Pablo Neruda
Encerremos a semana com a poesia do chileno Pablo Neruda. Dono literário da Ilha Negra e condômino do prêmio Nobel. Sua obra tem o tom rubro do lirismo e a lira prata do coletivo. Sendo lírica e social, é amplamente ética. Como neste trecho do soneto LXXXVIII de Cem Sonetos de Amor:
“O mês de março volta com sua luz escondida
E deslizam peixes imensos pelo céu,
Vago vapor terrestre progride sigiloso,
Uma por uma caem ao silêncio das coisas.
E deslizam peixes imensos pelo céu,
Vago vapor terrestre progride sigiloso,
Uma por uma caem ao silêncio das coisas.
Por sorte nesta crise de atmosfera errante
Reuniste as vidas do mar como as do fogo,
O movimento cinza da nave de inverno,
A forma que o amor imprimiu à guitarra”.
Reuniste as vidas do mar como as do fogo,
O movimento cinza da nave de inverno,
A forma que o amor imprimiu à guitarra”.
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