quinta-feira, 3 de março de 2016

POETAS POTIGUARES: ANA LIMA...

MILTON – Anna Lima
A Claudina Wanderley
A’ doce hora placida e saudosa
Em que foge do dia a claridade,
Quando a primeira estrella luminosa
Brilha no pallio azul da immensidade…
Da loura creancinha a alma formosa
Voou às plagas da eternal cidade,
Deixando a mãe – tristonha e lacrimosa,
Deixando o pae – ferido de saudade.
Depois, quando a manhã resplandecera,
N’um pequeno caixão cheio de flores,
A leve cabecinha adormecera…
E levaram seu corpo ao cemiterio,
Ao repouso final das nossas dores,
A’ mansão do silencio e do mysterio,
Natal – Abril – 1901

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