"ATÉ TU, BRUTUS?"
(Violante Pimentel)
Caio Júlio César (100 a.C.-44 a.C.), um dos maiores chefes militares de toda a História Romana, nasceu em família aristocrática e conquistou suas ambições políticas em brilhantes campanhas militares, contra os povos que habitavam as Gálias (atuais França e Bélgica). De 200 a.C. até o 476 d.C., Roma atravessou quase sete séculos de contínua expansão territorial, formando um império ainda mais vasto do que o de Alexandre, o Grande (356 a.C.-323 a.C.). Após haver conquistado Roma e a península itálica, Júlio César invadiu o Egito, intervindo na disputa dinástica a favor de Cleópatra, com quem teve uma relação amorosa. Em 47 a.C., chegou à Ásia, onde obteve rápida vitória sobre o rei da província bizantina de Ponto.
De volta a Roma, tornou-se cônsul vitalício e, em fevereiro de 44 a.C., assumiu o título de "ditador perpétuo". Por medo ou bajulação, o Senado passou a cobri-lo de honrarias. Com excesso de poder acumulado em suas mãos, acabou criando inimizades, e desprezava toda e qualquer crítica ou advertência. A República não lhe interessava, por estar convencido de que, com instituições democráticas, era impossível governar um império mundial. Sob seu reinado, a República foi sistematicamente transformada num sistema ditatorial.
Júlio César governava sentado em trono de ouro. Os Senadores eram obrigados a aprovar projetos de lei que não haviam lido. Ele aumentou em mais de 300 o número de membros do Senado, nomeando amigos para os novos postos. Em termos militares, tinha ainda grandes planos. Queria conquistar o reino dos Partos (região entre o mar de Aral e o mar Cáspio), para formar uma nova monarquia mundial.
General romano, tribuno e historiador, Júlio César esteve no Egito, passou à África e dominou a Hispânia. Aumentou as fronteiras do mais organizado império, o romano. A sua coragem o transformou em uma lenda. Amado e odiado, conseguia movimentar-se na rede de influências de Roma. De chefe militar, transformou-se em ditador, chegando a ser um brilhante Senador. Entre seus inúmeros adversários, estava Catilina. César criou um triunvirato com Pompeu e Crasso, distribuindo-se entre eles os poderes do Estado. Foram feitas alianças matrimoniais. Pompeu casou em quartas núpcias com Júlia, filha de César e ele casou pela terceira vez com Calpúrnia, filha de um político influente. No ano de 54, o triunvirato terminou. A sua exagerada ambição o levou a ser quase um monarca e a se considerar divino. Apesar de não ter sido imperador, Júlio César foi a figura mais importante da História Romana, tendo sido o mentor de importantes políticos e militares de diversos países. Entretanto, foi traído, miseravelmente, pelos seus pares, tendo sido, covardemente, assassinado, em pleno Senado, por 60 conjurados. Entre eles, estava Brutus, seu sobrinho e filho adotivo. Já sem forças e decepcionado, César pronunciou em Latim: "Tu quoque, Brute, fili mi? (Até tu, Brutus, meu filho? - Então, morra César!!!")
Veni vidi vici – vim, vi e venci – também é uma das frases célebres de Júlio César. E, de fato, ele venceu em todas as frentes de batalha. Ao ser destituído do cargo de governador das Gálias, o Senado Romano esperava que Júlio César depusesse as armas e voltasse como homem comum para Roma.
Mas César sabia que, se isso acontecesse, seria levado ao tribunal. Por isso, decidiu invadir a província da Itália e, ao atravessar o Rubicão (riacho que delimitava a fronteira da parte central do território romano), teria pronunciado a também famosa frase “Alea jacta est” ("A sorte está lançada"). Após alguns anos de guerra civil, ele detinha o poder absoluto em Roma.
No dia 15 de março de 44 a.C., Júlio César foi assassinado, com 23 facadas, nas escadarias do Senado, por um grupo de 60 Senadores. Júlio César ainda se defendeu, cobrindo-se com uma toga, até ver Brutus, seu sobrinho e filho adotivo, entre os seus algozes. Foi então, que proferiu a famosa frase: "Até tu, Brutus"? "Então, morra César!!!"
Caio Júlio César foi morto por haver desprezado a opinião dos seus adversários. Supõe-se que seus assassinos não tivessem apenas motivos políticos para destruí-lo, tendo agido, também, por inveja e orgulho ferido.
Matar um tirano, na época, não era considerado crime. Não há, porém, consenso entre os historiadores de que Júlio César tivesse sido um tirano.
César viveu no auge do período das conquistas romanas. De 200 a.C. até o 476 d.C., Roma atravessou quase sete séculos de contínua expansão territorial, formando um império ainda mais vasto do que o de Alexandre, o Grande (356 a.C.-323 a.C.). Após haver conquistado Roma e a península itálica, Júlio César invadiu o Egito, intervindo na disputa dinástica a favor de Cleópatra. Em 47 a.C., chegou à Ásia, onde obteve rápida vitória sobre o rei da província bizantina de Ponto.
Porém, poucos dias antes de iniciar a nova campanha militar, sucumbiu a um ataque dos conspiradores. No dia 15 de março de 44 a.C., foi assassinado com 23 facadas, nas escadarias do Senado, por um grupo de 60 Senadores, liderados por Marcus Julius Brutus, seu filho adotivo, e Caio Cássio. Júlio César ainda se defendeu, cobrindo-se com uma toga, até ver Brutus, quando então teria dito sua última frase: "Até tu, Brutus?!!! Então, morra César!!!"".
Trata-se do mais conhecido atentado político da Antiguidade, descrito por Caio Suetônio Tranquilo (70 d.C.-140 d.C.), na biografia De vita Caesarum (Da vida dos Césares). "César" foi o título dos imperadores romanos de Augusto (63 a.C.-14 d.C.) a Adriano (76 d.C.-138 d.C.).
De volta a Roma, tornou-se cônsul vitalício e, em fevereiro de 44 a.C., assumiu o título de "ditador perpétuo". Por medo ou bajulação, o Senado passou a cobri-lo de honrarias. Com excesso de poder acumulado em suas mãos, acabou criando inimizades, e desprezava toda e qualquer crítica ou advertência. A República não lhe interessava, por estar convencido de que, com instituições democráticas, era impossível governar um império mundial. Sob seu reinado, a República foi sistematicamente transformada num sistema ditatorial.
Júlio César governava sentado em trono de ouro. Os Senadores eram obrigados a aprovar projetos de lei que não haviam lido. Ele aumentou em mais de 300 o número de membros do Senado, nomeando amigos para os novos postos. Em termos militares, tinha ainda grandes planos. Queria conquistar o reino dos Partos (região entre o mar de Aral e o mar Cáspio), para formar uma nova monarquia mundial.
General romano, tribuno e historiador, Júlio César esteve no Egito, passou à África e dominou a Hispânia. Aumentou as fronteiras do mais organizado império, o romano. A sua coragem o transformou em uma lenda. Amado e odiado, conseguia movimentar-se na rede de influências de Roma. De chefe militar, transformou-se em ditador, chegando a ser um brilhante Senador. Entre seus inúmeros adversários, estava Catilina. César criou um triunvirato com Pompeu e Crasso, distribuindo-se entre eles os poderes do Estado. Foram feitas alianças matrimoniais. Pompeu casou em quartas núpcias com Júlia, filha de César e ele casou pela terceira vez com Calpúrnia, filha de um político influente. No ano de 54, o triunvirato terminou. A sua exagerada ambição o levou a ser quase um monarca e a se considerar divino. Apesar de não ter sido imperador, Júlio César foi a figura mais importante da História Romana, tendo sido o mentor de importantes políticos e militares de diversos países. Entretanto, foi traído, miseravelmente, pelos seus pares, tendo sido, covardemente, assassinado, em pleno Senado, por 60 conjurados. Entre eles, estava Brutus, seu sobrinho e filho adotivo. Já sem forças e decepcionado, César pronunciou em Latim: "Tu quoque, Brute, fili mi? (Até tu, Brutus, meu filho? - Então, morra César!!!")
Veni vidi vici – vim, vi e venci – também é uma das frases célebres de Júlio César. E, de fato, ele venceu em todas as frentes de batalha. Ao ser destituído do cargo de governador das Gálias, o Senado Romano esperava que Júlio César depusesse as armas e voltasse como homem comum para Roma.
Mas César sabia que, se isso acontecesse, seria levado ao tribunal. Por isso, decidiu invadir a província da Itália e, ao atravessar o Rubicão (riacho que delimitava a fronteira da parte central do território romano), teria pronunciado a também famosa frase “Alea jacta est” ("A sorte está lançada"). Após alguns anos de guerra civil, ele detinha o poder absoluto em Roma.
No dia 15 de março de 44 a.C., Júlio César foi assassinado, com 23 facadas, nas escadarias do Senado, por um grupo de 60 Senadores. Júlio César ainda se defendeu, cobrindo-se com uma toga, até ver Brutus, seu sobrinho e filho adotivo, entre os seus algozes. Foi então, que proferiu a famosa frase: "Até tu, Brutus"? "Então, morra César!!!"
Caio Júlio César foi morto por haver desprezado a opinião dos seus adversários. Supõe-se que seus assassinos não tivessem apenas motivos políticos para destruí-lo, tendo agido, também, por inveja e orgulho ferido.
Matar um tirano, na época, não era considerado crime. Não há, porém, consenso entre os historiadores de que Júlio César tivesse sido um tirano.
César viveu no auge do período das conquistas romanas. De 200 a.C. até o 476 d.C., Roma atravessou quase sete séculos de contínua expansão territorial, formando um império ainda mais vasto do que o de Alexandre, o Grande (356 a.C.-323 a.C.). Após haver conquistado Roma e a península itálica, Júlio César invadiu o Egito, intervindo na disputa dinástica a favor de Cleópatra. Em 47 a.C., chegou à Ásia, onde obteve rápida vitória sobre o rei da província bizantina de Ponto.
Porém, poucos dias antes de iniciar a nova campanha militar, sucumbiu a um ataque dos conspiradores. No dia 15 de março de 44 a.C., foi assassinado com 23 facadas, nas escadarias do Senado, por um grupo de 60 Senadores, liderados por Marcus Julius Brutus, seu filho adotivo, e Caio Cássio. Júlio César ainda se defendeu, cobrindo-se com uma toga, até ver Brutus, quando então teria dito sua última frase: "Até tu, Brutus?!!! Então, morra César!!!"".
Trata-se do mais conhecido atentado político da Antiguidade, descrito por Caio Suetônio Tranquilo (70 d.C.-140 d.C.), na biografia De vita Caesarum (Da vida dos Césares). "César" foi o título dos imperadores romanos de Augusto (63 a.C.-14 d.C.) a Adriano (76 d.C.-138 d.C.).
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