LYRA TRISTE – Anna Lima
Em maio eu tinha a alma sempre aberta
Para o prazer e para as alegrias…
E tu, oh! doce lyra, repetias
Minha ventura em versos descoberta.
Para o prazer e para as alegrias…
E tu, oh! doce lyra, repetias
Minha ventura em versos descoberta.
Si decantava o sol, quando desperta
No regaço das nuvens fugidias,
E’ que a aurora do amor, tu me dizias
Raiar no lar, em rosas, entre-aberta.
No regaço das nuvens fugidias,
E’ que a aurora do amor, tu me dizias
Raiar no lar, em rosas, entre-aberta.
E como em maio eu ria alegremente.
Mas ah! era de mais minha ventura,
Minha’aurora demais resplandecente!
Mas ah! era de mais minha ventura,
Minha’aurora demais resplandecente!
Hoje a saudade o meu viver tortura…
Pois quando emmudecias, tristemente,
Meu pobre pae baixava à sepultura.
Pois quando emmudecias, tristemente,
Meu pobre pae baixava à sepultura.
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