domingo, 14 de agosto de 2011

AOS NOSSOS FILHOS


"Quando o amor acenar, siga-o ainda que por caminhos ásperos e íngremes. E quando suas asas o envolverem, renda-se a ele ainda que a lâmina escondida sob suas asas possa feri-lo. E quando ele falar a você, acredite no que ele diz, ainda que sua voz possa destroçar seus sonhos, assim como o vento norte devasta o jardim. Pois, se o amor o coroa, ele também o crucifica. Se o ajuda a crescer, também o diminui. Se o faz subir às alturas e acaricia seus ramos . mais tenros que tremem ao sol, também o faz descer às raízes e abala a sua ligação com a terra. Como os feixes de trigo, ele o mantém íntegro. Debulha-o até deixá-lo nu. Transforma-o, livrando-o de sua palha. Tritura-o, até torná-lo branco. Amassa-o, até deixá-lo macio; e então submete ao fogo para que se transforme em pão no banquete sagrado de Deus. Todas essas coisas pode o amor fazer para que você conheça os segredos do seu coração, e com esse conhecimento se torne um fragmento do coração da Vida." GIBRAN.


Aos Nossos Filhos
Elis Regina
Composição: Ivan Lins/Vitor Martins


Perdoem a cara amarrada,
Perdoem a falta de abraço,
Perdoem a falta de espaço,
Os dias eram assim...

Perdoem por tantos perigos,
Perdoem a falta de abrigo,
Perdoem a falta de amigos,
Os dias eram assim...
Perdoem a falta de folhas,
Perdoem a falta de ar
Perdoem a falta de escolha,
Os dias eram assim...
E quando passarem a limpo,
E quando cortarem os laços,
E quando soltarem os cintos,
Façam a festa por mim...
E quando lavarem a mágoa,
E quando lavarem a alma
E quando lavarem a água,
Lavem os olhos por mim...

Quando brotarem as flores,
Quando crescerem as matas,
Quando colherem os frutos,
Digam o gosto pra mim...
Digam o gosto pra mim...

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