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Afresco é uma
técnica de pintura que deve o nome ao
fato de que precisa ser realizada nas paredes ou tetos enquanto o esboço ainda
estava úmido (ou fresco). Preferencialmente, é feito de nata de cal, gesso ou outro
material apropriado.
Na sua utilização, as tintas ou pigmentos em
geral, devem ser granulados, reduzidos ao pó e depois misturados à água. Dessa forma,
as cores podem penetrar nas superfícies úmidas como parte integrantes delas.
Por ter ótima durabilidade em países onde o
clima é seco, foi particularmente aplicada nesses lugares, como o norte da Europa e a
Itália (com exceção de Veneza).
O fato de os afrescos secarem rapidamente,
obrigava o pintor a vencer o tempo de secagem, ser ainda mais rápido, ter traços firmes
e propósito claro. Outro fator limitante era a enorme dificuldade de se realizar
correções posteriores.
Provavelmente utilizada desde a antiguidade,
especula-se que eram afrescos as paredes pintadas na ilha de Creta antiga (principalmente
no período de 2.500 a.c a 1100 a.c) ou na antiga Grécia.
Seu uso era universal, podendo ser
encontrado ainda fora da Europa, nas pinturas chineses e hindus.
Porém Giotto é seu primeiro grande
mestre, sendo após dele largamente usada na Renascença Italiana (os artistas da época
pensavam que somente pigmentos naturais eram ideais em afrescos).
GIOTTO DI BONDONE, pintor e arquiteto italiano (Colle di
Vespignano, 1266 – Florença, 1337). É o autor dos três grandes ciclos de afrescos
sobre a Vida de São Francisco, em Assis e em Santa Croce de Florença, e de Cenas
da vida de Cristo, na capela da Arena, em Pádua. Pela amplitude de sua visão do
mundo, pelas suas pesquisas de volume e espaço, Giotto pode ser considerado um dos
criadores da pintura moderna. Começou a construção do campanário de Florença.
Pintores como Masaccio, Rafael e Michelangelo
são alguns exemplos dos que utilizaram a técnica em suas obras.
A partir do Século 18, seu uso começa a ser
cada vez mais escasso. Tiepolo é o último dos grandes nomes da pintura italiana
a pintar afrescos.
TIEPOLO (Giambattista), pintor e gravador italiano
(Veneza, 1696 - Madri, 1770). Sua inventiva é brilhante, e o colorido, claro e alegre.
Porém, nos séculos seguintes ela encontra
novos momentos de valorização, como entre os pintores alemães do Século 19, Nazarenes
e Cornelius e, no século atual, entre os muralistas mexicanos, Riviera, Orozco
e Siqueiros.
CORNELIUS (Peter von), pintor alemão (Düsseldorf, 1783 -
Berlim, 1867). Pertenceu ao grupo dos "nazarenos".
OROZCO (José Clemente), pintor mexicano (Ciudad Guzmán,
1883 - México, 1949). Inspirando-se nos artistas pré-colombianos, executou grandes
pinturas murais, freqüentemente satíricas (A verdadeira e a falsa justiça, na
Corte Suprema do México), ou de inspiração e temática revolucionárias.
SIQUEIROS (David Alfaro), pintor mexicano (Chihuahua, 1896
- Cuernavaca, 1974), autor de vastas composições murais que se caracterizam por um
lirismo trágico.
Fontes: Enciclopédia Digital Master.e Enciclopédia
Koogan-Houaiss.
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