Tu não vens, meu amor, porque te espero
e nunca o amor, quando esperamos, vem.
Quanto mais tardas, mais e mais te quero
e, se aqui estás, eu mais te quero bem.
e nunca o amor, quando esperamos, vem.
Quanto mais tardas, mais e mais te quero
e, se aqui estás, eu mais te quero bem.
Espero-te e suponho que ninguém
pode reter-te aí, se aqui te espero:
és meu amor, és meu, e é meu também
teu coração, onde obedeço e impero.
pode reter-te aí, se aqui te espero:
és meu amor, és meu, e é meu também
teu coração, onde obedeço e impero.
Mas… tu não vens, e eu olho para a estrada
como quem olha fixamente o nada,
ouvindo as aves, só, sem compreendê-Ias…
como quem olha fixamente o nada,
ouvindo as aves, só, sem compreendê-Ias…
E ainda te espero (a noite erma e deserta)
até que a vista se confunda, incerta,
na luz de vaga-lumes e de estrelas.
até que a vista se confunda, incerta,
na luz de vaga-lumes e de estrelas.
1931
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