sábado, 16 de julho de 2016

CARTA AO FILHO CAÇULA: DR. BRUNO MARCELO...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL




          Meu filho Bruno, pai de Bernardinho...
          Fiquei feliz com as suas reflexões, no seu primeiro mês de Pai...já previa e aguardava ansioso esta sua ab reação, não de traumas, mas de sentimentos: uma mudança de paradigma...profundo, sincero, com as dimensões imensas que unem o pai ao filho...
          Vi e senti tudo isto  aos  vinte e dois anos, quando, ainda estudante de medicina, fui pai de vocês, meus três filhos...
          Quando um recém nascido reflexamente apreende  os dedos indicadores do pai, o torna seu prisioneiro para o resto da vida...tive  também um pai como meu prisioneiro até os seus últimos dias, que entristecia até quando eu tinha febre...continuo neste plantão de pai até hoje, uma prontidão sem fim, destilando este poço de afetos que , um dia, uma criança minou na 
nossa vida...
          Hoje, após trinta dias da chegada de nosso Bernardinho, você abre o coração para dizer como sente, um amor do qual você só ouvia falar...
          Fala ,sobretudo, de elementos e sentimentos que só podem emanar da mão de Deus...da força sagrada...divina...fundamentada no mistério...
          Este amor foi o de meu pai por mim...foi o amor que eu guardei para vocês...é o mesmo rio...
eu não me enganei...
          Minha mãe, na sua inteligencia e sabedoria, vivia a me repetir:
         Meu filho, quando um pai beija um filho, a sua alma se ajoelha.

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