"A Caminho do Cais"
Pátria minha, que apostasias,
que desertas a ti mesma e dás, como lesma ao bico voraz, teu corpo cheio de harmonias, tua alma jovem... Quantos dias, quantos anos desolados vais alimentar os teus chacais com a carne dos filhos que crias e abandonas à desesperança! Vou deixar-te para não te ver atravancar o amanhecer com balbúrdias e carnificinas, a tragédia que desde criança vi-te amontoar nas esquinas.
Autor: A. Bruno Tolentino (1940-2010)
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