços. Eram ideólogos enraivecidos, cuja doutrina era o "foquismo" de Che Guevara: criar focos de insurreição, visando a implantar um regime radical de esquerda. Felizmente fracassaram, e isso nos preservou do enorme potencial de violência acima descrito.
Durante nossos "anos de chumbo", não só os guerrilheiros sofreram; 104 militares, policiais e civis, obedecendo a ordens de combate ou executados por terroristas, perderam a vida. Sobre esses, há uma conspiração de silêncio e, obviamente, nenhuma proposta de indenização. Qualquer balanço objetivo do decênio 1965-75 revelará que no Brasil houve repressão e desenvolvimento econômico (foi a era do "milagre brasileiro"), enquanto nos socialismos terceiromundistas e no leste europeu houve repressão e estagnação.
É também coisa de politólogos românticos pensar que a revolução de 1964 nada fez senão interromper um processo normal de sucessão democrática. A opção, na época, não era entre duas formas de democracia: a social e a liberal. Era entre dois autoritarismos: o de esquerda, ideológico e raivoso, e o de direita, encabulado e biodegradável.
Hoje se sabe, à luz da abertura de arquivos, que a CIA e o KGB (que em tudo discordam) tinham surpreendente concordância na análise do fenômeno brasileiro: o Brasil experimentaria uma interrupção no processo democrático de substituição de lideranças. Reproduzindo o paradigma varguista, Jango Goulart, pressionado por Brizola, queria também seu "Estado Novo". Apenas com sinais trocados: uma república sindicalista.
As embaixadas estrangeiras em Washington, com as quais eu mantinha relações como embaixador brasileiro, admitiam, nos informes aos respectivos governos, três cenários para a conjuntura brasileira: autoritarismo de esquerda, prosseguimento da anarquia peleguista com subsequente radicalização, ou guerra civil de motivação ideológica. Ninguém apostava num desenlace democrático...
Parece-me também surrealista a atual romantização pela mídia (com repercussões no Judiciário) da figura do capitão Lamarca, que as Forças Armadas consideram um desertor e terrorista. Ele faz muito melhor o perfil de executor do que de executado. Versátil nos instrumentos, ele matou a coronhadas o tenente Paulo Alberto, aprisionado no vale da Ribeira, fuzilou o capitão americano Charles Chandler, matou com uma bomba o sargento Mário Kozell Filho, abateu com um tiro na nuca o guarda-civil Mário Orlando Pinto, com um tiro nas costas o segurança Delmo de Carvalho Araujo e procedeu ao "justiçamento" de Márcio Leite Toledo, militante do Partido Comunista que resolvera arrepender-se.
Aliás, foram dez os "justiçados" pelos seus próprios companheiros de esquerda. Se o executor acabou executado nos sertões da Bahia, é matéria controvertida. Os laudos periciais revelam vários ferimentos, mas nenhum deles oriundo de técnicas eficientes de execução que o próprio Lamarca usara no passado: tiro na nuca (metodologia chinesa), tiro na cabeça (opção stalinista) ou fuzilamento no coração (método cubano). As Forças Armadas têm razão em considerar uma profanação incluir-se Lamarca na galeria de heróis.
As décadas de 60 e 70, no auge da Guerra Fria, foram épocas de imensa brutalidade. Merecem ser esquecidas, e esse foi o objeto da Lei de Anistia, que permitiu nossa transição civilizada do autoritarismo para a democracia. Deixemos em paz as ossadas. Nada tenho contra a monetização da saudade, representada pela indenização às famílias das vítimas. Essa indenização é economicamente factível no nosso caso. Os democratas cubanos, quando cair a ditadura de Fidel Castro, é que enfrentariam um problema insolúvel se quisessem criar uma "comissão especial" para arbitrar indenizações aos desaparecidos. Isso consumiria uma boa parte do minguado PIB cubano!
Nosso problema é saber se a monetização da saudade deve ser unilateral, beneficiando apenas as famílias dos que se opunham à revolução de 1964. Há saudades, famílias e ossadas de ambos os lados.
Roberto Campos, economista e diplomata já falecido, foi, entre outros cargos, embaixador nos Estados Unidos, deputado federal, senador e ministro do Planejamento. É autor de diversas obras sobre política e economia, destacando-se suas memórias com o título "A Lanterna na Popa" (Ed. Topbooks, 1994). Texto publicado  os jornais  O Globo e Folha de São Paulo , em 04.08.1996.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

BENDITA COPA DO MUNDO...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.

          O Grande legado desta copa do mundo foi despertar um gigante adormecido...
          Estávamos caminhando para uma ditadura de esquerda...aos poucos nos tornaríamos uma grande Cuba...
          A esquerda festiva nos traiu, e no poder, foi mais corrupta que a direita...aliás, a direita se uniu com a esquerda, se fundiu,era Lula abraçando Collor, abraçando Sarney...
          Desfizeram com os pés, a esperança do povo, tecida com tanto trabalho, com tanto esforço...Anestesiaram a maioria...

          Mas, não há mau, nem MAL, que dure para sempre...Ninguém engana todo mundo o tempo todo...

          Bendita seja esta copa,um antídoto contra o veneno da paralisia da nação...
está aí o povo na rua,indignado,UMA REVOLUÇÃO POPULAR...
          JAMAIS O BRASIL SERÁ O MESMO...
          A LIBERDADE ABRIU AS ASAS SOBRE NÓS...
VIVA A LIBERDADE...
ABAIXO O ENGODO...
VIVA O POVO BRASILEIRO!!!


Vivo en un país libre
cual solamente puede ser libre
en esta tierra, en este instante
yo soy feliz porque soy gigante.
Amo a una mujer clara
que amo y me ama
sin pedir nada
o casi nada,
que no es lo mismo
pero es igual

Y si esto fuera poco,
tengo mis cantos
que poco a poco
muelo y rehago
habitando el tiempo,
como le cuadra
a un hombre despierto.
Soy feliz,
soy un hombre feliz,
y quiero que me perdonen
por este día
los muertos de mi felicidad.

Pequena Serenata Diurna

Eu vivo em um país livre
Que só pode ser livre
Nesta terra, neste momento,
Eu estou feliz porque eu sou um gigante.
Amo uma mulher clara
Que amo e me ama
Sem nada pedir
Ou quase nada,
Que não é o mesmo
Mas é igual

E se isso não bastasse,
Tenho minhas músicas
Pouco a pouco
Moer e refazer
Tempo de permanência
Bloco, uma vez que
Um homem acordado.
Estou feliz,
Eu sou um homem feliz
Eu quero que você me perdoe
Para este dia
Os mortos da minha felicidade.



quarta-feira, 26 de junho de 2013

SOBRE A FAVELA E A LEMBRANÇA DELA...



No carnaval
Me lembro tanto da favela oi
Onde ela oi morava
Tudo que eu tinha
Era uma esteira e uma panela oi
Mais ela oi gostava
Por isso eu ando
Pelas ruas da cidade
Vendo que a felicidade
Foi aquilo que passou
Que a favela
Que era minha e era dela
Só deixou muita saudade
Porque o resto ela levou
Me lembro tanto
Do café numa tigela oi
Que ela oi me dava
E uma reza que por mim
Lá na capela oi
Só ela oi rezava
Por isso eu ando
Pelas ruas da cidade
Vendo que a felicidade
Foi aquilo que passou
E a favela
Que era minha que era dela
Só deixou muita saudade
Porque o resto ela levou
Outro dia
Eu fui lá em cima
Na favela oi
E ela oi não estava
O que era casa
Eu encontrei uma chinela oi
Que ela oi sambava
Por isso eu ando pelas ruas da cidade
Vendo que a felicidade
Foi aquilo que passou
E que a favela
Que era minha e era dela
Só deixou muita saudade
Porque o resto ela levou

CURIOSIDADES SOBRE OS NOMES DE GENTE...

Nomes de Gente

MPB4


Tem muito nome de gente


Muito significado


Prudêncio que é prudente


Tito que é honrado


Hugo que é previdente


Reinaldo que é ousado


Tem muito nome de gente


Muito significado


Tem muito nome de gente


Que é nome de bicho


Tem jonas que é pombo


E raquel que é ovelha


E tem leon


Que quer dizer leão


Com nome de bicho


Tem uma porção


Ataulfo é nobre-lobo


Arnaldo, águia potente


Arnulfo é águia e lobo


Arlindo, águia e serpente


Leandro, homem-leão


Leonardo é leão forte


Catulo, um pequeno cão


Bernardo é urso forte


Tem muita gente com 

nome de flor...


Tem mesmo: tem violeta, 


tem rosa

Tem cravo, camélia, dália 

e jasmim...


E tem carmem que quer 

dizer jardim.


Dulce quer dizer que é 

doce




Lia, que é trabalhadora


Olga, que é nobre moça


Berenice, a vencedora


Bárbara é estrangeira


Estela, que é estrela


No meio de tantas belas


É vera que é verdadeira


Tem muito nome por 

causa do tempo


Nomes por causa da hora 


e do mês


É sim, tem nome que 


lembra o momento


Lembra o dia em que 

nasceram os bebês




Natalício e natalino


Nasceram os dois no natal


Domingos foi num 

domingo


Na páscoa, nasceu 

pascoal


Genaro foi em janeiro


Em março nasceu marçal


Aurora porque nasceu


Na hora que nasce o sol


Cumpadre, tem muito 

nome de gente


Dizer tudo é uma coisa de 


louco


Quê que a gente faz: pára 

ou vai em frente?


Seguinte: vamos cantar 

mais um pouco


Lucas, é reluzente


Adalgisa nasceu nobre


Camila foi livremente


Cássio porque nasceu 

pobre


Albano e albino é branco


Esaú é cabeludo


Bruna, de pele morena


Branca, o nome disse tudo




Tem muito nome e a gente


Cantou somente um 

bocado


É muito nome de gente


Prum verso de pé 

quebrado


A gente fica contente


Se ninguém ficar zangado


Se nesse quase repente


Seu nome não foi cantado

UM RACIOCÍNIO INTELIGENTE...

A IMPORTÂNCIA DA PONTUAÇÃO

Um homem rico estava muito mal. Pediu 

papel e pena. Escreveu assim: Deixo meus 

bens à minha irmã não a meu sobrinho 

jamais será paga a conta do alfaiate nada 

dou aos pobres.
Ele morreu antes de fazer a pontuação  e

Ficou a dúvida para quem herdaria a 

fortuna. Eram quatro os possíveis 

contemplados:

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A 

meu sobrinho. Jamais será paga a conta 

do alfaiate. Nada dou aos pobres.


2) A irmã chegou em seguida. Pontuou 

assim o escrito:

Deixo meus bens à minha irmã. Não a 

meu sobrinho. Jamais será paga a conta 

do alfaiate. Nada dou aos pobres.

3) O alfaiate pediu cópia do original. 

Puxou a brasa para sardinha dele:


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A 


meu sobrinho? Jamais! Será paga a 


conta do alfaiate. Nada dou aos pobres.


4) Aí, chegaram os descamisados da 
cidade.

 Um deles, sabido, fez esta 
interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A 
meu sobrinho? Jamais! Será paga a 
conta do alfaiate? Nada! Dou aos 
pobres.


Assim é a vida. Nós é que colocamos a 

pontuação. E isso faz a diferença.

terça-feira, 25 de junho de 2013

UMA CRONICA DO DR. SEBASTIÃO PAULINO: MÉDICO E ADVOGADO...MEU AMIGO.





Hoje amanheci menino... Criança descalça e 

sem compromisso com a vida, disposto apenas e 

tão somente a versejar com meus sonhos e 

vontades. Em meio às adversidades de uma 

vida de turbulências, senti saudade de uma 

época em que tudo parecia tão inocente... Tão 

puro... Bastava correr em busca da praia e 

sentir o vento fo

rte dos meses de agosto e setembro, 

arremessando a areia esbranquiçada por sobre 

o asfalto e transeuntes, que a alegria já tomava 

assento.





A felicidade era acolhida em todos os instantes, 

independente de tudo. Nem precisava de 

"moeda", nem de roupas alinhadas... Não 

precisava nem mesmo ser percebido ou 

bajulado pelos elogios de um mundo fantasioso 



e alavancado por interesses.

Naquele tempo, ainda no século passado, tudo 

era motivo de prazer... O cheiro da terra 

molhada... O orvalho da manhã... A neblina 

que se antecipava à chuva... Era só felicidade. 

Contemplar o céu enevoado e ver o clarão dos 



relâmpagos, sempre acompanhado pelo ruflar 

dos trovões, enchia o peito de uma sensação 

indescritível.


Jogar bola no terreiro de casa, assim como 

correr em busca de passarinhos com um 

estilingue em punho, ajudava a passar as horas 

de um mundo inteiramente pueril e sem dor.



A Escola era tudo de bom. O cheiro exalado 

pelas páginas do caderno, assim como as 

travessuras com os colegas de sala... Tudo era 

motivo para desejar o retorno no dia seguinte. 

Até as paixões inocentes pelas menininhas, 

mesmo sem tocar nem o cabelo delas (Quanta 

diferença de hoje!), já robustecia o sentimento 

e a curiosidade da molecada. Não bastasse 

tanto, ainda tinha as paixões platônicas pelas 

professoras... (rsrsrs).

Quando anoitecia, chegava a hora do jantar, 


sempre muito simples, regado a café e pão, 

para adormecer e em seguida e recomeçar tudo 

no dia seguinte.



A moeda era escassa... Mesmo assim, com 



tantas dificuldades, a vida era somente alegria 

e prazer. Faltava a televisão... Nem existia o tal 

computador... E, no entanto, ninguém deixava 

de ser feliz. Naquele mundo não existia a droga. 

Aquele mundinho de Meu Deus já não existe 

mais. Quanta saudade!





Sebastião Paulino da Costa.