Quando Eu For, Eu Vou Sem Pena
Paulo Vanzolini
Quando eu for, eu vou sem pena
Pena vai ter quem ficar
Quando eu for, eu vou sem pena
Pena vai ter quem ficar
Pena vai ter quem ficar
Quando eu for, eu vou sem pena
Pena vai ter quem ficar
Morena tão desamada
E tão precisada de amar
Açucena delicada
Sem a mão pra lhe cuidar
Curva de rio sereno
Sem proa pra navegar
E tanta beira de estrada
Sem um moço pra pousar
E tão precisada de amar
Açucena delicada
Sem a mão pra lhe cuidar
Curva de rio sereno
Sem proa pra navegar
E tanta beira de estrada
Sem um moço pra pousar
O que eu fiz é muito pouco
Mas é meu e vai comigo
Deixo muito inimigo
Porque sempre andei direito
Agasalhei neste peito
Muita cabeça chorando
Morena minha até quando
Você de mim vai lembrar
Mas é meu e vai comigo
Deixo muito inimigo
Porque sempre andei direito
Agasalhei neste peito
Muita cabeça chorando
Morena minha até quando
Você de mim vai lembrar
Andei sobre as águas
Como São Pedro
Como Santos Dumont
Fui aos ares sem medo
Fui ao fundo do mar
Como o velho Picard
Só pra me exibir
Só pra te impressionar
Como São Pedro
Como Santos Dumont
Fui aos ares sem medo
Fui ao fundo do mar
Como o velho Picard
Só pra me exibir
Só pra te impressionar
Fiz uma poesia
Como Olavo Bilac
Soltei filipeta
Pra ter dar um Cadillac
Mas você nem ligou
Para tanta proeza
Põe um preço tão alto
Na sua beleza
Como Olavo Bilac
Soltei filipeta
Pra ter dar um Cadillac
Mas você nem ligou
Para tanta proeza
Põe um preço tão alto
Na sua beleza
E então, como Churchill
Eu tentei outra vez
Você foi demais
Pra paciência do inglês
Aí, me curvei
Ante a força dos fatos
Lavei minhas mãos
Como Pôncio Pilatos
Eu tentei outra vez
Você foi demais
Pra paciência do inglês
Aí, me curvei
Ante a força dos fatos
Lavei minhas mãos
Como Pôncio Pilatos
Andei sobre as águas (...)
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