VIVER É CONVIVER
Há um conto sobre um ermitão que todos os dias sentava numa pedra à entrada de sua gruta. Era agradável receber os raios de sol daquelas horas da manhã.
O burro que costumava vir comer a relva acabava de chegar.
– Bom dia, burro – cumprimentou-o.
O animal, surpreso com o fato daquele ermitão ter resolvido ter resolvido dirigir-lhe a palavra pela primeira vez em treze anos, deixou cair o mato que acabara de pôr na boca.
– Bom dia, ermitão – respondeu o burro. Por que você decidiu falar?
O ermitão disse que já estava mais que na hora. O asno lhe perguntou o que o fizera abondonar o barulho da cidade para buscar a solidão das montanhas. O eremita respondeu que ele tivera um alto cargo público, entretanto escohera enfrentar o maior desafio: viver afastado do mundo.
– Você mente – disse o burro. – Está aqui porque é mais fácil levar a vida distante dos problemas do mundo do que entender-se com todos e com cada um.
Ao ouvir aquelas palavras de um animal associado à estupidez, o ermitão decidiu acabar com o isolamento e voltou à civilização a fim de testar a si mesmo.
Não existe desafio espiritual maior do que a convivência com os que são diferentes de nós.
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