50 Anos
ALDIR BLANC
Eu vim aqui prestar contas
De poucos acertos
De erros sem fim
Eu tropecei tanto as tontas
Que acabei chegando no fundo de mim
O filme da vida não quer despedida
E me indica: ache a saída
E pede socorro onde a lua
Que encanta o alto do morro
Que gane que nem cachorro
Correndo atrás do momento que foi vivido
Venha de onde vier
Ninguém lembra porque quer
Eu beijo na boca de hoje
As lágrimas de outra mulher
Cinquenta anos são bodas de sangue
Casei com a inconstância e o prazer
Perdôo a todos, não peço desculpas
Foi isso que eu quis viver
Acolho o futuro de braços abertos
Citando Cartola:
- Eu fiz o que pude
Aos cinquenta anos
Insisto na juventude
Siameses
( João Bosco / Aldir Blanc )
Amiga inseparável, rancores siameses nos unem pelo olhar
Infelizes pra sempre em comunhão de males obrigação de amar
E amas em mim a cruel indiferença
Aspiro em ti a maldade e a doença
Vives grudada em mim, gerando a pedra em teu ventre de ostra
E eu conservo o fulgor do nosso ódio estreitando a velha concha...
Amiga inseparável, tu és meu acaso e por acaso eu sou tua sina,
Somos sorte e azar, tu és minha relíquia, seu sou tua ruína
Vivo grudada em ti, gerando a pedra em meu ventre de ostra
Conservas o fulgor do nosso ódio estreitando a velha concha...
Amigo inseparável, eu sou teu acaso e por acaso tu és minha sina,
Somos sorte e azar, eu sou tua relíquia, tu és minha ruína
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