A aurora - José Paulo Moreira da Fonseca
É justo que eu te compare à aurora,
em minha noite vens límpida,
vens dar fim ao sonho.
A alma, que adormecera na trama
de mil acontecimentos do mundo,
desperta agora quando eu te contemplo.
és nova e alegre como a leveza do orvalho.
As sombras retornarão,
mas, por que temê-las,
uma aurora não anuncia ardor ainda mais forte?
em minha noite vens límpida,
vens dar fim ao sonho.
A alma, que adormecera na trama
de mil acontecimentos do mundo,
desperta agora quando eu te contemplo.
és nova e alegre como a leveza do orvalho.
As sombras retornarão,
mas, por que temê-las,
uma aurora não anuncia ardor ainda mais forte?
José Paulo Moreira da Fonseca (Rio de Janeiro em 1922 - Rio de Janeiro 2004) - Foi um poeta ligado à geração de 45. Foi também ensaista, crítico de arte e pintor. Em 1957, foi agraciado com o Prêmio Graça Aranha por seu livro Raízes. Também ganhou o Jabuti duas vezes, com o livro Três Livros e Luz e Sombra. Participou da várias exposições de pintura representando Brasil.
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