POR ARISTEU BEZERRA
AS PÉROLAS DE ARIANO SUASSUNA
“Eu tenho um fascínio muito grande por loucos. Eu não sei se é por identificação.”
“O povo holandês é muito burro. O Recife fica abaixo do nível do mar. Os portugueses inteligentemente construíram Olinda no alto do morro. O imbecil do Maurício de Nassau construiu o Recife do lado do mangue.”
“Todo escritor é um mentiroso. Vocês já repararam? Eu mesmo não tenho imaginação para nada. Eu copio, sou um plagiador cômico.”
“Para mim, Miguel de Cervantes não tinha defeito. E, se tinha, eu não digo. Ele escreveu Dom Quixote para ridicularizar Dom Sebastião. Mas acontece que ele se apaixonou pelo personagem.”
“Acho que é o Prêmio Nobel que deve está sentindo falta de um brasileiro. Parece-me um prêmio político. Vou te dar um exemplo. O (político e primeiro-ministro britânico Winston) Churchill com todo seu pensamento belicista começou a reivindicar, no fim da carreira, o Prêmio Nobel da Paz. Ficaram com vergonha e deram o de literatura.”
“Eu não mereço a menor confiança em citações. Quando a frase me serve eu modifico.”
“A gente se porta a vida toda como nunca fosse morrer, o que é muito bom. Porque se a gente for pensar na morte como uma coisa fundamental, inevitável e próxima, a gente vai perder o gosto de viver.”
“Sempre tive mais medo de gente do que de fantasma. A minha mãe nos contava essas crendices, mas eu nunca levei muito a sério não. Passei então a achar graça de um bicho de suas histórias, a mula sem cabeça, que solta fogo pelas ventas.”
“Tenho horror a esse abastardamento do português pela língua inglesa.”
“Prefiro morrer na estrada a viver esquecido dentro de casa.”
“Quero pedir desculpas a vocês por causa da minha voz que é feia, baixa, fraca e rouca mesmo.”
“Sempre fui de assistir novela. Não quer dizer que goste de todas, tá certo?”
“Os filmes norte-americanos que se vendem para televisão são péssimos.”
“Eu gosto muito do Chico. Eu disse a ele: mude o nome para Chico Ciência, que eu subo no palco com você.”
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