A Luiz Socrates
Aurea morreu. A dor transparecia
Na pallidez de seu gelado rosto…
E aquella rosa branca emmurchecia
Como sentida de infeliz desgosto.
Na pallidez de seu gelado rosto…
E aquella rosa branca emmurchecia
Como sentida de infeliz desgosto.
No pequenino esquife, ella dir-se-ia
Um lyrio murcho, ás horas do sol posto.
Seu manto de cetim resplandecia,
Qual céo azul de uma manhã de Agosto.
Um lyrio murcho, ás horas do sol posto.
Seu manto de cetim resplandecia,
Qual céo azul de uma manhã de Agosto.
As mãozinhas cruzadas, transparentes
Pareciam no seio da creança,
Duas azas subtis, alvinitentes…
Pareciam no seio da creança,
Duas azas subtis, alvinitentes…
Mas a morte a candura não consome!
Ia habitar a patria da esperança,
Aurea, tão aurea qual seu doce nome!
Ia habitar a patria da esperança,
Aurea, tão aurea qual seu doce nome!
Açú – 1899
Nenhum comentário:
Postar um comentário