terça-feira, 31 de maio de 2016
COISAS DO AÇU...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.
A paciente se queixa ao seu médico:
Doutor me ajude...
eu sinto um fogo muito grande nas partes...
tenho a sensação de estar com um pau dentro da barriga,
e sinto um bolo no meu estômago...
O Dr. Nelson escutou, pensou e respondeu pacientemente:
Tenha calma...
Quando este fogo começar a queimar este pau, o calor vai cozinhar o bolo do estômago,e a senhora vai ficar boazinha...
domingo, 29 de maio de 2016
DOIS FATORES NIVELADORES DOS HOMENS...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.
CAPIM NOVO...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL...
QUANDO INVENTARAM O REVOLVER TRINTA E OITO,NOEL ROSA FALOU:OS HOMENS FORAM NIVELADOS...acabou-se o forte e o fraco...com um revolver na mão ,os dois são iguais...
EM 2000, eu, parafraseando NOEL,DISSE:O VIAGRA TAMBÉM NIVELOU OS HOMENS, NOUTRO ASPECTO...COM O MEDICAMENTO NOVO, O VELHO FICA IGUAL AO NOVO, NA HORA DE ARMAR O BONECO...com relação á vida, somente quem nivela os homens é a morte...ratifico: A MORTE EXISTE PARA NIVELAR AS PESSOAS...
EM 2000, eu, parafraseando NOEL,DISSE:O VIAGRA TAMBÉM NIVELOU OS HOMENS, NOUTRO ASPECTO...COM O MEDICAMENTO NOVO, O VELHO FICA IGUAL AO NOVO, NA HORA DE ARMAR O BONECO...com relação á vida, somente quem nivela os homens é a morte...ratifico: A MORTE EXISTE PARA NIVELAR AS PESSOAS...
UM AMIGO ME DISSE, COMENTANDO, ele médico e ela médica, ambos independentes financeiramente, que numa conversa disse a esposa:PRA CAVALO VELHO, O REMÉDIO É CAPIM NOVO...E ELA SAIU-SE COM ESTA:PRA CERCA VELHA, O REMÉDIO É VARA NOVA...
VEJA ABAIXO O QUE DIRIA GONZAGA...
Capim Novo
Luíz Gonzaga
Nem ovo de codorna,
Catuaba ou tiborna
Não tem jeito não
Não tem jeito não
Amigo véio pra você
Tem jeito não
Amigo véio pra você
Tem jeito não, não, não
Esse negócio de dizer que
Droga nova
Muita gente diz que aprova
Mas a prática desmentiu
O doutor disse
Que o problema é psicologico
Não é nada fisiológico
Ele até me garantiu
Não se iluda amigo véio
Vai nessa não
Essa tal de droga nova
Nunca passa de ilusão
Certo mesmo é
Um ditado do povo:
Pra cavalo véio
O remédio é capim novo
Catuaba ou tiborna
Não tem jeito não
Não tem jeito não
Amigo véio pra você
Tem jeito não
Amigo véio pra você
Tem jeito não, não, não
Esse negócio de dizer que
Droga nova
Muita gente diz que aprova
Mas a prática desmentiu
O doutor disse
Que o problema é psicologico
Não é nada fisiológico
Ele até me garantiu
Não se iluda amigo véio
Vai nessa não
Essa tal de droga nova
Nunca passa de ilusão
Certo mesmo é
Um ditado do povo:
Pra cavalo véio
O remédio é capim novo
O QUE DIRIA O PSIQUIATRA ALDIR BALNC...
quinta-feira, 26 de maio de 2016
ZÉ AREIA...POR DALTON MELO.
Figuras folclóricas da Ribeira (IV)
Uma das figuras mais folclóricas da Ribeira, sem dúvidas, foi Zé Areia. Já falei sobre ele numa destas crônicas, mas lembrei-me de algumas estórias que não posso deixar de passar adiante. Zé Areia vivia do que, naquele tempo, se chamava de “expedientes”. Vendia bilhetes de loteria, fazia rifas, pedia “empréstimos”, e conseguia viver e sobreviver.
Vinha ele puxando um carneiro. Vendia a rifa do animal. Passou em frente à alfaiataria de “seu” Bevenuto, esquina da Dr. Barata com uma daquelas travessas que terminam na Rua Chile. Na porta, Dão, filho do dono, que foi um grande jogador do Santa Cruz. Areia lhe oferece uma rifa do carneiro e recebe como resposta “quero lá rifa desse carneiro, que parece ser veado”. Zé nada disse e continuou no seu “trabalho”. Na volta, ainda na porta da alfaiataria, Dão pergunta: como é nome desse carneiro fresco? Resposta, na bucha: Bevenuto.
Na esquina da Tavares de Lyra com a Dr. Barata, para um papo matinal, se reuniam alguns comerciantes do bairro; Júlio César, José Tinoco, Henrique Santana. Raul Ramalho, João Rodrigues...
Chega Zé Areia, com a rifa de uma sela. Sabendo que José Tinoco éra fazendeiro, oferece a rifa a ele. Tinoco responde, para que diabo eu quero sela, se não sou cavalo? E ele, de imediato: também serve pra burro.
Doutra feita, encontra José Tinoco na rua e pede um “empréstimo”. Tinoco pergunta se ele quer um trabalho. Confirma que sim, entusiasmado. Então passe no meu escritório, daqui a uma hora, que tenho um trabalho para você e que você vai gostar. Na hora aprazada, chega Zé Areia e Tinoco diz: tome essas duplicatas e vá cobrar. Você tem metade do que receber.
Sai com as duplicatas e não deu mais notícias. José Tinoco, dias depois, o encontra na Tavares de Lyra e pergunta: como vão as cobranças? Respostas: os meus 50% já recebi e agora estou batalhando para receber os seus. Pano rápido.
Vinha ele puxando um carneiro. Vendia a rifa do animal. Passou em frente à alfaiataria de “seu” Bevenuto, esquina da Dr. Barata com uma daquelas travessas que terminam na Rua Chile. Na porta, Dão, filho do dono, que foi um grande jogador do Santa Cruz. Areia lhe oferece uma rifa do carneiro e recebe como resposta “quero lá rifa desse carneiro, que parece ser veado”. Zé nada disse e continuou no seu “trabalho”. Na volta, ainda na porta da alfaiataria, Dão pergunta: como é nome desse carneiro fresco? Resposta, na bucha: Bevenuto.
Na esquina da Tavares de Lyra com a Dr. Barata, para um papo matinal, se reuniam alguns comerciantes do bairro; Júlio César, José Tinoco, Henrique Santana. Raul Ramalho, João Rodrigues...
Chega Zé Areia, com a rifa de uma sela. Sabendo que José Tinoco éra fazendeiro, oferece a rifa a ele. Tinoco responde, para que diabo eu quero sela, se não sou cavalo? E ele, de imediato: também serve pra burro.
Doutra feita, encontra José Tinoco na rua e pede um “empréstimo”. Tinoco pergunta se ele quer um trabalho. Confirma que sim, entusiasmado. Então passe no meu escritório, daqui a uma hora, que tenho um trabalho para você e que você vai gostar. Na hora aprazada, chega Zé Areia e Tinoco diz: tome essas duplicatas e vá cobrar. Você tem metade do que receber.
Sai com as duplicatas e não deu mais notícias. José Tinoco, dias depois, o encontra na Tavares de Lyra e pergunta: como vão as cobranças? Respostas: os meus 50% já recebi e agora estou batalhando para receber os seus. Pano rápido.
Eu comigo mesmo...Por BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.
Sou como um rio,
não me repito...
Sou como o mar,
tenho o sal de sempre...
Floresço na chuva,
quando o tempo esfria,
nas enchentes.
Me abro em corolas,
sou pétalas de todas as cores...
No meio das nuvens seu rosto,
seu Cheiro,
quando o sol apascenta...
Na noite seus gritos,
seus desejo invadem meu espírito, ,
a ternura do mundo entre eu, você e o infinito...
na noite profunda, os seus gemidos.
terça-feira, 24 de maio de 2016
Paulo Mendes Campos
Para encerrar semana tão cheia de brumas da incerteza, a palavra certeira de Paulinho Mendes Campos. Mineiro de Belzonte, foi cariocar no Rio, onde ficou. E aprimorou a pena. Com outros mineiros, Fernando Sabino, Hélio Pelegrino, Oto Lara Resende.
Eis trecho do poema Carta a Pero Vaz de Caminha:
“Na praia há que ser feliz,
Mas devagar, como quem diz e não diz,
Pois, em sua divina inclemência,
Nêmesis pune a insolência
E não nos permite
Os desmandos da euforia
(apesar de ser demais a poesia
Celta de Brigite).
Mas devagar, como quem diz e não diz,
Pois, em sua divina inclemência,
Nêmesis pune a insolência
E não nos permite
Os desmandos da euforia
(apesar de ser demais a poesia
Celta de Brigite).
São elas, as belas, belas demais,
Umas menos, outras mais,
Uma parada, Pero Vaz, uma parada,
Em que não nos vai nada –
Mas é doce como se nos fosse”.
Umas menos, outras mais,
Uma parada, Pero Vaz, uma parada,
Em que não nos vai nada –
Mas é doce como se nos fosse”.
domingo, 22 de maio de 2016
O DIA DA MINHA SANTA QUERIDA...MINHA PROTETORA: SANTA RITA DE CÁSSIA....SANTA RITA DOS IMPOSSIVEIS.
Hoje é um dia muito importante para a minha vida...
para a minha família...
o dia de Santa Rita de Cássia...
Não tem papel nem lápis que comporte revelar os milagres que já recebi desta santa querida...
Muito obrigado minha Querida Santa Rita...
Herdei esta devoção da minha mãe, que também a idolatrava...
Realmente minha mãe gozava da sabedoria...
Minha querida Santa Rita dos Impossíveis...continue a me proteger na vida...
Aumentai a minha fé...
Muito obrigado...
Sua imagem tem lugar cativo na minha sala...sua presença é irremovível na minha sala, na minha casa e na minha vida...
Os chaveiros dos meus carros carregam você, mostrando o que guardo dentro de mim...no coração.
CARTA PARA UM AMIGO: FLAMÍNIO D ´OLIVEIRA...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.
MEU GRANDE AMIGO FLAMÍNIO, ENFIM 65 ANOS...
ENFIM, FLORESCEMOS...FRUTIFICAMOS, OLHA O RESULTADO DA NOSSA SAUDOSA JUVENTUDE SADIA....
JÁ HÁ FOLHAS NO NOSSO CORAÇÃO, POSTAS PELO TEMPO...
SENTÍ VONTADE DE RATIFICAR , DE PÚBLICO, A NOSSA ANTIGA E ETERNA AMIZADE...SOBRETUDO DAQUELA RODADA DIÁRIA DE CONVERSAS QUE TÍNHAMOS DIARIAMENTE NA SUA CASA, NA ESQUINA DA RODRIGUES ALVES COM A RUA MAXARANGUAPE, JUNTAMENTE COM SEU PAI, O GRANADE E INTELIGENTE REGINALDO DE FENELON...
COMO REGINALDO ERA ESPIRITUOSO, INTELIGENTE, ENGRAÇADO, E LEVAVA A VIDA COM MUITA FORÇA...
QUANDO EU IA NA SUA CASA, DEPOIS DAQUELE PAPO, REPITO, DIÁRIO, EU ME SENTIA COMO UM TIJUAÇÚ, QUE SUGA A SEIVA DO PINHÃO ROXO, PARA VOLTAR A BRIGAR COM A COBRA...VOLTAR PARA A SUA LIDA...
QUE TEMPO ABENÇOADO...SAUDOSO...ÚTIL...PEDAGÓGICO...
EU PRECISEI DE VOCES PARA VENCER NA VIDA...
HOJE, PELA FORÇA DOAS AFAZERES, RESPONSABILIDADES,CAMINHOS, ESTAMOS DISTANTES, VENDO A VIDA EM ARQUIBANCADAS DIFERENTES, MAS CONTINUAMOS UNIDOS EM ESPÍRITOS, EM BOAS LEMBRANÇAS, EM ENTENDIMENTO:
VOCÊ É UM AMIGO CUJA EXISTENCIA ME DÁ PRAZER...
VOCE É UM AMIGO QUE NUNCA ME DECEPCIONOU...
SEU OUTRO NOME É VERDADE...SINCERIDADE...
ENFIM, FLORESCEMOS...FRUTIFICAMOS, OLHA O RESULTADO DA NOSSA SAUDOSA JUVENTUDE SADIA....
JÁ HÁ FOLHAS NO NOSSO CORAÇÃO, POSTAS PELO TEMPO...
SENTÍ VONTADE DE RATIFICAR , DE PÚBLICO, A NOSSA ANTIGA E ETERNA AMIZADE...SOBRETUDO DAQUELA RODADA DIÁRIA DE CONVERSAS QUE TÍNHAMOS DIARIAMENTE NA SUA CASA, NA ESQUINA DA RODRIGUES ALVES COM A RUA MAXARANGUAPE, JUNTAMENTE COM SEU PAI, O GRANADE E INTELIGENTE REGINALDO DE FENELON...
COMO REGINALDO ERA ESPIRITUOSO, INTELIGENTE, ENGRAÇADO, E LEVAVA A VIDA COM MUITA FORÇA...
QUANDO EU IA NA SUA CASA, DEPOIS DAQUELE PAPO, REPITO, DIÁRIO, EU ME SENTIA COMO UM TIJUAÇÚ, QUE SUGA A SEIVA DO PINHÃO ROXO, PARA VOLTAR A BRIGAR COM A COBRA...VOLTAR PARA A SUA LIDA...
QUE TEMPO ABENÇOADO...SAUDOSO...ÚTIL...PEDAGÓGICO...
EU PRECISEI DE VOCES PARA VENCER NA VIDA...
HOJE, PELA FORÇA DOAS AFAZERES, RESPONSABILIDADES,CAMINHOS, ESTAMOS DISTANTES, VENDO A VIDA EM ARQUIBANCADAS DIFERENTES, MAS CONTINUAMOS UNIDOS EM ESPÍRITOS, EM BOAS LEMBRANÇAS, EM ENTENDIMENTO:
VOCÊ É UM AMIGO CUJA EXISTENCIA ME DÁ PRAZER...
VOCE É UM AMIGO QUE NUNCA ME DECEPCIONOU...
SEU OUTRO NOME É VERDADE...SINCERIDADE...
RECEBA AFETUOSO ABRAÇO DE PARABÉNS...MUITAS GRAÇAS...MUITAS FELICIDADES...
PRECISAMOS NOS ENCONTRAR...DEIXAR O COPO VAZIO, E ALIVIAR ESTA ANGÚSTIA QUE SUJA OS HOMENS.
PRECISAMOS NOS ENCONTRAR...DEIXAR O COPO VAZIO, E ALIVIAR ESTA ANGÚSTIA QUE SUJA OS HOMENS.
A CONSIDERAÇÃO E O RESPEITO DO SEU AMIGO DE INFÃNCIA...
BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.
sexta-feira, 20 de maio de 2016
DA JÚLIA...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL...
ESTA TERRA NÃO É MINHA,
MAS É A TERRA QUE EU HABITO,
SOU ALTO COMO UM COQUEIRO,
E MAGRO COMO UM PALITO...
FOI ESTE VERSO, QUE O PADRE NORMANDO DELGADO PUBLICOU NUM FOLHETO, NA FESTA DE FIM DE ANO, NA BARRACA, EM NOVA CRUZ, PARA IDENTIFICAR UM AMIGO...ERA UMA ESPÉCIE DE ADVINHA QUEM É...NORMANDO NÃO ERA AINDA NEM PADRE, ERA UM CABRA NAMORADOR...
O TEXTO SE REFERIA A JÚLIO DANTAS, O NOSSO QUERIDO JULINHO, QUE NUNCA MAIS EU VI, E SEI QUE MORA NA POTILÃNDIA...
JULINHO ERA ENGRAÇADO, ESPIRITUOSO,TINHA UMAS TIRADAS BOAS, PRÓPRIA DE MENTES INTELIGENTES...
O APELIDO , DA JÚLIA, FOI COLOCADO POR SEU TENÓRIO, SEU AMIGO ÍNTIMO, PARA O QUAL ELE RESOLVIA OS PROBLEMAS... ERA O GERENTE DO BANCO DO BRASIL, Á ÉPOCA, EM NOVA CRUZ...
JULINHO EMPRESTAVA DINHEIRO AOS PREFEITOS...ERA AGIOTA...CERTA VEZ FALANDO EU DAS BONANÇAS DESTA PROFISSÃO ELE ME ALERTOU:
É ÓTIMO EMPRESTAR DINHEIRO A JUROS...MAS, NÃO É PARA TODO MUNDO...VOCÊ, POR EXEMPLO, SE EMPRESTAR NÃO RECEBE...É PRECISO TER UM PERFIL SUIGÊNERIS...COMPREENDÍ O MISTÉRIO...
CERTA VEZ ME FALOU: ADORO A RUA DO SAPO...ME SINTO BEM NO SAPO...
O SAPO É O CABARÉ DE NOVA CRUZ...AS RUAS COM PAIXÕES SEM AMANHÃ...
DIARIAMENTE, SE SENTAVA PARA BATER PAPO, NA CALÇADA DA LOJA DE SEU HERÁCLITO, UMA TURMA DE SETENTÃO...ERA UM PAPO QUE IA DAS 14H AS 18H...TODOS SENTADOS EM TAMBORETES DE IMBUIA:SEU HERÁCLITO,SEU INÁCIO BARBOSA, COM A SUA CAMISA DE LINHO, MANGAS COMPRIDAS,SEU QUEIROZ, QUE FAZIA E VENDIA QUEIJO DE MANTEIGA,E SEU ZACARIAS, SOGRO DE SEU HELANO DO BAR...O SOGRO DE SEU HELANO USAVA UM CHAPÉU, TIPO BONÉ, FEITO COM UM COURO CABELUDO, DE MAMÍFERO, EU CRIANÇA, JÁ ACHAVA BONITO E AS VEZES PEDIA PARA PEGAR NO CHAPÉU...CHAPÉU MACIO,BEM FEITO, AVELUDADO...O VELHO ZACARIAS, PARA ME AGRADAR, COLOCAVA O CHAPÉU NA MINHA CABEÇA DE CRIANÇA...EU FICAVA ANCHO...
FAZIA PARTE DA RODA, TAMBÉM ZÉ LIMA, O MARIDO DE CEMA, COM SUA CAMISA DE VOLTA AO MUNDO, UM TECIDO QUE FEZ SUCESSO...
UM DIA, EU ESTAVA NO COMÉRCIO DO MEU PAI, E DA JÚLIA PASSOU E DISSE:
NÃO VOU NEM PASSAR NA CALÇADA DE SEU HERÁCLITO...
EU PERGUNTEI POR QUE?
JULINHO RESPONDEU:
POR QUE TEM UM TAMBORETE VAZIO, E VÃO MANDAR EU ME SENTAR...E A COISA QUE EU TENHO MAIS MEDO NA VIDA É FICAR IMPOTENTE...EU NÃO SENTO NUM TAMBORETE DAQUELE NEM ME PAGANDO...A RISADA FOI GERAL...RIO QUEM ESCUTOU A HISTÓRIA...RIO DÉZIO, O SAPATEIRO,CHICO BACURAU, O CABECEIRO E TODA AQUELA GENTE QUE CONVERSAVA NA NOSSA ESQUINA, NO TEMPO QUE A MALDADE AINDA NÃO TINHA NASCIDO.
MAS NÃO POSSO FALAR EM SEU HELANO SEM FALAR NO CIGARRO HILTON...
UM SENHOR ENTROU NO BAR DO SEU HELANO E PERGUNTOU:
O SENHOR VENDE CIGARROS RILTON...O DONO DO BAR RESPONDEU:
AQUI NÃO TEM, COM A SUA CARA FECHADA E COM SEU GIGANTE BIGODE...
O FREGUÊS RETRUCOU:
TEM SIM, QUE EU ESTOU VENDO NA PRATELEIRA E APONTOU...
O DONO DO BAR RESPONDEU:
SE ISTO FOSSE CIGARRO RILTON O MEU NOME ERA RELANO.
NA ÉPOCA DESTAS HISTÓRIAS, MICHELINE RESPONDIA NO PROGRAMA DE TELEVISÃO DE JOTA SILVESTRE, SOBRE O EGITO...AÍ NASCEU A FILHA DE DA JÚLIA, E ELE DIZIA:
ESTA MENINA VAI TER QUE ESTUDAR MUITO PARA QUANDO CRESCER, IR PRA ESTE PROGRAMA RESPONDER SOBRE ARARUNA PB, A TERRA DA FAMÍLIA DELA.
FIZ QUESTÃO DE REGISTRAR ESTAS LEMBRANÇAS...ALGUMAS DA CRIANÇA JÁ OUTRAS DO DOUTOR, MAS SABENDO QUE NINGUÉM VOLTA AO QUE ACABOU...
ENQUANTO ISSO, VOU CAMINHANDO EM DIREÇÃO A MIN HA PRÓXIMA INFÃNCIA, QUE DEVERÁ GRITAR NO MEU OUVIDO:
EU QUERO A MINHA CIDADE...
EU QUERO AS RAIVAS DE AVELINA...
EU QUERO O DOCE GELÊ, DE TABULEIRO, DE SEU ALFREDO, QUE NÃO FALAVA GELÉIA...
EU QUERO O PÃO DE SEDA QUE LUIZ JANUÁRIO INVENTOU...
EU QUERO O PREGÃO DE SEU ANÍSIO ANUNCIANDO O PÃO QUENTINHO, COM O SEU BAÚ DE LATA NAS COSTAS...
EU QUERO AQUELE TEMPO, ONDE NINGUÉM TINHA MORRIDO...NEM EU.
EU VEJO-ME E ESTOU SEM MIM, CONHEÇO-ME MAS NÃO SOU EU.
SALVE O DIA DO DEFENSOR PÚBLICO...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL...19 DE MAIO
Dra. Brena Miranda Bezerra, minha primogênita e filha única...
Defensora pública do RN.
tem a capacidade de enfrentar Gigantes,pois tem Fé...
O QUE DIFERENCIA O DEFENSOR PÚBLICO É ESTA VONTADE INTRÍSSECA , INTERIOR, DE VIR A SER O PERDÃO...MAIS RARA NOS OUTROS ENTES DA JUSTIÇA...
AOS DEFENSORES PÚBLICOS , NO SEU DIA:
A INTERVENÇAÕ EFICIENTE DE JESUS NO APEDREJAMENTO DE MARIA MADALENA, FOI O MAIOR EXEMPLO DE UM DEFENSOR DO POVO...É ESTE SENTIMENTO QUE DEVE DAR-LHES A FORÇA DE CADA DIA...NECESSÁRIA, EXAUSTIVA...FUSTIGANTE...DE MUITO ESTRESSES E , AS VEZES, INCOMPREENSÕES.
TORNO A REPETIR ESTA VERDADE INEXORÁVEL E EXEMPLAR:
A INTERVENÇAÕ EFICIENTE DE JESUS NO APEDREJAMENTO DE MARIA MADALENA, FOI O MAIOR EXEMPLO DE UM DEFENSOR DO POVO...É ESTE SENTIMENTO QUE DEVE DAR-LHES A FORÇA DE CADA DIA...NECESSÁRIA, EXAUSTIVA...FUSTIGANTE...DE MUITO ESTRESSES E , AS VEZES, INCOMPREENSÕES.
SER DEFENSOR PÚBLICO É SER A PARTE DA JUSTIÇA MAIS PRÓXIMA DE DEUS...DEUS É O MAIOR DEFENSOR DOS POBRES...É O MAIOR DEFENSOR PÚBLICO E PRIVADO...
É DE ONDE EMANA TODA A JUSTIÇA DA VIDA...
A JUSTIÇA PLENA...TRANSPARENTE...CRISTALINA, QUE SÓ PROCEDE DE DEUS...
DEUS É ESSENCIALMENTE A SUA GÊNESIS.
QUANTAS VEZES DEVEMOS PERDOAR ?
RESPOSTA DE JESUS CRISTO:
SETENTA VEZES SETE...
É UMA RESPOSTA QUE SOA COMO SEMPRE...INFINITAMENTE...
quarta-feira, 18 de maio de 2016
UMA PÉROLA QUE MINHA MÃE REPETIA NA NOSSA INFÃNCIA PARA ORIENTAR NOSSA EDUCAÇÃO: A CONCEIÇÃO DE MURILO...
A Conceição de Murillo
A CONCEIÇÃO DE MURILLO
Dom Augusto Álvares da Silva
Já não era criança
Um emaranhado de fios
Grisalhava-lhe a fronte
Cismadora e rude,
Onde uns olhos profundos,
Tépidos, sombrios,
Punham tom de mistérios,
Indícios de virtude!
Desde muito era visto
Andar pelas esquinas,
A olhar curiosamente
A turba circunstante,
E até fazer parar
Moças e meninas
Pra mirar-lhes de perto
As linhas do semblante!
Teria enlouquecido?
O rei crente e piedoso
Ordenara-lhe um dia
Desse execução
Ao seu desejo ardente.
Um quadro primoroso
A cópia mais fiel
Da Imaculada Conceição!
Por isso é que ele andava
Inquieto, apreensivo,
Fitando a todo o mundo,
Olhando a toda gente,
Pra ver se achava enfim
Caracterizada e vivo
Modelo ideal
Que brinca-lhe na mente!
Esta? Não serve.
Aquela? Causa pena vê-lo
A angústia em que se agita
Sua alma torturada,
Por não achar nenhures
pálido modelo.
Que possa traduzir
Esta alma imaculada!
Junto às prisões do estado,
Em pedra humana e fria,
das ruas de Madrid,
O sol ia já posto.
Uma pobre menina,
Em prantos, escondia,
na noite do seu véu
a aurora do seu rosto!
Murilo aproximou-se
Delicadamente:
Por que choras assim?
Levanta-te, sê forte!
Ela volveu-lhe o rosto,
E disse simplesmente:
Meu pai está preso ali
Está condenado à morte!
Ao contemplar desnuda
a fronte peregrina,
Artista, ele estaca,
E arrebatado vai
Tomando-a pela mão
Dizendo-lhe: menina, vem comigo,
E eu livrarei teu pai!
Meu pai, senhor, é mouro,
E o rei que nos persegue
É bárbaro, é cruel,
apesar de ser cristão.
Dos nossos, nem um só
Que foi-lhe entregue
Senão para morrer
Saiu desta prisão!
Menina, vem comigo,
E eu juro: a liberdade
Será dada a teu pai,
Herege ou criminoso.
O rei que dizes mau
E afeito a crueldade,
Tem o sangue espanhol
Ardente e generoso!
Vem! Vamos daqui!
Partamo-nos depressa
Que teu pai será livre!
Esta esperança é um fato!
Porque o rei cumprirá
Fiel sua promessa
De dar-me o que eu pedir,
Em troca de um retrato!
Sim, O REI prometeu
Se eu lhe pintasse a gosto
A Conceição sem mandra
Espórtula avultada.
E, criança, tu tens
Nos traços do teu rosto,
Os traços mais fiéis
De uma alma imaculada!
Anda! pois, e ela foi...
O artista satisfeito
Tem-na diante de si.
A vasta cabeleira em ondas
Soltas, o olhar fitando o céu,
As mãos em cruz no peito,
E aos poucos murmurando:
Então, meu pai não volta?
Quando tudo acabou,
Nervosamente ufano
Tomou-a pela mão
E alteando a voz lhe disse:
Agora, vem comigo.
Ouviste? O soberano
Prometeu pagar-me
O preço que eu pedisse.
Quando chegaram lá,
Era o palácio em festa.
Clero, nobreza e povo,
A fina flor da Espanha
A uma mera exposição
de um quadro novo.
Empresta a rodo ali
Solenidade estranha!
Ia-se inaugurar
A Virgem de Murilo,
Quando um oh de repente
Em meio à sala estoura!
Estava junto ao pintor
Impávido, tranquilo,
Inquieta e perturbada
A pobrezinha moura!
Nisto ergue-se a cortina
E esplêndido aparece
O retrato fiel
Da moura ali presente.
O olhar fitando o céu
Mimosa boca em prece,
Onde brinca um sorriso
Ingênuo, inocente!
Ao correr da cortina
A sala estruge em palmas!
E os olhares se vão da moura à tela.
O rei ao pintor genial
Que assim retrata as almas.
Pede-me quanto quiseres,
Diz, que eu te darei!
Senhor! Se meu trabalho algum valor alcança.
Se m’o quereis pagar,
Murilo principia.
Então dai liberdade
Ao pai desta criança,
Em honra da beleza
E em honra de Maria!
E as duas portas férreas
Da prisão do estado
Abriram-se par em par.
E da prisão sombria
Viu-se sair liberto
um condenado,
louvando a Conceição
sem manchas de Maria!
MURILLO
Andar pelas esquinas,
A olhar curiosamente
A turba circunstante,
E até fazer parar
Moças e meninas
Pra mirar-lhes de perto
As linhas do semblante!
Teria enlouquecido?
O rei crente e piedoso
Ordenara-lhe um dia
Desse execução
Ao seu desejo ardente.
Um quadro primoroso
A cópia mais fiel
Da Imaculada Conceição!
Por isso é que ele andava
Inquieto, apreensivo,
Fitando a todo o mundo,
Olhando a toda gente,
Pra ver se achava enfim
Caracterizada e vivo
Modelo ideal
Que brinca-lhe na mente!
Esta? Não serve.
Aquela? Causa pena vê-lo
A angústia em que se agita
Sua alma torturada,
Por não achar nenhures
pálido modelo.
Que possa traduzir
Esta alma imaculada!
Junto às prisões do estado,
Em pedra humana e fria,
das ruas de Madrid,
O sol ia já posto.
Uma pobre menina,
Em prantos, escondia,
na noite do seu véu
a aurora do seu rosto!
Murilo aproximou-se
Delicadamente:
Por que choras assim?
Levanta-te, sê forte!
Ela volveu-lhe o rosto,
E disse simplesmente:
Meu pai está preso ali
Está condenado à morte!
Ao contemplar desnuda
a fronte peregrina,
Artista, ele estaca,
E arrebatado vai
Tomando-a pela mão
Dizendo-lhe: menina, vem comigo,
E eu livrarei teu pai!
Meu pai, senhor, é mouro,
E o rei que nos persegue
É bárbaro, é cruel,
apesar de ser cristão.
Dos nossos, nem um só
Que foi-lhe entregue
Senão para morrer
Saiu desta prisão!
Menina, vem comigo,
E eu juro: a liberdade
Será dada a teu pai,
Herege ou criminoso.
O rei que dizes mau
E afeito a crueldade,
Tem o sangue espanhol
Ardente e generoso!
Vem! Vamos daqui!
Partamo-nos depressa
Que teu pai será livre!
Esta esperança é um fato!
Porque o rei cumprirá
Fiel sua promessa
De dar-me o que eu pedir,
Em troca de um retrato!
Sim, O REI prometeu
Se eu lhe pintasse a gosto
A Conceição sem mandra
Espórtula avultada.
E, criança, tu tens
Nos traços do teu rosto,
Os traços mais fiéis
De uma alma imaculada!
Anda! pois, e ela foi...
O artista satisfeito
Tem-na diante de si.
A vasta cabeleira em ondas
Soltas, o olhar fitando o céu,
As mãos em cruz no peito,
E aos poucos murmurando:
Então, meu pai não volta?
Quando tudo acabou,
Nervosamente ufano
Tomou-a pela mão
E alteando a voz lhe disse:
Agora, vem comigo.
Ouviste? O soberano
Prometeu pagar-me
O preço que eu pedisse.
Quando chegaram lá,
Era o palácio em festa.
Clero, nobreza e povo,
A fina flor da Espanha
A uma mera exposição
de um quadro novo.
Empresta a rodo ali
Solenidade estranha!
Ia-se inaugurar
A Virgem de Murilo,
Quando um oh de repente
Em meio à sala estoura!
Estava junto ao pintor
Impávido, tranquilo,
Inquieta e perturbada
A pobrezinha moura!
Nisto ergue-se a cortina
E esplêndido aparece
O retrato fiel
Da moura ali presente.
O olhar fitando o céu
Mimosa boca em prece,
Onde brinca um sorriso
Ingênuo, inocente!
Ao correr da cortina
A sala estruge em palmas!
E os olhares se vão da moura à tela.
O rei ao pintor genial
Que assim retrata as almas.
Pede-me quanto quiseres,
Diz, que eu te darei!
Senhor! Se meu trabalho algum valor alcança.
Se m’o quereis pagar,
Murilo principia.
Então dai liberdade
Ao pai desta criança,
Em honra da beleza
E em honra de Maria!
E as duas portas férreas
Da prisão do estado
Abriram-se par em par.
E da prisão sombria
Viu-se sair liberto
um condenado,
louvando a Conceição
sem manchas de Maria!
MURILLO
Bartolomé Esteban Perez Murillo (Sevilha, 31 de dezembro de 1617 — Cádis, 3 de abril de 1682) foi um célebre pintor barroco espanhol. Figura ao lado de outros grandes pintores como Caravaggio, Rubens, Rembrand, Vermeer e Zurbaran.
Figura central da escola de pintura de Sevilha, Murillo teve vários discípulos e seguidores de seu estilo, levando sua influência até o século XVIII. Foi também o pintor espanhol mais conhecido e apreciado fora de seu país, no mesmo período.
Murillo foi o mais novo filho de uma família de 14 irmãos. Seu pai, Gaspar Esteban, era um próspero barbeiro, também cirurgião e dono de alguns imóveis, que, posteriormente, tornaram-se fontes de rendas para o pintor. Sua mãe, María Pérez Murillo, era de uma família de ourives e de pintores. Bartolomé acabou adotando o sobrenome da mãe em seu nome.
Seu pai morreu em 1627 e a sua mãe, poucos meses mais tarde. Murillo tinha pouco mais de nove anos. Ficou, então, aos cuidados da sua irmã Ana, que era casada com um barbeiro, de nome Juan Agustín de Lagares.
Murillo é o pintor que melhor define o barroco espanhol. Discípulo do pintor Juan del Castillo, parente de sua mãe, Murillo recebeu sua influência.
Em 1645, Murillo pintou treze quadros para o Convento de São Francisco, em Sevilha, onde se poderia notar, agora, a influência de Van Dyck, Ticiano e Rubens. O sucesso desse trabalho o projetou, ainda mais, no meio dos grandes pintores, atraindo novas encomendas.
No mesmo ano, casou-se com Beatriz Cabrera y Villalobos, com quem teve nove filhos. Na peste de 1649, que assolou a cidade de Sevilha, quatro de seus filhos morreram.
Em 1660, Murillo fundou a Academia de Desenho de Sevilha, em parceria com Francisco de Herrera el Mozo. Em 1658, Murillo foi para Madrid, onde conheceu os pintores Diego Velázquez, Francisco de Zurbarán e Alonso Cano. Lá, também, conheceu a pintura flamenga e veneziana.
Alguns meses depois, voltou para sua terra natal. Seu reconhecimento aumentava, assim como as encomendas, permitindo-lhe ter uma vida tranquila com sua família. Também contribuíam para isso as propriedades deixadas por seus pais, como herança.
Em 1663, a sua mulher, Beatriz, morreu de parto.
O período mais fecundo de Murillo se inicia em 1665, quando ele pintou “O sonho de Patrício” e
“Patrício relatando o sonho para o Papa” para a Igreja de Santa Maria Blanca. Foi nessa época
que fez a decoração do templo do Hospital da Caridade de Sevilha, o que o levou a ser conhecido
em todo o país, principalmente na corte madrilenha. O próprio rei Carlos II convidou o pintor para
residir em Madri, convite que ele recusou, alegando idade avançada.
Em 1681, ele iniciou o seu último trabalho na Igreja Santa Catarina de Cádiz. Quando trabalhava
num andaime mais alto, sofreu uma queda e veio a falecer três meses mais tarde, no dia 3 de abril
de 1682.
Segundo seu biógrafo, ele foi enterrado na Igreja da Santa Cruz, posteriormente destruída durante
a ocupação dos franceses em 1811.
Em sua honra, os populares fizeram um enorme funeral. Para se ter ideia da sua fama, o seu caixão foi carregado por dois marqueses e quatro cavaleiros. Mesmo hoje, na atualidade, Murillo continua a ser muito conhecido.
Pintura - Imaculada Conceição do Escorial (1678), de Bartolomé Esteban Murillo. De profundo sentimento religioso, esta representação da Madona no reino dos céus foi encomendada para o Hospital de los Venerables Sacerdotes de Sevilha. A obra pode ser vista no Museu do Prado, em Madri, na Espanha.
Figura central da escola de pintura de Sevilha, Murillo teve vários discípulos e seguidores de seu estilo, levando sua influência até o século XVIII. Foi também o pintor espanhol mais conhecido e apreciado fora de seu país, no mesmo período.
Murillo foi o mais novo filho de uma família de 14 irmãos. Seu pai, Gaspar Esteban, era um próspero barbeiro, também cirurgião e dono de alguns imóveis, que, posteriormente, tornaram-se fontes de rendas para o pintor. Sua mãe, María Pérez Murillo, era de uma família de ourives e de pintores. Bartolomé acabou adotando o sobrenome da mãe em seu nome.
Seu pai morreu em 1627 e a sua mãe, poucos meses mais tarde. Murillo tinha pouco mais de nove anos. Ficou, então, aos cuidados da sua irmã Ana, que era casada com um barbeiro, de nome Juan Agustín de Lagares.
Murillo é o pintor que melhor define o barroco espanhol. Discípulo do pintor Juan del Castillo, parente de sua mãe, Murillo recebeu sua influência.
Em 1645, Murillo pintou treze quadros para o Convento de São Francisco, em Sevilha, onde se poderia notar, agora, a influência de Van Dyck, Ticiano e Rubens. O sucesso desse trabalho o projetou, ainda mais, no meio dos grandes pintores, atraindo novas encomendas.
No mesmo ano, casou-se com Beatriz Cabrera y Villalobos, com quem teve nove filhos. Na peste de 1649, que assolou a cidade de Sevilha, quatro de seus filhos morreram.
Em 1660, Murillo fundou a Academia de Desenho de Sevilha, em parceria com Francisco de Herrera el Mozo. Em 1658, Murillo foi para Madrid, onde conheceu os pintores Diego Velázquez, Francisco de Zurbarán e Alonso Cano. Lá, também, conheceu a pintura flamenga e veneziana.
Alguns meses depois, voltou para sua terra natal. Seu reconhecimento aumentava, assim como as encomendas, permitindo-lhe ter uma vida tranquila com sua família. Também contribuíam para isso as propriedades deixadas por seus pais, como herança.
Em 1663, a sua mulher, Beatriz, morreu de parto.
O período mais fecundo de Murillo se inicia em 1665, quando ele pintou “O sonho de Patrício” e
“Patrício relatando o sonho para o Papa” para a Igreja de Santa Maria Blanca. Foi nessa época
que fez a decoração do templo do Hospital da Caridade de Sevilha, o que o levou a ser conhecido
em todo o país, principalmente na corte madrilenha. O próprio rei Carlos II convidou o pintor para
residir em Madri, convite que ele recusou, alegando idade avançada.
Em 1681, ele iniciou o seu último trabalho na Igreja Santa Catarina de Cádiz. Quando trabalhava
num andaime mais alto, sofreu uma queda e veio a falecer três meses mais tarde, no dia 3 de abril
de 1682.
Segundo seu biógrafo, ele foi enterrado na Igreja da Santa Cruz, posteriormente destruída durante
a ocupação dos franceses em 1811.
Em sua honra, os populares fizeram um enorme funeral. Para se ter ideia da sua fama, o seu caixão foi carregado por dois marqueses e quatro cavaleiros. Mesmo hoje, na atualidade, Murillo continua a ser muito conhecido.
Pintura - Imaculada Conceição do Escorial (1678), de Bartolomé Esteban Murillo. De profundo sentimento religioso, esta representação da Madona no reino dos céus foi encomendada para o Hospital de los Venerables Sacerdotes de Sevilha. A obra pode ser vista no Museu do Prado, em Madri, na Espanha.
Colaboração de Violante Pimentel
terça-feira, 17 de maio de 2016
NERUDA...
o poeta da Ilha Negra, chileno universal, Pablo Neruda. Um pedaço de delicadeza, um trecho de seu soneto XCIX:
“Outros dias virão, será entendido
O silêncio de plantas e planetas
E quantas coisas puras passarão !
Terão cheiro de lua os violinos !
O silêncio de plantas e planetas
E quantas coisas puras passarão !
Terão cheiro de lua os violinos !
O pão será talvez como tu és;
Terá tua voz, tua condição de trigo,
E falarão outras coisas com tua voz;
Os cavalos perdidos do outono.”
Terá tua voz, tua condição de trigo,
E falarão outras coisas com tua voz;
Os cavalos perdidos do outono.”
CASSIMIRO DE ABREU...
SAUDADES – Cassimiro de Abreu
Nas horas mortas da noite
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar!
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar!
Nessas horas de silêncio,
De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário
Que nos enche de pavor.
De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário
Que nos enche de pavor.
Então – proscrito e sozinho –
Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra.
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra.
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
– Saudades – dos meus amores,
– Saudades – da minha terra!
segunda-feira, 16 de maio de 2016
SOBRE MEU BISAVÔ: ARSENIO CELESTINO PIMENTEL...O GUERRILHEIRO DE MARIA DA FONTE.
UM DECRETO DA PRINCESA ISABEL....POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.
PARA A HISTORIA DO RIO GRANDE DO NORTE: 1877.
LOCALIZAMOS UM DECRETO DA PRINCESA ISABEL, QUE AUTORIZA O NOSSO BISAVÔ,ARSÊNIO CELESTINO PIMENTEL, O PAI DO PROFESSOR CELESTINO PIMENTEL,A PRODUZIR UMA MÁQUINA HIDRÁULICA, SE SUA FABRICAÇÃO, POR UM PERÍODO DE OITO ANOS...
ARSÊNIO CELESTINO PIMENTEL, O GUERRILHEIRO DE MARIA DA FONTE, TERMINOLOGIA USADA POR LUIZ DA CÃMARA CASCUDO,
NO LIVRO DAS VELHAS FIGURAS,
QUANDO SE INDISPÔS COM DONA MARIA I, A LOUCA, VEIO PARA O BRASIL E FOI MORAR NA MARGEM DO RIO POTENGÍ...
ERA UM GÊNIO, UM REVOLUCIONÁRIO, COM O CORPO CHEIO DE CICATRIZES DE BATALHAS POLÍTICAS, REVOLUÇÕES...
O GOVERNO LHE DOOU A MARGEM ESQUERDA DO RIO POTENGÍ...
ELE EXPLORAVA A AGRICULTURA E PECUÁRIA...
FAZIA CONSULTAS MÉDICAS,POIS TINHA CURSADO EM PORTUGAL ATÉ O QUARTO ANO DE MEDICINA...
TAMBÉM DAVA AULA DE PIANO...
LENDO A TESE DE CLÁUDIO PINTO GALVÃO, SOBRE HISTÓRIA DA MÚSICA DO RN, ELE FAZ CITAÇÕES A ARSÊNIO CELESTINO PIMENTEL , COMO AUTOR DA PRIMEIRA VALSA COMPOSTA NO ESTADO...LA PRA FRENTE CITA: as vezes, durante as festas, surgia a figura difícil de ARSÊNIO CELESTINO PIMENTEL, QUE SENTAVA NO PIANO E DAVA O SEU SHOW...
ARSENIO CELESTINO PIMENTEL,CORONEL DO EXÉRCITO PORTUGUÊS,O FIDALGO DA QUINTA DOS TRES BICOS,NOS ALGARVES EM PORTUGAL , ESTÁ SEPULTADO NA FAZENDA MORORÓ EM LAGES,RN... que hoje fica em Pedra Preta.
Foi o autor da primeira valsa composta no RN.
domingo, 15 de maio de 2016
PROCURANDO ROSAS LA FRANCE...UMA CRÔNICA DE BERNARDO CELESTINO PIMENTEL
MEUS DESEJOS SÃO SIMPLES...
A ESTA ALTURA DE VIDA, SÓ QUERIA TER UM JARDIM QUE ESBANJASSE ROSAS LA FRANCE...
PRECISO DE ROSAS...SÃO CICATRIZANTES DA ALMA...DO EU PROFUNDO...IMPULSIONA POR VIA INTRA VENOSA A BEZEZA INQUESTIONÃVEO DA NATUREA...
AI QUEM MEDERA UM PE´DE ROSAS LA FRANCE...CUJA COR É A DO PORVIR...
CUJA CERTEZA É A ESPERANÇA...
CUJA CERTEZA É DE UM GRANDE AMOR...
É UM ELIXIR PARA ADOÇAR O PEITO DE UM POETA...
TENHO CULTIVADO UM PÉ DE ROSA LA FRANCE...MAS ELE É DEVAGAR...ELE NÃO CRESCE...NÃO VIÇA...NÃO ME DÁ A RESPOSTA QUE A MINHA ALMA ESPERA...
EU QUERO AS ROSAS LA FRANCES DO JARDIM DE NOEME AB DON EM NOVA CRUZ, VIZINHO AO USINA DE ALGODÃO...QUE ELA FAZIA A PODA COMO OS SEU PRÓPRIOS DEDOS, SANGRANTES,ENFRENTAVA OS ESPINHOS...SUA ROSAS ERAM PROEMINENTES...TINHA UM CHEIRO SUIGENERES...SENTIDO EM TODA A RUA DO GRUPO...O PRÓPRIO JARDIM JÁ ERA COR DE ROSAS, E DE UM ODOR QUE NUNCA MAIS SENTI...
PROCURO MUDAS DE ROSAS LA FRANCES...COMPRO...ADORO QUEM ME ARRANJAR, POR QUE ELAS SÃO RARAS HOJE...
A RUA BARÃO DO RIO BRANCO EM NOVA CRUZ ERA DIVIDIDA EM DOIS ODORES: DO ADIVINHÃO PARA CIMA, ERA O CHEIRO DAS ANGÉLICAS DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DO CARMO...DO ADIVINHÃO PARA BAIXO ERA O CHEIRO DAS ROSAS LA FRANCES DE DONA NOEMI ABDOME, QUE VEIO SER MINHA SOGRA...
NÃO SEI QUE MISTÉRIO É ESTE, UM HOMEM DE 61 ANOS, PASSADO NA CASCA, QUE VIVEU A VIDA INTENSAMENTE, É UM HOMEM CARENTE DE ROSAS LA FRANCES...
SERÁ QUE É ILUSÃO?
SERÁ QUE É POESIA?
SERÁ QUE EÉ A NECESSIDADE DE UNIR AS DUAS PONTAS DA VIDA: O MENINO QUE EU FUI,COM O MENINO QUE EU CARREGO ATRÁS DESTES ÓCULOS...
POR QUE ESTE TROPISMO INTENSO PELAS FLORES...
PELO QUE FLORESCE?
ESTE BEM QUERER IMENSO, PELAS BELEZA QUE SÓ QUEM FAZ É DEUS...?
AOS AMIGOS ÍNTIMOS EU REPITO OS PREGÕES MATINAIS DOS HOMENS DO POVO DE NOVA CRUZ,QUANDO EXISTIAM OS TRENS, OS GALOS , AS NOITES , OS QUINTAIS , AS SERENATAS, E COMO SEMPRE:OS APELOS DOLORIDOS DE QUEM PEDE...DE QUEM SUPLICA..DE QUEM A GENTE NEM PERCEBE POR QUE SÃO QUASE NADA:
ME CONSIGA MINHA AMIGA A ESMOLINHA DO FREI SERAFIM...
QUERO UMA ROSA LA FRANÇA,
PARA SE APOSSAR DE MIM...DIZ A LENDA QUE , QUANDO A DOAÇÃO FALHA, O BRAÇO ENTORTA E FICA ASSIM...ASIM...
NÃO ME NEGUE A SANTA ESMOLA,POIS NÃO SE COMPRA COM DINHEIRO,
PERSIGO UM ROSEIRAL COR DE ROSA, DESDE OS TEMPOS DOS CRUEIROS...
ENTRE O CÉU E A TERRA EXITEM MAIS MISTÉRIOS DO QUE SUPÕE A NOSSA VÃ FILOSOFIA...
EU SÓ DESEJO ROSAS LA FRANCES E FILHOTES DE TODOS OS CACHORROS DO MUNDO...
EU GOSTO...EU ADORO...FAZ PARTE DO PERSONAGEM QUE EU CRIEI, PARA TORNAR O MUNDO MENOS SALGADO E AZEDO.
POETAS DO MUNDO...
Jorge Luis Borges
Fechemos a semana brasileira com trecho de poema de um argentino. Que soube percorrer o findar com recomeçar. Que foi luminoso na escuridão. Viu estrelas nas trevas. Na recusa magnífica de não enxergar.
Como em Elogio da Sombra:
“A velhice (tal é o nome que os outros lhe dão)
pode ser o tempo de nossa felicidade.
O animal morreu ou quase morreu.
Restam o homem e sua alma.
Vivo entre formas luminosas e vagas
que não são ainda a escuridão.
Buenos Aires,
que antes se espalhava em subúrbios
em direção à planície incessante,
voltou a ser La Recoleta, o Retiro,
as imprecisas ruas do Once
e as precárias casas velhas
que ainda chamamos o Sul.
Sempre em minha vida foram demasiadas as coisas;
Demócrito de Abdera arrancou os próprios olhos para pensar;
o tempo foi meu Demócrito.
Esta penumbra é lenta e não dói;
flui por um manso declive
e se parece à eternidade.
Meus amigos não têm rosto,
as mulheres são aquilo que foram há tantos anos,
as esquinas podem ser outras,
não há letras nas páginas dos livros.”
pode ser o tempo de nossa felicidade.
O animal morreu ou quase morreu.
Restam o homem e sua alma.
Vivo entre formas luminosas e vagas
que não são ainda a escuridão.
Buenos Aires,
que antes se espalhava em subúrbios
em direção à planície incessante,
voltou a ser La Recoleta, o Retiro,
as imprecisas ruas do Once
e as precárias casas velhas
que ainda chamamos o Sul.
Sempre em minha vida foram demasiadas as coisas;
Demócrito de Abdera arrancou os próprios olhos para pensar;
o tempo foi meu Demócrito.
Esta penumbra é lenta e não dói;
flui por um manso declive
e se parece à eternidade.
Meus amigos não têm rosto,
as mulheres são aquilo que foram há tantos anos,
as esquinas podem ser outras,
não há letras nas páginas dos livros.”
POETA PERNAMBUCANO...
Carlos Pena Filho
Para fechar semana sem encanto e sem rima, o canto pernambucano e azul de Carlos Pena Filho, intitulado Um Velho Soneto.
“No pobre e roto azul da tarde antiga
Andavas sobre a relva, à beira d´água.
Eras quase uma inglesa, a tua mágoa
Era serena e só e doce e amiga.
Andavas sobre a relva, à beira d´água.
Eras quase uma inglesa, a tua mágoa
Era serena e só e doce e amiga.
Não sabias do mundo ou do perigo,
Se apascentavas desencantos, era
Porque, afinal, é desencanto a espera
Entre o verde parado e o azul antigo.
Se apascentavas desencantos, era
Porque, afinal, é desencanto a espera
Entre o verde parado e o azul antigo.
Depois, a noite, a branca toalha, a mesa,
Os óculos do pai, a voz do amigo,
A conversa monótona e burguesa.
Os óculos do pai, a voz do amigo,
A conversa monótona e burguesa.
Enfim, a lua vã, despedaçada
Que entrava pelas frinchas do postigo
No pacífico ardor da madrugada”.
Que entrava pelas frinchas do postigo
No pacífico ardor da madrugada”.
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