terça-feira, 23 de agosto de 2011

UMA PARÁBOLA....ENVIADA POR BRENO AUGUSTO.


NOVA CHANCE

Havia um homem muito rico, que possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados a seu serviço.
Ele tinha um único filho, um único herdeiro, que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho nem de compromissos. O de que ele mais gostava eram festas, estar com seus amigos e ser bajulado por eles.
Seu pai sempre o advertia de que seus amigos só estavam ao lado dele enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois os abandonariam. Os insistentes conselhos do pai retiniam-lhe nos ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção.
Um dia, o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados que construíssem um pequeno celeiro e, dentro da construção, ele mesmo fez uma forca e afixou nela uma placa com os dizeres:
“Para você nunca mais desprezar as palavras do seu pai.” Mais tarde, chamou o filho, levou-o até o celeiro e disse-lhe:
– Meu filho, já estou velho e, quando partir, você tomará conta de tudo o que é meu, e sei qual será o seu futuro. Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e gastar todo dinheiro com seus amigos; vai vender os animais e os bens para se sustentar, e, quando não tiver mais nada, vai-se arrepender amargamente por não me ter dado ouvidos. E, por isso, eu construí esta forca. Sim, ela é para você, e quero que você me prometa que, se lhe acontecer o que eu disse, você se enforcará nela.
O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim como havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade.
Desesperado e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido um tolo.
Lembrou-se do pai e começou a chorar e a dizer a si mesmo: “Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido seus conselhos, mas agora é tarde, tarde demais.”
Pesaroso, o jovem levantou os olhos e, longe, avistou o pequeno celeiro, a única coisa que lhe restara.
A passos lentos se dirigiu ao celeiro. entrando, viu a forca e a placa empoeirada e disse:
– eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo menos esta vez vou fazer a vontade dele. Vou cumprir minha promessa. Não me resta mais nada.
Então, subiu os degraus e colocou a corda no pescoço. Disse:
– Ah, se eu tivesse uma nova chance.
Então pulou e sentiu, por um instante, a corda apertar-lhe a garganta, mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente. Ele caiu no chão, e sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes.
A forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia:
“Essa é a sua nova chance, eu o amo muito. Seu pai.”


Extraído do Livro " As Mais Belas Paráblos de Todos os Tempos" - Alexandre Rangel


"Quando tudo parece perdido, há sempre uma forma de começar tudo de novo" desconhecido

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